LIÇÃO 12 – 24 de Março de 2013
Jesus
Cristo é o maior e único de todos
TEXTO AUREO
“Mas, se eu expulso os
demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus”.
Mt 12.28
VERDADE APLICADA
Os líderes religiosos tinham
medo de que Jesus convencesse a nação com suas ideias, pois sem pegar em
qualquer arma Ele causou a maior revolução.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Provar
que Jesus veio ao mundo e cumpriu a lei;
► Mostrar
que as leis orais, que consistiam na interpretação das Escrituras encobriram o
seu espírito de amor e misericórdia;
► Revelar
o perigo que é desprezar o Senhor Jesus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Mt 12.1 - Naquele tempo, passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus
discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comer.
Mt 12.2 - E os fariseus, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus
discípulos fazem o que não é lícito fazer num sábado.
Mt 12.3 - Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando
teve fome, ele e os que com ele estavam?
Mt 12.4 - Como entrou na Casa de Deus e comeu os pães da proposição, que
não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só aos sacerdotes?
Jesus violou as tradições do sábado deliberadamente em várias
ocasiões. Havia ensinado ao povo que a lei exterior, por si mesma, jamais
poderia salvá-los ou purificá-los, pois a verdadeira justiça tem de vir do
coração. A palavra hebraica shabbath significa "repouso ou
descanso", o que explica por que Mateus apresenta os conflitos do sábado
nesse ponto. Jesus oferece descanso a todos os que se achegam a ele, enquanto
a observância religiosa não proporciona descanso algum.
A lei permitia saciar a fome pegando alimentos do campo do
vizinho (Dt 23:24, 25), mas fazer isso no sábado era uma transgressão da lei,
segundo as tradições dos escribas e fariseus, pois significava realizar
trabalho.
O pão consagrado devia ser consumido somente pelos sacerdotes,
mas Davi e seus soldados o comeram. Por certo, o Filho de Deus tinha o direito
de comer os cereais de seu Pai no campo! E se Davi transgrediu a lei e não foi
condenado, é evidente que Jesus poderia quebrar as tradições dos homens sem
culpa algumas (I Sm 21.1)
Introdução
Após um circuito de pregação itinerante
junto dos discípulos e a realização de muitos milagres, Jesus sofreu grande
oposição por parte dos escribas e fariseus. E ai se vê obrigado a reagir em
defesa de seu trabalho. Os líderes religiosos censuram a inobservância do
sábado dos discípulos, pois Jesus os ensinou mais sobre o valor das pessoas do que
a observância de dias. Por isso também eles o acusaram de operar exorcismo e
curar pelo poder de belzebu. O Mestre então reagiu revelando a sua grandeza, repreendeu-os
severamente em sua incredulidade e malícias.
1. Maior que o
templo de Israel
A tradição oral eram
extratos de mandamentos sobrepostos às leis de Moisés, passados de pais para
filhos por meio do falar e ouvir, que se tornavam um fardo muito pesado. Era
contra essa tradição o grande combate de Jesus, porque muitas dessas leis iam
além do necessário, visto que serviam como uma espécie de complemento a Lei de
Moisés. Tais leis e costumes tinham mais prestígio que à Lei que se resumia no
amor.
1.1. Como surgiu a
tradição oral?
Como toda lei, a Lei mosaica carecia de interpretação para os mais
diferentes assuntos, foi daí que surgiu a lei oral, assim como tem os vários
tratados que visam explicar, aclarar as leis no mundo moderno. Entretanto, foi
daí que surgiram as variadas interpretações e aplicações, eclodindo em muitas
distorções, e foi a tal ponto que o “espírito da Lei”, isto é, a essência, que
é o amor, foi sufocada. Por outro lado é bom lembrar que Jesus não veio
descumprir ou ab-rogar a lei, isso seria contrário a Deus.
1.2. O lado opressivo dos religiosos
O Senhor Jesus teve como
propósito aperfeiçoar certos aspectos legais e trazer um novo ensino: “ouvistes
o que foi dito... eu, porém vos digo”, isso Ele repete cinco vezes em Mateus
dando uma nova visão moral. Por outro lado, Ele subtraiu certos aspectos que
sobrepunham ao “espírito da lei”. Por exemplo, na observância rigorosa do
sábado. Certa vez, seus discípulos estavam colhendo espigas e comendo-as, logo
Jesus foi censurado, “os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia
de sábado” (Mt 12.2). Ele mostra que aquela não é a verdadeira aplicação da lei
sabática quando se está faminto, e ilustra com o caso de Davi que comeu dos
pães da proposição com seus companheiros; em seguida, mostra que, no templo, a
mesma lei é quebrada, pois os trabalhos ali não cessam dia nenhum.
Com base nesses textos do
AT os fariseus pareciam estar com a razão. Porque, segundo sua opinião,
arrancar espigas é “trabalho”. Quem trabalha viola o sábado e merece a morte
por apedrejamento. Será que, com essa interpretação, os fariseus tinham razão?
Não! Pois em Êx 12.16 consta expressamente: “Nenhuma obra se fará nesse dia,
exceto o que diz respeito ao comer. Somente isso podereis fazer!” Aqui se
afirma expressamente que a preparação de alimentos no sábado não constitui trabalho. Em que
lugar da terra “matar a fome” poderia ser igual a “trabalhar”? A razão singela
e sóbria já rejeita isso de antemão! O exemplo de Davi evidencia que a fome dos
discípulos precisa ser levada a sério.
1.3. O resgate do valor do homem
Toda boa lei não tem um fim em si mesma,
mas é voltada para o bem estar do homem e jamais para oprimi-lo. O Senhor
mostra que o mais importante que sacrifícios diários no templo é a importância
que se deve dar ao homem, Ele aspira a misericórdia e não holocaustos no
templo. Ali Jesus demostrou sua identidade messiânica publicamente, quando
disse ser maior que o templo e o Senhor do sábado. Apesar das acusações,
aqueles líderes não estavam preocupados com assuntos legislativos, eram
hipócritas e o Senhor provou isso quando curou o homem das mãos mirradas,
depois na sinagoga deles (Mt 12.9-14).
Novamente é sábado. O
Salvador encontra-se na sinagoga, onde vê um homem com uma mão aleijada. Também
os escribas e fariseus o veem. O ser humano comum certamente sentirá pena desse
pobre deficiente, e pensará: “Meu bom homem, graças a Deus está aqui o Salvador
que já restaurou a tantos. Por meio dele Deus ajudará também a você.” Não é
assim que pensam os fariseus. Seu coração foi sufocado sob a crosta dos
preceitos e opiniões, dos “muros e cercas”, e morreu. “Será que ele vai curar
no sábado?” Era essa a única questão que os preocupava. Sempre o veem
realizando curas. Mas curar é para eles realizar um trabalho igual a assar pão,
beneficiar madeira e construir casas. Havia prescrições exatas para a cura de
doentes no sábado. A escola mais rigorosa, a do rabino Shammai, proibia até
consolar doentes no sábado! Nesse dia apenas se podia curar e ajudar quando a
vida estivesse em perigo. Mas quando não havia risco de vida, ajudar um doente
no sábado significava profanar o sábado, o que era punido com morte por
apedrejamento. O doente na presente história não estava em perigo de vida! No
dia seguinte ainda haveria ocasião para ajudá-lo. Como os fariseus já tinham se
mostrado como fiscais rigorosos no episódio anterior da colheita de espigas no
sábado, seria prudência humana, neste momento, ter cautela, para não provocar
desnecessariamente a ira dos adversários. O que faz Jesus? Intencionalmente,
ele deixa o conflito evoluir para os extremos, provoca a reação, ele quer a
decisão; ele desafia os adversários, dizendo: Quem de vocês, tendo uma ovelha
que, num sábado, caísse numa cova, não a pegaria e arrastaria para fora? Quanto
mais precioso, porém, é um ser humano que uma ovelha! Os antagonistas se calam.
Esse silêncio significa ou falta de saída ou ódio do inimigo traiçoeiro. Talvez
seja mais do que ódio, talvez já seja uma obstinação que não aceita mais nenhum
argumento e que conscientemente persiste no ódio, na ira e na mentira. “Jesus
olhou-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração”, lemos em
Mc 3.5. Uma vez que para Jesus o alfa e ômega de seu agir é fazer o bem sempre,
a qualquer tempo, também no sábado, não importa que consequências isso possa
ter, ele diz ao homem: Estende a tua mão! Para Jesus existe somente uma única
questão: O bem tem de ser feito, imediatamente! É isso que queremos aprender
aqui com Jesus, com sua coragem sem transigências. Jesus nos ensina a não
capitular diante do mal em nenhuma circunstância, mas, sim, partir para o
ataque com a força do alto, com a ajuda da divina. Cristo nos mostra como se
deve introduzir no império de Satanás o reino de Deus, como a mão ressequida,
atrofiada e morta precisa ser transformada em uma mão viva, que restaura, traz
ofertas, ora e luta. Quando se assume essa atitude, acontece transformação,
Deus e mostra-se o que é verdadeiramente a comunidade de Jesus Cristo.
A consequência destas
transformações, o efeito desse ataque do alto, porém, sempre é o ódio do mundo.
A última palavra dessa história é: E conspiravam contra ele, sobre como lhe
tirariam a vida.
Deliberar como poderiam
tirar-lhe a vida, no entanto, não constituía para os fariseus uma profanação do
sábado. Como eram obcecados os inimigos de Jesus! Consideram Jesus, por ter
realizado um benefício no sábado, um violador do sábado. Eles próprios, porém,
não ponderam que justamente eles profanam o sábado com seus pensamentos
homicidas. Pensamentos de morte e ódio
são equivalentes ao próprio assassinato (segundo Mt 5.21s). Ou seja, “matar”
alguém no sábado não é violação do sábado, enquanto curar uma pobre pessoa
doente é. Que cegueira terrível! O fato de que encontramos Jesus regularmente
nos sábados na sinagoga, no lugar em que se pode ouvir a palavra de Deus e onde
ele próprio pode explicar a Escritura, revela-nos o quanto Jesus preza o
sábado. Como se deve usar o sábado ele mostrou curando a mão atrofiada da
pessoa infeliz, batendo de frente, sem se abalar, com a crescente conspiração
contra ele.
Aqueles
líderes religiosos contemplavam Jesus como “o meu concorrente”, e não como aquele que estava interessado resgatar o homem como o
valor mais precioso. Eles fingiam estar preocupados com o cumprimento da Lei, para estar no encalço do Pregador de Nazaré cuja
popularidade os assombrava. Ainda hoje é assim, quando uma voz profética se
levanta, os outros com o espírito capitalista e de Mamom, pensam,
“esse cara é meu concorrente". Estão tão viciados com
antigas tradições, costumes que não têm misericórdia alguma, querem sacrifícios e
ofertas gordas incessantes.
2. Maior
que o profeta Jonas
Após o episódio da seara e
da cura do homem das mãos mirradas, o Senhor Jesus prosseguiu com seus sinais,
isto é, expulsando demônios e curando enfermos apenas com a autoridade de sua
Palavra. A liderança procurava trazer descrédito as operações de Jesus junto a
seu público. Os milagres eram tão extraordinários que não o acusavam de
charlatanismo, e sim de operar através do poder de Belzebu, não satisfeitos
ainda lhe pedem um sinal (Mt 12.38,39).
Pede-se de Jesus um sinal
do céu. Parece que, depois das terríveis e sérias palavras precedentes do
Senhor, os fariseus e escribas de fato estavam assustados. Parece que queriam
dizer com essa exigência: Dá-nos um sinal do céu, para que finalmente possamos
ter absoluta certeza de que verdadeiramente vens de Deus! Jesus replica: “Um
sinal assim de fato acontecerá. Mas não será um mero milagre para ser admirado,
como esse que eu deveria realizar neste momento segundo o desejo de vocês.”
Será um ato divino, que constituirá um elemento fundamental da obra redentora
que Jesus tem de realizar na terra (Rm 4.25). Jesus tem em mente a sua
ressurreição. Ele explica esse sentido da sua ressurreição a partir de Jo 2.19.
O sentido, portanto é este: “Assim como Jonas, arrancado da morte, pregou aos
ninivitas, assim também o Filho do Homem anunciará ao mundo inteiro a salvação,
como Ressuscitado.” A morte e ressurreição de Jesus tornar-se-ão um sinal, que
uma parte negará e outra parte aceitará com fé.
2.1. O porquê do pedido de um sinal?
Os fariseus conheciam
exorcistas judeus que, através de encantamentos, expulsavam demônios e curavam
enfermos. Não demorou muito para que pedissem um sinal diferente. Não faziam
isso porque queriam crer, mas, porque, astutamente, desconfiavam que Jesus não
lhes daria tal coisa. Esses líderes achavam que poderiam se apoiar na própria
Lei e assim tentar colocar Jesus em descrédito, mostrando que poderia ser a
provação de Deus que Moisés falou e assim não seguir a tal profeta milagroso
(Dt 13.1-3). Porém o Senhor Jesus lhes disse que não daria nenhum sinal e para
a surpresa deles prometeu que o único sinal que daria era o do profeta Jonas.
Dt 13. 1-3 Quando profeta
ou sonhador de sonhos se levantar ano meio de ti e te der um sinal ou prodígio,
e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após
outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras
daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos
prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, com todo o vosso coração e com
toda a vossa alma.
2.2. A malícia
dos adversários
Diante
de tantas maravilhas que eles estavam vendo, ainda assim pediam um sinal
maravilhoso: quem sabe o sol parar, ou o tempo retornar como nos dias de Acabe,
ou um anjo descer do céu: ou ainda, a própria voz de Deus bradar do céu, pudesse
satisfazê-los. Mas Jesus sabia que, de verdade, tal sinal não mudaria quem de
fato eram, e os denunciou como “uma geração má e adúltera” (Mt 12.39). Quando
Ele se referiu ao profeta Jonas no ventre do grande peixe (Mt 12.40)
estabelecendo um paralelo entre ele e Sua morte, é que ao ressuscitar estaria
vencendo a morte, e eles jamais o veriam.
E nenhum rebelde incrédulo
pôde ver Jesus depois da ressurreição, este é o maior de lodos os milagres. Os
filhos de Ismel quando do êxodo haviam contemplado maravilhas extraordinárias,
mas mesmo assim o endurecimento de coração deles impediu que entrassem na terra
prometida, ao contrário pereceram todos no deserto. De vemos ter cuidado
com os nossos corações para que não sejam endurecidos e rebeldes
impedindo assim as bênçãos de Deus e trazendo-nos juízo. Porquanto. Deus não se
deixa escarnecer, o que semearmos é o que ceifaremos (Gl 6.7).
2.3. O valor do
arrependimento
Os ninivitas tinham na
antiguidade uma fama de cruéis e perversos, além do que eram totalmente pagãos.
Mas mediante a pregação de Jonas, arrependeram-se profundamente dos seus
pecados e receberam o perdão de Deus (Mt 12.41). Jonas era um sinal vivo entre
eles e não operou nenhum sinal, e Jesus operando tantos sinais estava
acentuando o estado de condenação da geração de seus dias. Seria no dia do
juízo uma situação embaraçosa, pois aqueles para quem eram primeiramente as
promessas de Deus, estariam numa situação de completa desvantagem por causa das
maldades e adultérios resultante de sua incredulidade.
Reconhecemos
que há supostos milagres para enganar o povo e dele tirar vantagens para aquele
que o faz, assim como também é verdade que Satanás opera seus sinais para
confundir os fiéis e escravizar os não crentes, mas nada disso se aplicava a
Jesus que trabalhava de modo transparente em seus dias. Todavia, no afã de
estabelecer o controle da situação religiosa, aqueles homens se demonstraram
capazes de tudo. Eles perseguiam, procuravam atrapalhar semeando palavras maliciosas
entre o povo, desfaziam dos sinais de Jesus, atribuíam as sua obras ao poder de Satanás
operando nele e ainda pediam um sinal maravilhoso. Vemos claramente demonstrada
até que ponto homens ímpios, por trás de discursos religiosos, são capazes de
chegar em suas hipocrisias e maldades.
3. Maior que o
rei Salomão
Os sacerdotes dos dias de
Jesus tinham muito medo de perder a sua influência e posição, mas não tinham
medo de excluírem-se do reino de Deus, se é que algum dia chegaram a pertencer.
3.1. O porquê da rainha do sul
procurar a Salomão? (Mt 12.42)
O Senhor Jesus prossegue em
sua reprimenda, depois de falar de Jonas, como um pregador bem sucedido, a um
povo que se arrependeu; e ilustra, em seguida, com o exemplo da rainha do sul
(de Sabá), chamada Maqueda. Ela veio de terras longínquas para ouvir a
sabedoria de Salomão, e, segundo a tradição judaica, também se converteu à fé.
Os judeus acreditavam que o Messias, quando chegasse, teria sabedoria maior que
a de Salomão, e ali estava diante deles quem era maior que Salomão. O Mestre era
a sabedoria personificada, mas eles desrespeitavam essa sabedoria e a própria
pessoa dele. Cuidemos de nós mesmos para que não incorramos na política contra
o Reino de Jesus, a sua sabedoria e pessoa, que tenhamos temor, pois a natureza
humana é traiçoeira e Satanás tem o poder de nos mostrar mais santos do que
realmente somos.
Jesus também é maior do que Salomão em sua sabedoria, riqueza e
realizações. A rainha de Sabá maravilhou-se com o que viu no reino de Salomão,
mas aquilo que temos no reino de Deus por meio de Cristo sobrepuja em muito as
glórias de Salomão. Sentar-se à mesa com Cristo, ouvir suas palavras e
compartilhar suas bênçãos é muito mais gratificante do que visitar e admirar os
reinos mais espetaculares da Terra, até mesmo o reino de Salomão.
O objetivo principal dessa história é mostrar que o povo de
Nínive dará testemunho contra os líderes de Israel, pois os ninivitas se
arrependeram ao ouvir a pregação de Jonas. A rainha de Sabá também dará testemunho
contra eles, pois veio de muito longe para ouvir a sabedoria de Salomão,
enquanto os líderes judeus rejeitaram a sabedoria de Cristo que estava vivendo
entre eles! Quanto maior a oportunidade, maior o julgamento. É triste ver como,
ao longo de sua história, a nação de Israel rejeitou inicialmente seus
libertadores e posteriormente os aceitou. Foi o que aconteceu com José,
Moisés, Davi, os profetas (Mt 23:29) e com Jesus Cristo.
3.2.
O perigo da blasfêmia
contra o Espírito Santo
A prática de exorcismo do
Senhor Jesus era simples, basicamente o poder da sua palavra bastava para
expulsar os demônios e as pessoas serem curadas (Mt 8.31; Mc 1.34,39). Enquanto
que os exorcistas judeus se utilizavam de raízes mágicas e certas coisas muito
parecidas com as práticas espíritas, coisas que o historiador Flávio Josefo
escreveu a respeito, em Antiguidades Judaicas, Livro 8, cap. 2o:
parág. 324. Após Jesus falar sobre os sinais terminando o assunto com a rainha
do sul, toca novamente na questão da operação de Satanás, por meio de quem eles
acusaram Jesus de operar, mas Ele com autoridade os advertiu anteriormente, que
quem blasfemasse contra o Espírito Santo - pois Jesus agia no poder do Espírito
- tal pecado é tão grave que jamais será perdoado ao que o cometer (Mt
12.31-32).
Jesus os advertiu de que suas palavras mostravam a maldade de
seu coração. O pecado contra o Espírito Santo não é uma questão de palavras,
pois as palavras são apenas "frutos" de um coração pecaminoso. Se o
coração está cheio de bondade, transbordará pelos lábios e beneficiará a
outros. Mas se está cheio de maldade, também transbordará pelos lábios e
prejudicará tanto aquele que fala quanto os que estão a seu redor.
Mas o que vem a ser essa terrível "blasfémia contra o
Espírito Santo"? Pode ser cometida nos dias de hoje e, em caso afirmativo,
de que maneira? Jesus afirmou que Deus perdoará o que blasfemar contra o Filho,
mas não contra o Espírito. Isso significa que o Espírito Santo é mais
importante do que Jesus Cristo, o Filho de Deus? Claro que não. E comum ouvir
as pessoas blasfemarem do nome de Deus e de Jesus Cristo, mas raramente se
referem ao nome do Espírito Santo. Como é possível Deus perdoar palavras
proferidas contra seu Filho, mas não perdoar as ofensas contra o Espírito?
Ao que parece, trata-se de uma situação específica,
correspondente apenas ao período em que Cristo ministrou aqui na Terra. Jesus
não parecia diferente de qualquer outro homem judeu (Is 53:2). Maldizer Cristo
era uma ofensa perdoável enquanto ele estava na aqui na Terra. Mas quando o
Espírito de Deus veio no Pentecostes, comprovando que Jesus era o Cristo e
estava vivo, a rejeição do testemunho do Espírito passou a ser terminante.
Logo, a única consequência possível era o julgamento.
Ao rejeitarem João Batista, os líderes estavam rejeitando o Pai
que o enviou. Ao rejeitarem Jesus, estavam rejeitando o Filho. Mas ao
rejeitarem o ministério dos apóstolos, estavam rejeitando o Espírito Santo - e
essa era a rejeição final. O Espírito é a última testemunha, e tal rejeição
não pode ser perdoada.
A expressão "palavra frívola", em Mateus 12:36,
significa "palavra sem valor". Se Deus julgará nossas "conversas
fiadas", quanto mais, então, julgará palavras ditas deliberadamente? E
nas palavras impensadas que revelamos nosso verdadeiro caráter.
É possível cometer o "pecado imperdoável" nos dias de
hoje? Sim. Nos dias de hoje, esse pecado consiste na rejeição categórica e
definitiva de Jesus Cristo. Ele deixou bem claro que todos os pecados podem ser
perdoados (Mt 12:31). Adultério, assassinato, blasfémia e outros pecados do
género, todos podem ser perdoados. Mas Deus não pode perdoar aquele que rejeita
seu Filho, pois é o Espírito quem dá testemunho de Cristo (Jo 15:26) e quem
convence o pecador perdido (Jo 16:7-11).
3.3. O perigo da casa vazia (Mt 12.43-45).
Jesus fala do espírito
imundo que foi expulso da casa. Tal acertiva sobre a possessão demoníaca duma
casa era familiar aos judeus, pois eles haviam aprendido na Lei que uma casa
pode ficar enferma e até possessa, tal residência deveria ter acompanhamento
sacerdotal até a sua cura ou eliminação (Lv 14 RA). Quando um espírito é
expulso da casa anda por lugares áridos e promete voltar, e traz reforço
consigo, quer dizer, mais sete espíritos imundos para tomá-la de volta, se a
acharem vazia os demônios passam a habitar ali, depois o estado do dono da casa
se torna pior que antes, porque são espíritos opressores (Mt 12.45). Mas por
que a casa ficaria vazia? Jesus havia derrotado Satanás no deserto (Mt 4.1-11),
Ele era a visitação de Deus para a casa de Israel, porém não o aceitaram, antes
o mataram. Por esse motivo, aquele principado retornaria e tornaria o estado
daquela geração pior que a anterior, por causa de sua rejeição.
O mesmo princípio que
Mateus aplica a Israel como nação, Lucas o faz a indivíduos (Lc
11.24). Não basta limpar a nossa casa espiritual, tem de estar habitada pelo
Espirito Santo que nos ajudará a combater o mal contra a nossa vida. Daí o
compromisso não apenas do temor que se deve ter mas da atitude combativa,
contra o mal que planejará voltar, para dominar a situação, trazendo tormento
tétrico em vida. Sobretudo devemos ter vigilância para manter a casa limpa e
habitada.
Conclusão
Aqui está quem é maior, a sabedoria e o
poder de Deus, Cristo Jesus. Escândalo para uns e loucura para outros. Nem a
perseguição ou a morte o derrotaram, tudo isso passou, mas venceu por ser
maior. Cabe a nós analisar o nosso coração para que jamais seja infiel e do
Diabo se afastar, pois o verdugo espiritual aí está pronto para trazer seu
reforço e tomar a nossa vida um tormento e, no final, a perdição. Sejamos
corajosos e combatentes até, por fim, virmos a descansar em Cristo.
QUESTIONÁRIO
1ª Parte
1.
Como surgiu a lei oral?
R. A Lei mosaica carecia de interpretação para os mais
diferentes assuntos.
2.
Dê um exemplo opressivo discutido na lição:
R. O fato de os discípulos colherem espigas e comerem no dia de
sábado.
3.
Mais importante que sacrifícios diários no templo é?
R. A importância, que se deve dar ao homem. Deus aspira
misericórdia.
2ª Parte
4.
Por que Jesus não deu sinal de qualquer espécie?
R. Porque Deus não dá sinal a incrédulos rebeldes.
3ª Parte
5.
Qual o perigo da casa vazia?
R. O demônio retorna e toma a vida do homem ou da nação pior que
antes.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º Trimestre de 2013,
ano 23 nº 86 – Jovens e Adultos – Vida Cristã Vitoriosa.
Comentário Bíblico
Expositivo – Warrem W. Wiersbe
O Novo Testamento
Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança -
Novo Testamento
Comentário Bíblico Matthew
Henry - Novo Testamento
Comentário Bíblico - F. B.
Meyer
Bíblia – THOMPSON
(Digital)
Bíblia de Estudo
Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição
revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores
– CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade
Fonte> REVISTA EBD
Nenhum comentário:
Postar um comentário