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domingo, 31 de março de 2013

Lição 1 - Adultério Espiritual


Lições Adultos - Busque ao Senhor e Viva!

Lição 1 - Adultério espiritual (Oseias) 30 de março a 6 de abril

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Semearei Israel para Mim na terra e compadecer-Me-ei da Desfavorecida; e a Não-Meu-Povo direi: Tu és o Meu povo!"

Ele dirá: Tu és o meu Deus!” (Os 2:23).

Domingo Ano Bíblico: 1Sm 28–31 - Uma estranha ordem

Segunda Ano Bíblico: 2Sm 1–4 - Traição espiritual

Quarta  Ano Bíblico: 2Sm 8–10 - Acusação contra Israel

Quinta Ano Bíblico: 1Sm 17–19 - Chamado ao arrependimento

Sexta  Ano Bíblico: 2Sm 13, 14 - Estudo adicional

Não deixe de ler a Lição Aqui para adultos e para Jovens

Fonte: CPB










Lição 1: Familia, Criação de Deus


Revista Lições Bíblicas Jovens e Adultos - CPAD 
Lição 1: FAMÍLIA, CRIAÇÃO DE DEUS — 07/04/2013
 Os objetivos a serem alcançados com esta aula são:
  • Compreender a família no plano divino.
  • Conscientizar-se das consequências da Queda para as famílias.
  • Analisar a constituição familiar ao longo dos anos.
A família é a mais importante instituição criada por Deus para a sociedade. Neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de tratar de alguns temas que são extremamente relevantes para que tenhamos uma vida familiar bem-sucedida. Nesta primeira lição estudaremos a instituição da família no plano divino, bem como a sua constituição ao longo dos anos. Veremos também as consequências da Queda na vida familiar.

Lição 01 - A vida edificada sobre a Rocha

Lição 01


07 de Abril de 2013

A vida edificada sobre a Rocha

Texto Áureo

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pra­tica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha”. Mt 7.24

Verdade Aplicada

A vida cristã deve estar funda­mentada em Cristo e não nos alicerces humanos do dinheiro, da cultura, dos títulos, da fama e da popularidade.

Objetivos da Lição

      Mostrar que é prudente edificar sobre a Rocha que é Cristo;
      Explicar que edificar sobre a areia, significa não obedecer aos ensinamentos de Cristo;
      Alertar para os resultados práticos da obediência a Cristo. sabedoria; qualidade de néscio; tolice.

Textos de Referência

Mt 7.24      Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
Mt 7.25      E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
Mt 7.26      E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao ho­mem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
Mt 7.27      E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

Não deixe de ler a LIÇÃO AQUI







sábado, 30 de março de 2013

Lição 1: Família, criação de Deus

Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos

2º Trimestre de 2013

Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo

Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

Lição 1: Família, criação de Deus

Data: 7 de Abril de 2013

TEXTO ÁUREO

“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18).

VERDADE PRÁTICA

A família é uma instituição divina. Ela é a base da vida social.

HINOS SUGERIDOS

4, 33, 77.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 2.18
Não é bom que o homem viva só

Terça - Sl 68.6
Deus faz que o solitário viva em família

Quarta - Sl 119.105
A Palavra de Deus guia a família

Quinta - Sl 128.1
O temor de Deus traz bênçãos para a família

Sexta - Gn 12.3
A bênção de Deus sobre as famílias

Sábado - Sl 127.1-5
O Senhor edificando a família

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 2.18-24.

18 - E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.

19 - Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.

20 - E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.

21 - Então, o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costeias e cerrou a carne em seu lugar.

22 - E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.

23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.

24 - Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

Família: Grupo de pessoas ligadas por casamento, filiação ou adoção.

A família é a mais importante instituição criada por Deus para a sociedade. Neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de tratar de alguns temas que são extremamente relevantes para que tenhamos uma vida familiar bem-sucedida. Nesta primeira lição estudaremos a instituição da família no plano divino, bem como a sua constituição ao longo dos anos. Veremos também as consequências da Queda na vida familiar.

A FAMÍLIA NO PLANO DIVINO

O propósito de Deus. Deus criou a família com desígnios sublimes. O Criador não fez o ser humano para viver na solidão. Quando acabou de formar o homem, o Senhor disse: “Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como diante dele” (Gn 2.18). Este texto bíblico nos mostra o primeiro objetivo de Deus ao criar a família. Fica evidente que a célula mater da sociedade foi criada a partir da necessidade humana de ter companhia. O propósito divino era estabelecer uma instituição que pudesse propiciar ao ser humano abrigo e relacionamento. Atualmente temos visto e vivido um tempo de escassez na área dos relacionamentos. Estamos ficando cada vez mais superficiais, frios e distantes uns dos outros. Por se multiplicar a iniquidade o amor está esfriando (Mt 24.12). Por isso precisamos investir em nosso relacionamento familiar. Podemos dizer que o segundo propósito divino para a criação da família foi fazer dela um núcleo pelo qual as bênçãos do Senhor seriam espalhadas sobre toda a Terra (Gn 1.28).

Um lugar de proteção e sustento. Um Deus perfeito preparou um lugar excelente para receber a primeira família. O Jardim do Éden era um local especial de acolhimento, proteção e provisão. Adão e Eva tinham tudo de que precisavam para usufruir de uma vida saudável e feliz (Gn 1.29). Eles desfrutavam da companhia de Deus e nada lhes faltava. O propósito do Senhor era que cada família tivesse os recursos suficientes para sua subsistência, pois a escassez e as privações trazem conflitos para as famílias. Porém, com a ajuda do Pai Celeste estes conflitos podem ser sanados, pois o Senhor é o nosso bom Pastor (Sl 23). Deus deseja que cada família tenha a sua provisão diária (Mt 6.11). E da mesma forma que Adão tinha a responsabilidade de cuidar do Jardim (Gn 2.3), Deus deu a você a responsabilidade de zelar por sua família.

A primeira família. Deus formou Adão do pó da terra (Gn 2.7). Vendo que o homem não poderia viver sozinho, retirou uma costela de Adão e criou Eva, sua companheira (Gn 2.22). Isto mostra que diante do Todo-Poderoso homem e mulher são iguais na sua essência. Ambos vieram do pó da terra e um dia ao pó tornarão. Após criar a mulher, o Senhor ordenou o casamento, estabelecendo então a mais importante instituição de uma sociedade: a família (Gn 2.24).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Deus criou a família com desígnios sublimes. O Criador não fez o ser humano para viver na solidão.

A QUEDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A FAMÍLIA

O ataque do Inimigo. Satanás levou a mulher a desobedecer à voz de Deus. Talvez, de modo suave e envolvente, ele tenha falado: “É assim que disse Deus: não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gn 3.1). Eva confirmou a ordem do Senhor (Gn 3.2,3), mas cedeu à tentação do Maligno. Este a iludiu, seduziu e a fez cair no pecado da desobediência (Gn 3.4,5), e Adão seguiu pelo mesmo caminho. O casal poderia ter recusado a sugestão do Diabo, mas não o fizeram, e depois de pecarem, caíram na condenação divina.

Isso nos mostra que a família, desde a sua instituição, foi alvo dos ataques do Inimigo. Satanás fez de tudo para que o propósito de Deus para as famílias fosse destruído. Porém, Deus é soberano e Senhor, e seus propósitos jamais serão frustrados (Jó 42.2). Da semente da mulher nasceria o Messias, aquEle que esmagaria Satanás (Gn 3.15). O propósito do Inimigo é matar, roubar e destruir, mas Jesus veio ao mundo para destruir os intentos do Maligno (Jo 10.10).

Os resultados da Queda no relacionamento familiar. Qual é a origem dos males que atacam a família? O pecado. A vida familiar de Adão e Eva era perfeita, porém o pecado trouxe a disfunção para o seio da família. Depois da Queda podemos ver sentimentos como o medo, a culpa e a vergonha, perturbando a convivência do casal (Gn 3.3-12). O pecado sempre faz o relacionamento familiar adoecer. Há muitos lares doentes, onde a família deixou há muito tempo de ser um local de acolhimento, proteção e cuidado devido aos pecados não confessados e não abandonados. Essas transgressões causam culpa e separam as famílias da comunhão com Deus.

A vida familiar depois da Queda. O pecado de um único homem trouxe consequências terríveis para toda a humanidade. Depois da Queda a vida familiar já não seria mais a mesma. A mulher teria filhos com muita dor (Gn 3.16) e o seu desejo, ou seja, sua vontade estaria submetida à vontade de seu marido. Adão deveria comer agora seu pão diário com dores, pois o trabalho de arar a terra para ter sua subsistência garantida seria bem difícil (Gn 3.17). A Terra também foi afetada pelo pecado, produzindo espinhos e cardos (Gn 3.18). A morte física também é uma consequência da transgressão do homem (Gn 3.19). Deus ama o pecador, mas não tolera o pecado. Como punição pela desobediência, Adão e Eva, foram expulsos do Jardim do Éden (Gn 3.20-24). A vida no Jardim, antes da Queda pode ser comparada à vida eterna que um dia desfrutaremos no céu. Tudo era bom, pois foi tudo pensado, planejado e criado por um Deus que preza pela excelência. Se tivessem permanecido na obediência, Adão e Eva teriam sido felizes para todo o sempre. Todavia, Jesus Cristo veio ao mundo para resgatar as famílias da maldição do pecado. Cristo se fez pecado por nós, e na cruz levou as nossas iniquidades sobre si (Is 53.4). Isso nos mostra o quanto Deus deseja abençoar nossas famílias.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A família, desde a sua instituição, foi alvo dos ataques do Inimigo. Satanás fez de tudo para que o propósito de Deus para as famílias fosse destruído.

A CONSTITUIÇÃO FAMILIAR AO LONGO DOS SÉCULOS

Família patriarcal. O modelo familiar com o passar dos tempos está sujeito a mudanças. Já tivemos a família patriarcal, monogâmica, consanguínea, etc. Todavia isso não altera o valor, a importância da família. A família patriarcal é um exemplo familiar onde é permitido ao homem ter diversas esposas. Este modelo é visto em todo Antigo Testamento, mas não era o molde determinado pelo Senhor. Deus o tolerou, porém esta nunca foi a sua vontade. No modelo de família patriarcal o pai (pater) era visto como o senhor da casa e da família. As esposas e os filhos não tinham liberdade de escolha, pois a palavra final era sempre do patriarca.

A família nuclear (monogâmica). Este foi o modelo idealizado pelo Senhor: Um homem e uma mulher, unidos pelo matrimônio. A poligamia vai contra o princípio divino do marido e da esposa ser uma só carne (Gn 2.24; Mt 13.5).

A família na atualidade. A família está inserida dentro de um contexto social e, portanto, sujeita a mudanças. Porém, os princípios divinos para as famílias são eternos e imutáveis (Mt 24.35). Os inimigos e desafios enfrentados pelas famílias na atualidade são muitos, todavia queremos destacar apenas os espirituais. Vejamos os principais inimigos da família na atualidade:

a) A carne. Aqui, referimo-nos à “carne” como a natureza carnal que se opõe ao Espírito Santo e volta-se para tudo o que é contrário à vontade de Deus. Sabemos que há uma luta constante entre essas duas naturezas: a carnal e a espiritual. O apóstolo Paulo experimentou tal luta (Rm 7.15-24). Ela é tão intensa, que pode nos fazer pensar que não há como sair vencedor (Rm 7.24). Mas Deus, em Cristo Jesus, nos dá a solução. Ele nos livra “do pecado e da morte” (Rm 8.1,2). O apóstolo Paulo nos adverte: “Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 5.16). A família cristã precisa, na direção do Espírito, combater a natureza carnal. Assim, evitará o adultério, os vícios e todas as mazelas que visam destruí-la.

b) O mundo. Diz-nos o apóstolo do amor: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 Jo 2.15). Quanto a este ponto não há meio-termo: ou amamos a Deus ou amamos o mundo. Não há a mínima possibilidade de servimos a dois senhores (Mt 6.24). Saiba, pois, que existe vitória para quem escolher amar a Deus. E Ele dará vitória à nossa família a partir da fé que depositarmos nEle (1 Jo 5.4).

c) O Diabo. A Palavra de Deus nos ensina uma única forma de vencermos o Maligno: “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). Se a família sujeitar-se a Deus e resistir o Diabo, este fugirá, pois o segredo da nossa vitória contra Satanás começa com a nossa submissão a Deus, para que depois, sim, possamos resistir ao Diabo. E quando resistirmos ao adversário, não nos esqueçamos de usar a “armadura de Deus” (Ef 6.10-17), em especial, “o escudo da fé”, com o qual poderemos “apagar todos os dardos inflamados do maligno” (Ef 6.16). A família cristã precisa verdadeiramente crer naquele que a criou e usar a sua Palavra para direcionar suas tomadas de decisões e sua vida espiritual.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Os três maiores desafios espirituais da família são: o mundo, a carne e o Diabo.

CONCLUSÃO

Nunca a família foi tão desafiada pelas forças do mal como hoje. Porém, é na presença do Senhor que a família garantirá a vitória sobre os desafios da sociedade atual. Busquemos ao Senhor juntamente com toda a nossa casa.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ADEI, S. Seja o Líder que sua Família Precisa. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
SOUZA, E. Â. ...e fez Deus a família: O padrão divina para um lar feliz. 1 ed., RJ: CPAD, 1993.

EXERCÍCIOS

1. Qual o propósito de Deus no criar a família?
R. O propósito divino era estabelecer uma instituição que pudesse propiciar ao ser humano abrigo e relacionamento.

2. O que o Jardim do Éden era para a primeira família?
R. Um local especial de acolhimento, proteção e provisão.

3. Qual é a origem dos males que atacam as famílias?
R. O pecado.

4. Cite as consequências do pecado para a mulher e para a terra.
R. A mulher teria filhos com muita dor (Gn 3.16) e o seu desejo, ou seja, sua vontade estaria submetida á vontade de seu marido. A Terra também foi afetada pelo pecado, produzindo espinhos e cardos (Gn 3.18).

5. De acordo com a lição, quais, são os principais inimigos espirituais da família na atualidade?
R. A carne, o mundo e o Diabo.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

“Criado para relacionamentos"

[...] A Bíblia começa nos dizendo que Deus em afinidade — Pai, Filho e Espírito Santo — criou o homem e a mulher para uma vida de relacionamentos mútuos e com Ele (Gn 1.16,17). Ambos refletem a glória de Deus. O homem foi criado primeiro (Gn 2.7), seguido pela mulher, que foi tirada do homem (Gn 2.21-23). A mulher foi criada, porque Deus declarou: ‘Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele [ou seja, uma auxiliadora para satisfazer-lhe as necessidades]’ (Gn 2.18).

Mas que necessidade tinha Adão e com a qual não podia lidar no utópico Éden com seu ecossistema perfeitamente equilibrado e a atmosfera livre de substâncias tóxicas? Solidão! Solidão foi a primeira emoção que Adão teve com a qual não podia lidar [...].

Ainda que no frescor do dia Deus viesse conversar com Adão, este precisava de alguém como ele mesmo — outro ser humano —, com quem pudesse se comunicar durante o dia. A mulher não foi criada para ser objeto sexual. Antes, foi criada para ser ouvinte incentivadora e comunicadora dinâmica. Era tão fundamental esse relacionamento, que o casal recentemente formado foi instruído a ensinar seus filhos a deixar pai e mãe e apegar-se aos seus respectivos cônjuges (Gn 2.24)” (CARLSON, R. et al. Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005, pp.35-6).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico

“O propósito ou missão do casamento, como Deus designou'

Em um mundo onde tudo está se tornando relativo e a felicidade se faz um fim em si mesma, é importante reafirmar que o casamento foi ideia de Deus, desde o início, e Ele o criou para cumprir os seus propósitos, que podem ser resumidos da seguinte maneira:

Oferecer glória a Deus. Não há nada cristão que não se destine a glorificar a Deus. Na verdade, o casamento é uma instituição social da qual evoluíram todas outras estruturas sociais. É importante apreciar a missão do casamento como um meio para honrar a Deus e oferecer louvores ao seu nome [...].

Propiciar companhia para o outro. Um dos propósitos fundamentais do casamento é a companhia [...] (Gn 2.18; Sl 68.8).

Servir, um ao outro. Não somente não era bom que o homem estivesse só, mas ele precisava de uma auxiliar. A intenção do casamento é criar companheiros que satisfaçam as necessidades, um do outro. Cada cônjuge tem necessidades que Deus deseja que sejam satisfeitas no casamento [...].

Procriar uma descendência devota. A função de procriação estava no centro do propósito de Deus, quando criou o primeiro homem e a primeira mulher. Ele lhes ordenou que fossem frutíferos que se multiplicassem e povoassem a terra — algo que nós fizemos muito bem. Mas a missão bíblica de ter filhos vai além do ato físico de ter bebês. Ela pede que as crianças tenham uma criação devota, e o casamento cristão cria a atmosfera ideal, amorosa e carinhosa, para se fazer isso.

Criar a unidade básica de trabalho e serviço. Os casais cristãos devem servir a Deus juntos, criar filhos devotos, manter a casa e servir na igreja e na comunidade [...]” (ADEI, S. Seja o líder que sua família precisa. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, pp.108-09).

Extraído da Revista Lições Bíblicas Jovens e Adultos, CPAD, 2º Trimestre de 2013
Auxilio Bibliográfico - Estudantes da Bíblia
Lição Resumida




segunda-feira, 25 de março de 2013

Lição 13: A morte e Eliseu


Lição 13: A morte e Eliseu

TEXTO ÁUREO

“E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés” (2 Rs 13.21).

VERDADE PRÁTICA


O último milagre relacionado à vida de Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.

ELISEU

Pontos fortes e êxitos

   •    Foi sucessor de Elias como profeta de Deus.
   •    Teve um ministério que durou mais de 50 anos.
   •    Teve um grande impacto sobre quatro nações: Israel, Judá, Moabe e Síria.
   •    Foi um homem íntegro que não tentou enriquecer-se à custa dos outros.
   •    Fez muitos milagres para ajudar aqueles que estavam sofrendo necessidades.

Lições de vida

   •    Aos olhos de Deus uma medida de grandeza é a disposição para servir aos pobres como também aos poderosos.
   •    Um substituto eficaz não só aprende com o seu mestre; também constrói sobre as realizações de seu mestre.
Introdução

Morte: Término das atividades vitais do ser humano sobre a terra.

Nesta lição, acompanharemos os últimos passos do profeta Eliseu. Constataremos que Eliseu foi, de fato, um gigante espiritual. Mas, como todos os homens, estava sujeito às limitações comuns a todos os mortais — nasceu, cresceu, envelheceu e morreu. Fica, portanto, em destaque o fato de que os homens fazem história, mas Deus é o Senhor da história.

A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU

A velhice de Eliseu. Um bom tempo já se havia passado desde a última aparição do profeta de Abel-meolá no registro bíblico (2 Rs 9.1). De fato, entre os capítulos 9 e 13 de 2 Reis, há um intervalo de aproximadamente quarenta anos. Os estudiosos acreditam que, por essa época, Eliseu deveria estar com a idade aproximada de oitenta anos.

Eliseu fora chamado ainda jovem para o ministério profético, mas agora estava velho e doente. Às vezes, idealizamos de tal forma os homens de Deus, que acabamos nos esquecendo de que eles também são humanos. Envelhecem, adoecem e também morrem. O texto bíblico deixa bem patente o lado humano do profeta. Fora um grande homem de Deus e ainda o era, mas ainda assim era um homem.

O sofrimento de Eliseu. O mesmo texto que trata da doença e velhice de Eliseu fala também do seu sofrimento (2 Rs 13.14,20). Eliseu estava doente, e isso sem dúvida causava-lhe algum sofrimento. Eliseu envelheceu e padeceu.

Mas o foco aqui não é o sofrimento em si, mas como Deus trata o profeta nesse momento de sua vida e como ele responde a isso. Mesmo alquebrado pela idade, Eliseu continuava com o mesmo vigor espiritual de antes. Possuía ainda a mesma visão da obra de Deus. Em nada a doença, ou quaisquer outras coisas, impediu-o de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.

A doença não conseguiu impedir o profeta Eliseu de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.

A PROFECIA FINAL DE ELISEU

A ação de Deus na profecia. Hoje está na moda o jargão: “Eu profetizo sobre a tua vida”. Embora muito bonito e vestido de roupagens espirituais, tal jargão não passa de orgulho e afetação humana. Isso por uma razão bem simples: nenhuma profecia, que se ajuste ao modelo bíblico, tem seu ponto de partida no querer humano, mas na vontade soberana de Deus (2 Pe 1.20,21).

Eliseu, por exemplo, refletindo os desígnios divinos, dizia ao profetizar: “Assim diz o Senhor” (2 Rs 2.21; 3.16). A expressão “flecha do livramento do SENHOR” (2 Rs 13.17) possui sentido semelhante. A profecia tem sua origem em Deus e não no homem. Eliseu não profetizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois profetizar (2 Rs 3.15).

A participação humana na profecia. Vimos que uma profecia genuinamente bíblica tem sua origem em Deus. Todavia, a Escritura mostra também que existe a participação do homem nesse processo. É o que vemos em 2 Reis 13.14-19. A indignação de Eliseu quanto à relutância do rei Jeoás de Israel em continuar a atirar as suas flechas, símbolo do livramento do Senhor contra os sírios, é bastante significativa. Deixa clara a decepção do profeta com a falta de discernimento e perseverança do rei. Faltou fé a Jeoás! Ele pensava certamente tratar-se de uma mera cerimônia na qual ele teria apenas uma participação técnica. A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta. Deveria ter ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez apenas três.

Uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida. Em o Novo Testamento, o Senhor Jesus irá por em destaque essa verdade (Mt 9.29).

Aprendemos mediante a última profecia de Eliseu que uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida.

O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU

A eternidade e fidelidade de Deus. É interessante observarmos que o último milagre de Eliseu deu-se postumamente. Eliseu já estava morto quando ocorre algo que desafia a razão humana (2 Rs 13.20,21). Essa passagem revela pelo menos dois aspectos dos atributos de Deus — Deus é eterno. Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias parecem dizer o contrário.

Ao permitir que o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava ao rei Jeoás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo ele havia prometido a ele. Deus é fiel e zela pela sua Palavra para a cumprir.

A honra de Eliseu. Além da fidelidade e da eternidade de Deus, que ficam bem patentes nesse último milagre de Eliseu, há ainda mais uma lição que o texto deixa em relevo. Aqui é possível perceber que, mesmo morto, o nome de Eliseu continuaria a ser lembrado como um autêntico homem de Deus.

Elias subiu ao céu vivo, Eliseu deu vida mesmo estando morto. Os intérpretes destacam que esse milagre, envolvendo os restos mortais de Eliseu, mostra que o Senhor possui planos diferenciados para cada um de seus filhos. Portanto, não devemos fazer comparações nem questionar os atos divinos (Jo 21.19-23). A Bíblia fala de homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morrido (Hb 11.4).

Mesmo depois de morto, Eliseu foi lembrado como um autêntico homem de Deus.

O LEGADO DE ELISEU

Legado socio-cultural. Já estudamos que Eliseu supervisionava as escolas de profetas (2 Rs 6.1). Esse sem dúvida foi um dos seus maiores legados. Todavia, Eliseu fez muito mais; teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação. Enquanto Elias era um profeta do deserto, Eliseu teve uma atuação mais urbana. Eliseu tinha acesso aos reis e comandantes militares, e possuía influência suficiente para deles pedir algum favor (2 Rs 4.13). Como povo de Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

Legado espiritual. Há uma extensa lista de obras e milagres operados através do profeta Eliseu. Sem dúvida, eles demonstram seu grande legado. Podemos enumerar alguns: abertura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o azeite da viúva (2 Rs 4.1-7); o filho da sunamita (2 Rs 4.8-37); a panela envenenada (2 Rs 4.38-41); a multiplicação dos pães (2 Rs 4.42-44); a cura de Naamã (2 Rs 5.1-19) e o machado que flutuou (2 RS 6.1-7).

Como povo de Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

CONCLUSÃO

Assim termina a vida do profeta Eliseu. Um grande homem de Deus que nunca deixou de ser servo. Começou pondo água nas mãos de Elias (2 Rs 3.11), um gesto claro de sua presteza em servir, e foi exaltado por Deus. Mesmo sem ter escrito uma linha, levanta-se como um dos maiores profetas bíblicos de todos os tempos. Devemos imitá-lo em sua vida de serviço e amor a Deus.
EXERCÍCIOS

1. Faça um breve comentário sobre a velhice de Eliseu.
R. Resposta pessoal.

2. Por que Eliseu se indignou contra o rei?
R. Por que o rei não agiu com discernimento e fé.

3. De acordo com a lição, qual o propósito do milagre operado postumamente por Eliseu?
R. Demonstrar a fidelidade de Deus e o valor do profeta Eliseu.

4. Cite dois dos legados do profeta Eliseu.
R. Cultural e espiritual.

5. Cite pelo menos três obras do legado de Eliseu.
R. Abertura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o azeite da viúva (2 Rs 4.1-7).

“Joás visitou Eliseu devido ao grande respeito que tinha pelo profeta, que estava próximo de falecer. Sua saudação: ‘Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!’, foi a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi levado ao céu (2 Rs 2.12). O fato de Joás utilizar esta expressão é uma indicação de que ele reconhecia a proximidade da morte de Eliseu. A ordem relacionada ao uso do arco e das flechas estava relacionada com a Síria, que era a nação que oprimia Israel. Uma flecha lançada em direção ao oriente simbolizava a vitória em Afeca; as setas lançadas ao solo simbolizavam a vitória de Israel sobre a Síria.

Eliseu se indignou muito contra Joás, por saber que confiar e se apoiar em outras nações era uma atitude errada. Era necessário ter uma completa confiança em Deus para que fossem ajudados contra as nações estrangeiras que procuravam oprimir Israel. O poder miraculoso associado aos ossos de Eliseu tinha a finalidade de mostrar a Joás que o poder do Deus de Israel seria manifestado sobre a Síria, mesmo após a morte do profeta” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 2, 1 ed., RJ: CPAD, 2005, pp.360-61).

A morte de Eliseu

Aqui chegamos ao fim de todos os homens, mesmo aqueles que possuem um ministério tão marcante quanto o de Eliseu: a morte. Tal qual Elias, Eliseu conheceu o fim do seus dias. Desta lição, podemos tirar pelo menos duas grandes lições:

Eliseu morreu de uma doença. O detalhe da Palavra de Deus não nos permite ter equívocos: “Eliseu estava doente da sua doença de que morreu” (2 Rs 13.14). Esse verso pode deixar constrangidos os proponentes da confissão positiva, que alegam que um crente não pode ficar doente, e se estiver doente, é porque não tem fé ou está em pecado. Eliseu era um homem de Deus. Era um homem de fé. Realizou muitos milagres. Mas quando chegou sua hora de partir, esse momento ocorreu porque o profeta ficara doente e a doença o levou. Entende-se que Eliseu já era um homem de idade avançada, e que naturalmente seu organismo, como o de outras pessoas dessa fixa etária, ficou propenso a fraquezas e doenças. Foi um fato natural.

Precisamos entender dois princípios claros: a) que a nossa obrigação é orar ao Senhor pedindo cura, e é Ele quem manda a cura para o seu povo, conforme a sua vontade; b) Em sua soberania, Deus pode permitir que nossa partida para estar com Ele se dê de diversas formas, inclusive por meio de doenças. Ainda que isso ocorra, não podemos pensar que a morte, para o cristão, é uma punição, mas sim uma promoção para estar lado a lado com o Senhor. Deus tem uma forma de tratar com cada pessoa. Elias foi levado ao céu, vivo; Eliseu passou pela morte, mas ambos estão com o Senhor.

Eliseu teve um ministério respeitado. Ao longo de sua vida, Eliseu teve contato direto com a escola de profetas em seus dias. Foi um homem que viu milagres em seu ministério, trouxe orientações a governantes e gozava da honra de outros profetas. E mesmo depois de morto, realizou um milagre de ressurreição. Este último fato não nos permite crer que podemos rogar a “santos homens e mulheres” para que nos ajudem em nossas dificuldades, pois se observarmos a narrativa dessa ressurreição, não foi feito nenhum pedido ao “santo Eliseu” para que ele ressuscitasse o homem morto que foi jogado em sua cova. O fato simplesmente aconteceu pelo poder de Deus, e não pela súplica direcionada a um profeta que estava no céu e poderia interceder pelo morto a Deus. Nossas orações devem ser para o Senhor, e não para pessoas consideradas santas. Nosso único intercessor é o Senhor Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus, e ninguém mais.






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Lição 13 - A urgência de um avivamento genuíno

LIÇÃO 13 – 31 de Março de 2013

A urgência de um avivamento genuíno

TEXTO AUREO

“Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia”. Hc 3.2

VERDADE APLICADA

Avivamento não é desprezo pelo conhecimento e nem alienação social, por isso precisamos crescer em graça e conhecimento das Escrituras.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Definir e apresentar características gerais de um verdadeiro avivamento;
Mostrar como podemos alcançar o genuíno avivamento;
Manter os cuidados que se deve ter em meio ao avivamento.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jr 29.11 - Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
Jr 29.12 - Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.
Jr 29.13 - E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.
Jr 29.14 - E serei achado de vós, diz o Senhor, e farei voltar os vossos cativos, e congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o Senhor, e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.

Aqueles com esperanças verdadeiras (w. 10-14). A verdadeira esperança baseia-se na revelação da Palavra de Deus, não nas "men­sagens de sonhos" daqueles que se dizem profetas (v. 8). Deus deu a seu povo uma "boa palavra" (v. 10) de livramento e cum­priria sua promessa. Deus fez planos para seu povo, bons planos que, no final, trazem paz e esperança. Sendo assim, não há moti­vo para temer nem para desanimar.

Em toda situação, porém, o povo de Deus tem a responsabilidade de buscar ao Senhor, de orar e de pedir a ele que cumpra suas promessas, pois a Palavra e a oração caminham juntas (At 6:4). O propósito da disciplina é fazer com que busquemos ao Senhor, confessemos nossos pecados e nos acheguemos a Deus (Hb 12:3-13). De acor­do com Jeremias 29:14, essas promessas vão além dos judeus cativos na Babilónia e in­cluem todo o Israel ao redor do mundo. Je­remias estava olhando mais adiante, para o final dos tempos, quando Israel seria reunido para encontrar-se com o Messias e entrar no reino (Is 10:20 - 12:6).

Introdução

O nosso tema em apreço não visa atacar ninguém. É nosso propósito definir, demonstrar como se expressa o avivamento e alguns cuidados principais que se devem ter com ele. Esse cuidado é para todos aqueles que estão envolvidos nesse fenômeno religioso quanto aos excessos que se deve evitar. Aproveitemos esse momento, pois o assunto é muito interessante em si.

1. Bases de um avivamento genuíno

Antes de falar das características gerais de um avivamento, vejamos o que ele é. Avivamento é o ato ou efeito de avivar, trazer vida, produzir ânimo. Quer dizer, buscar e receber vida espiritual em Deus; ter o ânimo renovado por meio da ação do Espírito Santo e da busca pessoal. Seja buscando ou recebendo o avivamento consiste numa concentração especial da presença de Deus (At 2.1-4).

O Espírito San­to já estava operando antes de Pentecostes e havia se mostrado ativo na criação (Gn 1:1, 2), na história do Antigo Testamento (Jz 6:34; 1 Sm 16:13) e na vida e ministério de Jesus (Lc 1:30-37; 4:1, 14; At 10:38). Duas coisas, porém, não seriam mais as mesmas: (1) o Espírito passaria a habitar nas pessoas, não apenas a vir sobre elas; e (2) sua presen­ça seria permanente, não apenas temporá­ria (Jo 14:16, 17). O Espírito não poderia ter vindo antes, pois era essencial que Jesus morresse, ressuscitasse e voltasse ao céu, a fim de que o Espírito fosse concedido (Jo 7:37-39; 16:7ss). Convém lembrar a sequên­cia do calendário judaico em Levítico 23: Páscoa, Primícias e Pentecostes.

A vinda do Espírito foi acompanhada de três sinais maravilhosos: o som de um forte vento, línguas de fogo e os cristãos louvan­do a Deus em várias línguas. Tanto no he­braico quanto no grego, a palavra usada para Espírito também significa "vento" (Jo 3:8). O povo não sentiu o vento, mas sim ouviu seu som. É provável que os cristãos estivessem no templo quando isso aconteceu (Lc 24:53). O termo casa em Atos 2:2 pode se referir ao templo (ver At 7:47). As línguas de fogo sim­bolizavam o testemunho poderoso da Igre­ja ao povo. Campbell Morgan lembra que nossas línguas podem ser "abrasadas" pelo céu ou pelo inferno! (Tg 3:5, 6). A combina­ção de vento e fogo gera grandes labaredas!

1.1. As Escrituras Sagradas

O avivamento espiritual genuíno deve ter plena harmonia com as Escrituras, jamais ser contrário a elas. Em verdade, o avivamento deve proceder sempre das promessas de Deus e da meditação continuada da sua Palavra. Quando ele chega, há um apego maior à leitura bíblica, à meditação, à prática e à sua divulgação. O Espírito Santo sempre agirá em consonância com a sua Palavra, aliás, nesse momento em que há uma concentração especial de sua presença, determinados aspectos da Escritura ganham uma vida especial. Avivamento sem Bíblia é como um povo sem história, sem lei e sem poesia, apenas um fenômeno religioso.


1.2. O agir do Espírito Santo

Num ambiente de avivamento, o Espírito Santo conduz as pessoas ao arrependimento de seus pecados. Certas coisas consideradas socialmente banais são abandonadas, visando manter uma comunhão profunda com Ele, mantendo uma vida de santificação constante. A devoção se torna algo vivo evidenciado pelo fervor, pela oração, pelos louvores, enfim tudo é cheio de vida naturalmente e não uma obrigação tradicional e religiosa, pois ganharam um novo valor. Sua presença é tão real que é quase tangível com as mãos, assim quebrantamentos são comuns. A libertação de pessoas oprimidas, às vezes, acontecem muitas curas e milagres, muitas reconciliações, mudanças sociais e a pregação ganha um novo valor (At 8.1-40).

1.3. Busca e organização humanas

Um avivamento espiritual não acontece por acaso, sempre será resultado de uma busca. Essa busca faz parte da necessidade que se tem de ter vida espiritual renovada, dessa maneira alguém começa uma busca intensa por Deus, como o salmista que disse, “como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus (Sl 42.1 PARTE 1). “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13). Trata-se de uma busca com intensidade de coração e de atitudes. Pois há coisas que imprescindivelmente precisam ser feitas pelo crente e que estão reveladas: humilhar-se, orar, buscar intensamente, converter-se dos maus caminhos. Aí, então, Deus se deixa achar (Dt 4.29; 2Cr 7.14; Jr 29.14). No aspecto coletivo, Paulo orienta que se tenha ordem no sentido de organização, e decência, a fim de evitar alguma coisa que traga vergonha. Para isso ele dedica todo o texto de I Coríntios 14.

PARTE 1

O ardente desejo do salmista em experimentar a presença de Deus e assim ter uma comunhão completa, que fomente a sua espiritualidade. Ele não se contentava em aprender, ler, instruir-se e orar. Ele jamais diria que "a leitura da Bíblia e a oração” são suficientes para o homem espiritual. Também precisamos do toque, do contato e comunhão com Deus. A meditação é uma das mais úteis disciplinas de uma vida pessoal. Como suspira a corça pelas correntes das águas. A figura nos apresenta um animal selvagem correndo para salvar a própria vida, tentando evitar os caçadores e seus cães, e que, em sua sede extrema, encontra alguma água muito necessária para beber. Buscamos a Deus como esse animalzinho busca sua água necessária? O poeta foi capaz de dizer que a sua alma buscava a Deus com esse afã, ou seja, com todo o seu ser. Ele não categorizou a si mesmo em secular e divino. O divino era tudo para ele.

Quando a corça (cervo) fica exausta e dolorida de tanto correr, seu último refúgio é uma poça de água. Esse animal descerá a colina e nadará no meio da água. Poderá mergulhar na água para evitar o olhar brutal dos caçadores e dos cães de caça. E sorverá do precioso liquido. Sua vida é assim restaurada.

Essas quatro bases são imprescindíveis para qualquer movimento avivalista. A Palavra como vimos, resumidamente, contém a planta de todo o verdadeiro movimento espiritual apostólico. Mas há movimentos, entretanto, que dizem que, o Espirito Santo é maior que a Palavra e dão as regras de uma reunião de acordo com esse pensamento, tudo deve partir da Palavra entendida de maneira sábia e equilibrada. Quanto a busca intensa, já vimos. Mas se faz necessário ter ordem e muita sensibilidade, a fim de não estancar o avivamento e entristecer o coração de alguns.

2. Expressões de um verdadeiro avivamento

Não raro temos concepções erradas acerca de um avivamento verdadeiro, atribuímos nossos conceitos à luz daquilo que ouvimos ou de nossa experiência e esquecemo-nos de que avivamento é a vida plena de Jesus Cristo em nós demonstrada por meio de frutos e graça Deus, como veremos a seguir.

2.1. Expressão de renovo espiritual

Sabemos que tudo o que possui grande valor sofre o plágio da alma humana. Certos cultos movimentados, acompanhados de barulhos, certo emocionalismo e inteiração presente, etc., podem evidenciar um avivamento ou não. As evidências posteriores à reunião confirmarão isso, por exemplo, se tal movimento é sucedido por sentimento de vazio, falta de caráter transformado e ausência contínua de conversões, os indícios são de irmãos animosos, mas não avivados. Por outro lado é claro que o avivamento se expressa por meio de poder espiritual. Não podemos dizer que estamos em avivamento, se não há presente em nossas vidas e reuniões o poder do Espírito Santo conforme prometido (Lc 24.49). Esse poder é demonstrado através de uma nova dinâmica espiritual, conforme vemos na igreja primitiva, ousadia na pregação, unção e graça abundante, manifestação dos dons, curas e milagres, e conversão de almas. Eis aí as diferenças demonstradas, cujo ponto fundamental são os resultados, eles são prova de renovo espiritual verdadeiro.

Lc 24.49 - Eu lhes envio a promessa de meu Pai; mas fiquem na cidade até serem revestidos do poder do alto.

Deus prometeu dar-lhes poder (Lc 24:49; At 1:8), e cumpriu sua promessa. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo desceu sobre a Igreja e lhes deu poder para pregar a Palavra (At 2). Depois de Pentecoste, o Es­pírito continuou a encher os cristãos com grande poder (ver At 4:33).

Testemunhar não é algo que fazemos para o Senhor; antes, é algo que ele faz por meio de nós, se estivermos cheios do Espírito Santo. Existe grande diferença en­tre "vender o peixe" e testemunhar com o poder do Espírito. Como disse Vance Havner: "Não é pela argumentação que levamos pessoas a Cristo. Simão Pedro foi a Jesus porque André o procurou e lhe deu seu testemunho". Testemunhamos com a autoridade do nome de Jesus e com o po­der de seu Espírito, anunciando seu evan­gelho e sua graça.

2.2. Demonstração do fruto do Espírito

No item acima, falamos de modo sucinto da expressão de um avivamento num ambiente coletivo, mas agora trataremos de forma mais pessoal, posto que a igreja é formada por indivíduos que se agregam. Um avivamento do Espírito Santo é demonstrado por uma transformação de caráter. Todos aqueles que experimentaram ter um encontro genuíno com Deus foram transformados, Jacó, quando lutou com o anjo, disse, “tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva” (Gn 32.30); Isaías quando viu Deus assentado num alto e sublime trono, disse: “ai de mim, que vou perecendo!... Meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos” (Is 6.5); dali em diante Isaías deixou de falar o que não devia. Reuniões de avivamento onde se há muito barulho, línguas estranhas, mas quando acabam há discórdias, brigas, xingamentos e falta ânimo para evangelizar, é um contrassenso, depõe contra o verdadeiro avivamento e o próprio cristianismo.

2.3. Testemunho com graça renovada

A igreja que passa por um avivamento se torna muito ativa na pregação, no evangelismo, no discipulado e missões. Todos com um amor renovado querem contribuir não apenas financeiramente, mas querem participar da multiplicação dos fiéis. Lembremos que a igreja de Jerusalém tinha graça para com a sociedade (At 2.42-47), não antipatia, o mesmo exemplo deve ser seguido por nós.

Há, no avivamento, realidades das quais não podemos fugir, todos os genuínos avivamentos mais cedo ou mais tarde enfrentam oposição, posto que lidamos com dois elementos corruptos: a natureza humana e o próprio Satanás que procura abafar o movimento e age com represálias, a fim de ao invés avivamento, confusão, frieza e morte espiritual. As vezes, alguns de posse desse conhecimento ficam tão preocupados que preferem não alcançar níveis profundos de avivamento em sua vida e igreja. Andar em direção ao avivamento é ir em direção a Cristo Jesus que morreu e ressuscitou, derrotou o diabo a morte e o inferno, maior é o que está conosco!

3. Cuidados principais quanto o avivamento

O avivamento deve ser preservado, mas o excesso de zelo pode acabar por extinguir o agir do Espírito, quer dizer, ter um efeito contrário. Por exemplo, alguns líderes tem tanto medo de que as manifestações não sejam do Espírito de Deus que acabam por extingui-lo. Outros ficam tão preocupados em perder as rédeas do culto, por causa das manifestações espirituais que desestimulam os irmãos e entristecem o Espírito Santo. Devemos ter cuidados sim é o que abordamos aqui, mas, sobretudo, este é um trabalho de fé, Aquele que começou o avivamento com o passar dos dias o aperfeiçoará.

3.1. Ênfase exagerada ao Espírito Santo

Devemos cuidar para que não seja por nossas atitudes ou conceitos doutrinários errôneos que venhamos dar ênfase exagerada a pessoa do Espírito Santo. E isso se manifesta de muitas maneiras, por exemplo, alguns dizem: “aqui o Espírito é superior a qualquer um, Ele é maior que a Palavra e é Ele quem manda”. Isso não é verdade, a Palavra foi inspirada por Ele, ela é o meio de julgarmos de onde procede uma manifestação tida como espiritual, se dele, do espírito humano ou do maligno infiltrado. Na verdade, todo avivamento traz consigo seus exageros que devem ser administrados com sabedoria e temor a Deus. Há lugares que dão ênfase exagerada à busca de visões, a revelações, nada fazem senão abrirem a Bíblia em algum lugar. Sejamos sábios irmãos, mesmo que Deus tenha começado um avivamento, quando se inicia essas coisas, elas são indícios da sua ausência ativa. Deus não opera contra si mesmo, pois não é de confusão.

3.2. A falta de exposição das Escrituras

Uma grande contradição em um suposto avivamento é não haver exposição das Escrituras, seja ensinando, pregando ou evangelizando numa reunião. Os hinos, corinhos, profecias, revelações e demais participações devem fazer parte da liturgia do culto, tal como era na igreja primitiva e tal como o movimento pentecostal procura resgatar. Todavia não se pode prescindir a Palavra como se fosse um tempero a menos naquela reunião. Devemos, com sabedoria, preparar com fervor e aproveitar esses momentos para ministrar a Palavra. Lembremos que Pedro agiu assim na primeira reunião “pentecostal” (At 2.14-36). Ele aproveitou o momento de modo que a sua atitude se tornou um modelo para todos os avivamentos subsequentes. Assim, cuidemos para que em cada reunião, tenhamos um verdadeiro aprendizado na pregação da Palavra de Deus.

3.3. O fanatismo

Foi num ambiente de “avivamento”, em Corinto, quando houve muitas meninices, arrogâncias, liberação dos instintos carnais que Paulo teve que corrigir. Pois, em alguns momentos, a situação era mais parecida com um pandemônio do que com um culto a Deus. Os exageros não foram diferentes dos de nossos dias, todos falando em línguas ao mesmo tempo, vários profetizando simultaneamente, disputas internas que já não mais evidenciavam o amor, uma dependência contínua das emoções, o que levou Paulo a escrever longamente sobre o assunto conforme podemos ver em 1 Coríntios 12 a .14.

Pandemônio
Substantivo masculino: Tumulto, balbúrdia, confusão, generalizados. (Dic. Aurélio)

Caros irmãos precisamos também ver o avivamento do Espírito de Deus como um cultivo. Muitos de nós temos uma capacidade ótima para administrarmos nossos lares, finanças, filhos com planejamento eficiente. Mas queremos fazer a obra de Deus relaxadamente sem planejamento. O Senhor nos revelou nas Escrituras que os procedimentos de uma lavoura são semelhantes no reino de Deus, é um trabalho longo e árduo, se não nos prepararmos quando o avivamento chegar com  força não saberemos o que fazer.

Conclusão

Nós brasileiros temos a fama evangélica de vivermos num continuo avivamento, que causa admiração nas igrejas dos outros países. Há um número de igrejas que, a cada tempo, surge das mais variadas denominações, curas e milagres, mas infelizmente não temos profundidade escriturística. Somos acusados por alguns de termos a grandeza de um oceano, mas a profundidade de uma piscina, posto que a Palavra tenha sido muito prescindida.

QUESTIONÁRIO

1ª Parte

1. O que é um avivamento?
R. Avivamento é o ato ou efeito de avivar, trazer vida, produzir ânimo.

2. Com o que compara esta lição o avivamento sem Bíblia?
R. Como um povo sem história, lei e poesia, apenas um fenômeno religioso.

3. Dê um exemplo comum de ação do Espírito Santo em meio a um avivamento:
R. Arrependimento de pecados; ou, abandono de pecado; etc.

2ª Parte

4. A organização é incompatível com o verdadeiro avivamento? Se sim, aponte um texto bíblico.
R. Não. Texto 1 Coríntios 14

3ª Parte

5. Cite alguns cuidados que a igreja deve ter quanto ao avivamento:
R. Evitar a ênfase exagerada ao Espírito Santo; Deve ter exposição das Escrituras; evitar o fanatismo.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 1º Trimestre de 2013, ano 23 nº 86 – Jovens e Adultos – Vida Cristã Vitoriosa.
Comentário Bíblico Expositivo – Warrem W. Wiersbe
O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo Testamento 
Comentário Bíblico Matthew Henry - Novo Testamento
Comentário Bíblico - F. B. Meyer
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores – CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade

Fonte: REVISTA EBD




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