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sábado, 24 de novembro de 2012

Lição 9: Rituais e cerimônias da igreja


Lição 9
24 de novembro a 1º de dezembro


Rituais e cerimônias da igreja


Casa Publicadora Brasileira – Lição 942012

Sábado à tarde

 Ano Bíblico: 1Co 11–13

VERSO PARA MEMORIZAR: “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2:38).




Pensamento-chave: Deus instituiu ordenanças que, adequadamente compreendidas, ajudam a fortalecer nossa fé.

Muitas sociedades têm rituais de iniciação, às vezes chamados “ritos de passagem”. Em algumas culturas, ritos de passagem foram planejados para ajudar as pessoas a fazer a transição de uma fase da vida para outra. Por exemplo, os ritos da chegada à vida adulta eram realizados no início da puberdade. Esses ritos variavam de lugar para lugar, mas todos tinham o objetivo de assegurar que os membros mais jovens fossem moldados para ser indivíduos produtivos e responsáveis, orientados para a comunidade. No processo, meninos e meninas aprendiam as maneiras da vida adulta, isto é, eram orientados sobre o que era esperado deles como membros adultos da sociedade.


Na comunidade cristã, também há ritos específicos, atos que formalizam o compromisso dos indivíduos com a fé que professam. Esses atos sagrados não apenas confirmam a participação e a comunhão da pessoa na comunidade, mas, idealmente, ajudam a preparar os indivíduos para que se tornem fiéis e produtivos membros dessa comunidade. Eles também são o meio de ajudar os membros a entender o que seu compromisso com Cristo deve implicar. Nesta semana, consideraremos três ritos que expressam nossa fé: batismo, lava-pés e santa ceia.


Domingo

Ano Bíblico: 1Co 14–16


Especificando os ritos sagrados


Durante as primeiras fases da igreja cristã, os crentes do Ocidente, onde o grego era a língua comum, usavam a palavra mysterion (mistério), para descrever os sagrados ritos cristãos. Na parte oriental da igreja, onde predominava o latim, o termo utilizado era sacramento (do latim “sacramentum”). O sacramentum era um juramento feito por um soldado romano, declarando sua obediência à ordem do comandante. Os que empregavam essa palavra sentiam que ela descrevia com precisão a natureza dos ritos sagrados. Com o tempo, porém, a ideia passou a representar um ato com um poder invisível inerente. A igreja da Idade Média identificou sete desses atos, chamados “sacramentos”, que eram vistos como meio de infundir graça na pessoa.


Durante a Reforma, os sacramentos foram examinados e criticados. Na mente de muitos, o termo sacramento pareceu manchado. Consideraram conveniente utilizar um termo diferente: ordenança. A palavra ordenança vem do verbo “ordenar”. Ela identifica um ato especial que o próprio Cristo instituiu ou ordenou. Preferir o termo ordenança a sacramento significa que a pessoa participa dos atos porque eles são os meios divinamente ordenados para que mostremos nossa obediência e fidelidade a Jesus como Senhor. Os adventistas do sétimo dia consideram o batismo, o lava-pés e a santa ceia como ordenanças – atos que revelam nossa lealdade a Cristo. Eles são formas simbólicas de expressar nossa fé.


1. Existe fundamento bíblico para chamar os atos sagrados de “ordenanças”? Mt 28:19, 20Jo 13:141Co 11:23-26


Por mais importantes que consideremos as “ordenanças”, devemos sempre lembrar que elas não são condutos de graça nem meios pelos quais obtemos a salvação ou alcançamos méritos diante de Deus. O pecado é um assunto muito sério para que rituais, mesmo aqueles instituídos por Cristo, sejam capazes de nos redimir. Unicamente a morte de Jesus na cruz foi suficiente para salvar seres tão profundamente caídos como nós. Pela nossa maneira de entendê-las, as ordenanças são símbolos exteriores de nosso reconhecimento do que Cristo fez por nós, da nossa união com Ele e de tudo o que essa união implica. Elas servem bem ao seu propósito. São um meio para um fim e não um fim em si mesmas.

Segunda

Ano Bíblico: 2Co 1–4

Batismo


O Novo Testamento usa várias imagens para descrever o significado do batismo. Primeiro, ele simboliza a união espiritual com Cristo (Rm 6:3-8), envolvendo participação em Seu sofrimento, morte e ressurreição, bem como a renúncia ao estilo de vida anterior. Dessa forma, o batismo está relacionado ao arrependimento e perdão dos pecados (At 2:38), ao novo nascimento e recebimento do Espírito (1Co 12:13), e, consequentemente, à entrada na igreja (At 2:4147).


O batismo simboliza um relacionamento espiritual e de aliança com Deus, por meio de Cristo (Cl 2:11, 12). Representa o que a circuncisão significou no Antigo Testamento e, também, simboliza a transferência de lealdade, que coloca a pessoa na comunidade consagrada ao serviço de Cristo. O recebimento do Espírito no batismo capacita os crentes a servir à igreja e a trabalhar pela salvação dos que ainda não são da fé (At 1:58).


2. Que experiência espiritual deve ocorrer antes do batismo? Rm 10:17Lc 3:8

Alguns anos atrás, a Comissão Conjunta da Igreja Anglicana Sobre Batismo, Confirmação e Santa Comunhão fez uma confissão impressionante: “Os recebedores do batismo eram normalmente adultos e não crianças. Deve ser admitido que não há evidência conclusiva no Novo Testamento para o batismo de crianças” (Baptism and Confirmation Today [Batismo e Confirmação Hoje], Londres, SCM, 1955, p. 34; citado por Millard J. Erickson, Christian Theology [Teologia Cristã], Michigan, Baker Book House, 1988, p. 1102). O significado do batismo exclui crianças como candidatos legítimos, porque o batismo bíblico requer fé e arrependimento por parte dos participantes. Além disso, a ideia do papel da Palavra de Deus no desenvolvimento da fé (Rm 10:17) indica que o arrependimento deve ser combinado com instrução bíblica e espiritual. Esses elementos são necessários para que os candidatos produzam “frutos dignos do arrependimento” (Lc 3:8) como prova de seu relacionamento com Cristo.


A natureza do batismo nos ajuda a entender a diferença entre uma ordenança e um sacramento. Batismo, de acordo com os que o veem como sacramento, é o meio para gerar uma transformação na pessoa, da morte espiritual para a vida. Nessa compreensão, a idade da pessoa não importa, porque o evento é totalmente sobrenatural. Por outro lado, os que veem o batismo como ordenança entendem que ele é uma indicação ou símbolo de uma mudança interna (um evento sobrenatural), que já ocorreu na vida do crente por meio de sua experiência com Jesus.


Se você foi batizado, pense nessa experiência. Quando você entende o que isso significa, por que (em certo sentido) precisamos ser “batizados” todos os dias? Como isso pode ser feito?

Terça


Ordenança da humildade Ano Bíblico: 2Co 5–7



É difícil imaginar a angústia no coração de Jesus, quando Ele, a ponto de enfrentar a cruz, a maior humilhação possível, viu entre Seus discípulos, ciúme e rivalidade acerca de quem seria o maior no Seu reino.

3. Que verdade fundamental os discípulos precisaram aprender? Lc 22:24-27Mt 18:120:21


Nosso mundo é tão distorcido e pervertido pelo pecado, que tudo está invertido, por mais “racional” e “sensata” que pareça essa inversão. Quem, em sã consciência, preferiria servir em lugar de ser servido? O objetivo da vida não é progredir, ficar rico, ser servido e atendido pelos outros, em vez de servir? Não é de admirar que, na última ceia, Jesus lavou os pés dos discípulos. Nenhuma palavra que Ele tivesse dito poderia transmitir com mais força a verdade sobre o que é a real grandeza aos olhos de Deus, do que o ato de lavar os pés dos que deveriam ter beijado os dEle.

4. O que podemos aprender com o lava-pés, como parte da cerimônia de comunhão? Jo 13:1-17


Uma verdade muito surpreendente ressoa através desses versos. O verso 3 diz que Jesus sabia que o Pai havia confiado tudo “às Suas mãos”. O que aconteceu depois? Sim, Jesus, sabendo muito bem que “viera de Deus, e voltava para Deus, levantou-Se da ceia” e começou “a lavar os pés aos discípulos” (v. 5). Mesmo sem saber totalmente quem Jesus realmente era, eles ficaram muito surpresos. Como poderiam eles ter deixado de perceber essa lição?

O que significa o fato de que a cerimônia do lava-pés ocorreu antes da santa ceia? Antes de reivindicar para nós tudo o que Cristo fez, é importante participar da ceia do Senhor com um senso da nossa pequenez, indignidade e necessidade da graça divina. De que pessoa você deveria lavar os pés? Isso poderia lhe trazer muitos benefícios espirituais?

Quarta


Ceia do Senhor - Ano Bíblico: 2Co 8–10



5. Qual é o significado evidente de comer o pão e beber o vinho? Por que é importante ver isso em termos de símbolos?Mt 26:26-28


A Ceia do Senhor substitui a festa da Páscoa da era da antiga aliança. A Páscoa encontrou seu cumprimento quando Cristo, o Cordeiro Pascal, deu Sua vida. Antes de Sua morte, o próprio Cristo instituiu a substituição dela, estabelecendo a grande festa da igreja do Novo Testamento sob a nova aliança. Assim como a Páscoa comemorava a libertação de Israel da escravidão do Egito, a Ceia do Senhor comemora a libertação do Egito espiritual, da escravidão do pecado.



O sangue do cordeiro pascal, aplicado à verga da porta e às ombreiras, protegia da morte os habitantes da casa. O alimento que sua carne provia lhes dava a força para escapar do Egito (Êx 12:3-8). Assim, o sacrifício de Cristo traz libertação da morte. Os crentes são salvos pela participação em Seu corpo e sangue (Jo 6:54). A Ceia do Senhor proclama que a morte de Cristo na cruz provê nossa salvação, nosso perdão, e nos promete a vitória sobre o pecado.


6. Que importante verdade doutrinária sobre a cruz é revelada nos símbolos da Santa Ceia? 1Co 11:24-26


Percebemos claramente o aspecto substitutivo da morte de Cristo. Seu corpo foi quebrado e Seu sangue derramado por nós. Na cruz Ele tomou sobre Si o que, por justiça, nos pertencia. Cada vez que participamos da Ceia do Senhor, devemos lembrar o que Cristo realizou em nosso favor.


Quando acrescentamos à Ceia do Senhor o lava-pés, que ajuda a preparar nosso coração antes de participar da cerimônia de comunhão, devemos também ter uma noção da natureza comunitária dessa ordenança. Com a cruz simbolizada de modo tão vívido, ao participarmos do pão e do vinho, somos lembrados de que, sejam quais forem as coisas terrenas que nos dividem, somos todos pecadores em constante necessidade de graça. A cerimônia de comunhão deve nos ajudar a perceber nossas obrigações, não só para com o Senhor, mas também de uns para com os outros.


Quinta


Esperança da segunda vinda de Cristo Ano Bíblico: 2Co 11–13



7. Que grande esperança é apresentada na cerimônia da Santa Ceia? 1Co 11:26

Nessas palavras, vemos a íntima ligação entre a segunda vinda de Cristo e a cerimônia da comunhão. Isso faz muito sentido, também, porque a segunda vinda de Jesus será, realmente, o ponto culminante do que aconteceu na cruz. Podemos argumentar que a maior razão para a primeira vinda de Cristo, que incluía o sacrifício de Seu corpo e o derramamento de Seu sangue em nosso favor, foi a segunda vinda. A primeira vinda foi o que preparou o caminho para a segunda vinda.

8. Que benefício haveria na primeira vinda de Cristo sem a segunda vinda?

Em certo sentido, a cerimônia da comunhão abrange o intervalo entre o Calvário e a segunda vinda de Cristo. Cada vez que participamos da comunhão, pensamos na cruz e no que ela realizou por nós. No entanto, o que ela realizou por nós não pode ser separado da segunda vinda. Na verdade, o que Jesus fez por nós na cruz não atingirá seu ápice final até a Sua volta.

9. Que promessa especial deve ser lembrada quando participamos da Santa Ceia? Mt 26:29


Considere a promessa, certeza e esperança que o Senhor nos dá nesse texto. Essas palavras indicam a proximidade e intimidade entre os redimidos e o Redentor, que se estenderão pela eternidade. Jesus nos prometeu que não beberá desse fruto da videira até que o beba, novamente, conosco no reino eterno. Quando lembramos quem Ele é, o Criador do Universo (Cl 1:16), essa promessa é ainda mais impressionante. Assim, além de tudo que é indicado pela cerimônia da comunhão, ela também deve apontar para a grande esperança reservada para nós, na segunda vinda de Jesus.

Desanimado? Oprimido? Bem-vindo ao mundo caído. Por que, em meio a tudo o que enfrentamos, é tão importante olhar para a cruz, seu significado para nós, e para o que ela significa para o futuro?

Sexta

Estudo adicional- Ano Bíblico: Gl 1–3


Leia da Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Nisto Cremos: capítulos 15–18.



“O batismo é um rito muito importante e sagrado. Importa compreender bem seu sentido. Simboliza arrependimento do pecado e começo de uma vida nova em Cristo Jesus. Não deve haver nenhuma precipitação na administração desse rito. Pais e filhos devem avaliar os compromissos que por ele assumem” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 93).



“A Páscoa apontava para a libertação dos filhos de Israel no passado, e também era um tipo, apontando para o futuro Cristo, o Cordeiro de Deus, que seria imolado para a redenção do homem caído. O sangue aspergido nos batentes das portas prefigurava o sangue expiatório de Cristo, e também o fato de que o pecador dependeria continuamente dos méritos desse sangue para a proteção contra o poder de Satanás, e para a redenção final” (Ellen G. White, The Spirit of Prophecy [O Espírito de Profecia], v. 1, p. 201).


Perguntas para reflexão
1. Leia 1 Pedro 3:20, 21. Que analogia Pedro usou para ajudar a explicar o significado do batismo?
2. Os cristãos primitivos foram acusados de muitas coisas de que não eram culpados, incluindo canibalismo. Uma das razões foram os seguintes versos: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha carne é verdadeira comida, e o Meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue permanece em Mim, e Eu, nele” (Jo 6:53-56). O que Jesus ensinou com essas palavras? Por que é tão importante entender o significado espiritual de textos como esse?


Respostas sugestivas: 1. O batismo, o lava-pés e a santa ceia foram ordenados por Jesus. 2. A experiência da fé produzida pela Palavra de Deus; mostrar frutos do arrependimento. 3. O maior no reino de Deus deve ser como o menor, e o que dirige como o que serve; não devemos desejar ser servidos, mas servir. 4. Pedro não entendeu o ato de humilhação de Jesus; não entendemos a humilhação do Filho de Deus, ao deixar a glória para nos salvar; mas quando somos purificados, seguimos o exemplo de Cristo, e nos humilhamos. O ato de Cristo foi motivado por amor e pelo senso de missão; Ele sabia que a humilhação era o caminho para a presença do Pai; mesmo sendo purificados do pecado, acumulamos impurezas ao longo do caminho, e Jesus nos purifica novamente; para isso, precisamos permitir que Ele nos lave. 5. Significa alimentar o coração com a Palavra de Deus, recebendo a salvação assegurada pelo Seu corpo e pelo Seu sangue, o que nos leva a uma vida de oração e testemunho, na qual Cristo habita. 6. Na cruz, o corpo de Cristo foi partido em lugar do nosso; Seu sangue foi derramado em lugar do nosso e representa uma aliança de salvação; quando realizamos a cerimônia, relembramos Seu sacrifício no passado e Suas promessas para o futuro. 7. A esperança da volta de Jesus. 8. Nenhum benefício, porque nossa fé e esperança não teriam recompensa. 9. Jesus oferecerá uma ceia, um banquete especial no reino de Seu Pai, a todos os Seus seguidores.

domingo, 18 de novembro de 2012

Lição 8: Naum — O limite da tolerância divina


Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos

4º Trimestre de 2012

Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo

Comentarista: Esequias Soares

Lição 8: Naum — O limite da tolerância divina

Data: 25 de Novembro de 2012

TEXTO ÁUREO

“Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem 
ali dez? E disse: Não a destruirei, por amor dos dez” (Gn 18.32).

VERDADE PRÁTICA

No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo da justiça divina.

HINOS SUGERIDOS
204, 372, 458.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 18.20
O pecado de Sodoma e Gomorra

Terça - Sl 18.25,26
Deus faz justiça aos justos e ímpios

Quarta - Is 1.9
O exemplo do juízo divino

Quinta - Ez 14.13
O juízo divino à nação pecadora

Sexta - Mt 11.23,24
A ruína de uma cidade orgulhosa

Sábado - Rm 11.22
A bondade e a severidade de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Naum 1.1-3,9-14.

1 - Peso de Nínive. Livro da visão de Naum, o elcosita.
2 - O SENHOR é um Deus zeloso e que toma vingança; o SENHOR toma vingança e é cheio de furor, o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos.
3 - O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.
9 - Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia.
10 - Porque, ainda que eles se entrelacem como os espinhos e se saturem de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca.
11 - De ti saiu um que pensa mal contra o SENHOR, um conselheiro de Belial.
12 - Assim diz o SENHOR: Por mais seguros que estejam e por mais numerosos que sejam, ainda assim serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais.
13 - Mas, agora, quebrarei o seu jugo de cima de ti e romperei os teus laços.
14 - Contra ti, porém, o Senhor deu ordem, que mais ninguém do teu nome seja semeado; da casa do teu deus exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepulcro, porque és vil.

INTERAÇÃO

Nínive havia provado da graça e da misericórdia do Senhor. No tempo de Jonas, o povo ninivita arrependeu-se dos seus pecados e prostrou-se perante o Eterno, confessando a sua ignomínia. Assim, o povo recebeu de Deus o perdão dos seus pecados. Aquela nação foi salva do juízo divino! 

Mas o tempo passou e depois de aproximadamente um século e meio, a nova geração de Nínive esqueceu-se do passado de quebrantamento ao Senhor. Ela voltou pecar contra Deus com requintes de crueldade, perversidade e malignidade. Por isso o profeta Naum vocifera: “Ai da cidade ensanguentada! Ela está toda cheia de mentiras e de rapina! Não se aparta dela o roubo”. Agora o juízo divino sobre Nínive seria irreversível.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar o contexto histórico do livro de Naum.
Apontar os limites entre tolerância e vindicação.
Conscientizar-se da existência do juízo divino.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza o quadro abaixo. Utilize-o na introdução da lição. Explique que o livro de Naum é constituído por três capítulos. O primeiro descreve a natureza de Deus. O segundo proclama o juízo iminente sobre a cidade de Nínive. E o terceiro alista os pecados de Nínive, terminando com um quadro de julgamento divino já executado. Conclua enfatizando que no tempo de Deus, cada nação, e cada indivíduo, passará pelo crivo da justiça divina.

ESBOÇO DO LIVRO DE NAUM

TÍTULO (1.1) — PESO DE NÍNIVE

I. A Natureza de Deus e do Seu Juízo (1.2-15).
   •    Características da Administração da Justiça de Deus (1.2-7).
   •    A Ruína Iminente de Nínive (1.8-11.14).
   •    Consolo para Judá (1.12,13,15).
II. Vaticínio a Respeito da Queda de Nínive (2.1-13)
   •    Introdução (2.1,2).
   •    O Combate Armado (2.3-5).
   •    A Cidade é Invadida e Devastada (2.6-12).
   •    A Voz do Senhor (2.13).
III. Razões da Queda de Nínive (3.1-19)
   •    Os Pecados da Crueldade de Nínive (3.1-4).
   •    A Justa Recompensa da Parte de Deus (3.5-19).

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Tolerância: Ato ou efeito de tolerar, indulgência, condescendência.

Quando Naum anunciou o seu oráculo contra Nínive, já fazia um século e meio que Deus havia dispensado a sua misericórdia à grande, poderosa e perversa cidade. No tempo de Jonas, o Senhor compadecera-se dos ninivitas, poupando-os de iminente destruição. Infelizmente, o tempo passou e eles vieram a se esquecer do perdão divino, voltando a pecar contra Deus. Por isso, o profeta Naum proclama a ruína inevitável de Nínive. Agora, o juízo divino é irreversível!

I. O LIVRO DE NAUM

1. Contexto histórico. Naum, à semelhança de outros profetas menores, não possui biografia. Ele apresenta-se apenas como o “elcosita”. O reinado no qual profetizou não é mencionado (v.1b). As escassas informações de que dispomos ainda não são conclusivas. As opiniões dos eruditos são divergentes. Elas variam entre o assédio de Jerusalém, em 701 a.C, por Senaqueribe, rei da Assíria (2 Rs 18.13) até as reformas religiosas protagonizadas por Josias, rei de Judá, em 621 a.C. (cf. 2 Rs 22.1-23.37; 2 Cr 34.1-35.27).

a) Origem do profeta. Alguns estudiosos acreditam que “elcosita” (v.1c) refere-se a uma cidade da Assíria, situada a 38 quilômetros de Nínive, em Al-kush, ao norte do atual Mossul, Iraque. Tal informação é a menos provável, visto que, desde a antiguidade, a cidade de Cafarnaum — na Galileia, casa de Jesus (Mt 9.1; Mc 2.1), cujo nome significa “aldeia de Naum” — é apontada como local de nascimento do profeta.

b) Período aceitável. Em 612 a.C. a cidade de Nínive foi destruída. A profecia menciona também o desmoronamento de Nô-Amon como fato comprovado historicamente (3.8-10). O rei assírio, Assurbanípal, destruiu a cidade egípcia de Nô em 663 a.C. De acordo com essas informações, podemos considerar 663 a 612 a.C. como um período histórico significativo para situarmos o ministério profético de Naum.

c) Nínive (v.1). Nínive era a antiga capital do império assírio. Suas ruínas estão localizadas ao norte do Iraque. É uma das cidades pós-diluvianas fundada por Ninrode, descendente de Cuxe (Gn 10.8-11), por volta de 4500 a.C. — tornando-se proeminente antes de 2000 a.C. O rei assírio, Senaqueribe (705 - 681 a.C), fortificou a cidade, garantindo assim o apogeu da capital assíria.

O Senhor refere-se a ela como a “grande cidade” (Jn 1.2; 3.2). A crueldade do povo ninivita era indescritível e essa foi a fama que os acompanhou durante toda a história.

2. Estrutura. O “Livro da visão de Naum” (v.1b) consiste em três breves capítulos. O capítulo 1 divide-se em duas partes principais: a primeira é um salmo de louvor a Jeová (vv.2-8); a segunda, num estilo poético, anuncia o castigo dos seus inimigos (vv.9-14), sendo que o versículo 15 é parte do capítulo 2 na Bíblia Hebraica. O segundo capítulo anuncia o assédio e a destruição de Nínive. E o terceiro o “boletim de ocorrência” dos motivos de sua queda.

3. Mensagem. O tema do livro é a “queda de Nínive”. A expressão “peso de Nínive” (v.1a) proclama o início de sua ruína. O substantivo hebraico para “peso” é massa que significa “carga, fardo, sofrimento” (Êx 23.5; Nm 11.11,17) bem como “sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia” (Hc 1.1; Zc 9.1; 12.1). Ela aponta para a proclamação de um desastre (Is 14.28; 23.1; 30.6).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

O tema do livro de Naum é a “queda de Nínive”. Ele descreve o juízo de uma cidade que deliberadamente rebelou-se contra Deus.

II. TOLERÂNCIA E VINDICAÇÃO

1. Vingança (v.2). A mensagem de Naum é o juízo divino sobre Nínive. Aqui, sobressaem os atributos divinos pertinentes ao tema. O verbo hebraico naqam, “vingar-se, tomar vingança”, aparece três vezes só neste versículo e precisa ser devidamente compreendido. Vingança é o castigo imposto por dano ou ofensa; diz respeito a infratores contumazes da lei divina. Visto que a vingança pertence a Deus (Sl 94.1), contra eles está o justo “Juiz de toda a terra” (Gn 18.25).

2. Longanimidade. Deus é compassivo e “tardio em irar-se” (v.3a), pois a longanimidade divina espera o arrependimento do pecador (Rm 2.4-6). Todavia, isso não é sinônimo de impunidade, pois a justiça do Eterno não permite tomar o culpado por inocente. Uma vez que Nínive persistiu em sua maldade e a Assíria construiu o seu império pela violência e desrespeito aos direitos humanos, massacrando muitos povos, dentre eles o de Judá e o de Israel, agora essas mesmas nações se alegrarão com a queda e a humilhação da cidade maléfica (3.5-7).

3. O poder de Deus. As descrições poéticas dos atributos divinos estão ligadas ao poder e a majestade de Deus (1.3-8). O profeta declara que o Senhor “tem o seu caminho na tormenta e na tempestade” (v.3). Em linguagem metafórica, o poder, a grandeza e a majestade do Senhor são descritos através da força da natureza. Essas descrições mostram que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Deus é tolerante, compassivo, pois espera o arrependimento do pecado. Todavia, a sua justiça não permite tomar o culpado por inocente.

III. O CASTIGO DOS INIMIGOS

1. Quem são os “inimigos”? Os assírios eram os “inimigos” e a expressão “peso de Nínive” (v.1) — referindo-se à capital da Assíria — o confirma. A ausência da indicação desse povo (vv. 9-14) também ensina as nações, ao longo da história, que sentenças similares às da Assíria são aplicáveis a qualquer povo que se levantar contra Deus. Por essa razão a queda dos assírios foi definitiva (v.9).

2. O estilo de Naum. O livro do profeta Naum é rico em metáforas. O exército assírio é comparado a um emaranhado de espinhos e aos bêbados embriagados com vinho (v.10), significando que Deus enfraqueceu o poder de Nínive e que os ninivitas são uma “presa fácil”. Por esse mesmo motivo, Nabopolassar, rei de Babilônia e pai do rei Nabucodonosor, entrou na cidade em 612 a.C. sem resistência alguma dos assírios.

3. Reminiscências históricas? Alguns expositores bíblicos pensam que o “conselheiro de Belial” (vv.11,12) é uma referência a Senaqueribe (2 Rs 18.13). É verossímil que o versículo 14 pareça aplicar-se a ele (2 Rs 18.36,37), pois a reminiscência histórica é comum em muitas mensagens proféticas. Entretanto, não é o que parece aqui, pois provavelmente a expressão “mais ninguém do teu nome seja semeado” (v.14), aluda à falta de herdeiro no trono, denotando o fim do império. Tal sentença indica o caráter definitivo do castigo divino.

4. A consolação de Judá. Assim como a profecia de Obadias era contra Edom, mas a mensagem era para Judá, semelhantemente ocorre aqui, conforme a declaração profética: “serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais” (v.12). Essa abrupta mudança da terceira para a segunda pessoa indica a mensagem de esperança para Judá. O castigo de Judá é corretivo. O povo ainda achará o favor divino (v.13). Mas o juízo dos assírios é final, por haverem eles rejeitado a misericórdia que o Deus de Israel, gratuitamente, lhes havia oferecido através de Jonas.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

CONCLUSÃO

Assim como o juízo divino puniu a capital da perversa Assíria, assim também acontecerá no dia da ira de Deus, quando Ele punirá a todos, indivíduos e nações, que, rejeitando a sua misericordiosa graça, perseveraram na prática do mal.
Nesse dia, todos prestarão contas de seus atos diante dEle. É o que adverte o próprio Senhor através de seus profetas. Contudo, a porta da graça está aberta, oferecendo gratuitamente, a toda as nações, ampla oportunidade de arrependimento e salvação através de Jesus Cristo (2 Pe 3.9).

VOCABULÁRIO

Biografia: História da vida de uma pessoa.
Erudito: Aquele que sabe muito.
Protagonizar: Ocupar o primeiro lugar em um acontecimento.
Metáfora: Uso figurado de uma palavra. Consiste na transferência da palavra para outro âmbito semântico; fundamenta-se numa relação de semelhança entre o sentido próprio e o figurado.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

KAISER JR., W. C. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento: Um guia para a igreja. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
EDWARDS, J. Pecadores nas Mãos de um Deus Irado: e outros Sermões. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.

EXERCÍCIOS

1. Qual cidade é apontada como local do nascimento de Naum?
R. A cidade de Cafarnaum.

2. Qual o assunto do livro de Naum?
R. A queda de Nínive.

3. O que é vingança e qual a necessidade de sua aplicação?
R. Vingança é o castigo imposto por dano ou ofensa; diz respeito a infratores contumazes da lei divina.

4. O que mostra a descrição poética dos atributos divinos ligados ao seu poder e à sua majestade?
R. Que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.

5. Quem são os “inimigos” em Naum?
R. Os assírios.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

“Analisando as Palavras de Juízo dos Profetas

Se desejarmos ouvir as palavras dos profetas de uma maneira que seja fiel ao seu contexto original e, ao mesmo tempo, de utilidade contemporânea para nós, devemos antes de mais nada determinar o tema ou propósito básico de cada livro profético que desejamos pregar. Também será útil mostrar se o propósito do livro se encaixa no tema global e unificador do Antigo Testamento e no tema ou plano central de toda a Bíblia.

Depois de definirmos o propósito do livro, devemos, então, assinalar as principais seções literárias que constituem a estrutura do livro. Normalmente, existem mecanismos de retórica que assinalam onde tem início uma nova seção no livro. No entanto, quando tais mecanismos não estão presentes é preciso observar outros marcadores. Uma mudança de assunto, uma mudança de pronomes, ou uma mudança em aspectos de ação verbal, tudo isso pode ser um sinal revelador de que teve início uma nova seção” (KAISER JR., W. C. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento: Um guia para a igreja. 1 ed., RJ: CPAD, 2010, p.121).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Naum: O Limite da tolerância divina

Naum significa “consolação”. Quando ele profetizou para Judá, o Reino do Norte, Israel, já fora levado cativo pelos assírios. Sua profecia é para Nínive, a nação que décadas antes foi visitada por Jonas, que a advertiu de seus pecados e do iminente juízo divino. Desta vez, Deus usa Naum para informar-nos que os anos de brutalidade dos assírios chegara ao fim.

“Os destinatários eram os povos oprimidos de Israel e Judá. Que por mais de um século sofreram com as depravações brutais promovidas pelas forças armadas assírias. Como resultado disso, tiveram seus lares destruídos, as plantações queimadas, suas esposas e filhas estupradas e as crianças arremessadas contra as paredes. Essa opressão alcançou seu ponto culminante em 722 a.C, quando os assírios destruíram Samaria totalmente e levaram o povo de Israel para o cativeiro” (Guia do leitor da Bíblia, CPAD, pg.556).

Naum trata da retribuição divina aos feitos dos assírios e suas maldades. Deus julgou seu povo por causa de seus pecados, mas também julgaria seus opressores por suas maldades e atrocidades.
“Nínive foi capturada pelos medos e babilônios cerca de seiscentos anos antes de Jesus nascer. A captura de Nínive aconteceu exatamente como Naum predisse. Uma súbita inundação do rio Tigre carregou parte dos muros que cercavam a cidade, facilitando a entrada de tropas inimigas. A cidade foi parcialmente destruída pelo fogo. A destruição de Nínive foi tão completa que todos os vestígios de sua existência quase desapareceram. Mas em 1845, os arqueólogos descobriram as ruínas da grande cidade de Nínive. Encontraram escombros de palácios magníficos. Acharam também milhares de inscrições que nos contam a história da Assíria escrita pelos próprios assírios. A cidade de Nínive tinha muros de trinta metros de altura. Eram muros tão largos que quatro carros podiam andar sobre eles lado a lado. Os muros tinham centenas de torres. Um fosso de 48 metros de largura e 18 de profundidade circundavam os muros. O povo de Nínive pensava que não havia nada que pudesse destruir a cidade” (Quero Entender a Bíblia. CPAD, pg.205). Com essas descrições, não é difícil entender o quanto os assírios tinham depositado sua confiança na estrutura colossal da cidade, que aos olhos humanos, para a época, era realmente inexpugnável. Mas os assírios não ficariam impunes de seus males. O julgamento divino já fora decretado, e logo essa nação pagaria por suas atrocidades contra os povos dominados e sua própria impiedade.





Lição 8- O Apóstolo Paulo e o Espirito Santo


Lição 08


O Apóstolo Paulo e o Espírito Santo

Texto Áureo

“O qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Tes­tamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica”. 2 Co 3.6

Verdade Aplicada

Paulo, como ministro de Cristo, deseja que seus leitores enten­dam a nova dispensação do Espí­rito que chega até os nossos dias.

Objetivos da Lição

           Entender a dispensação do Espí­rito Santo demonstrada por Paulo;
           Conhecer como podemos des­frutar de uma vida vitoriosa so­bre o pecado através do Espírito;
           Mostrar como podemos nos habilitar para o combate espi­ritual contra o reino das trevas.

Textos de Referência

Ef 3.1         Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cris­to por vós, os gentios;
Ef 3.2         Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada;
Ef 3.3         Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi;
Ef 3.4         Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha com­preensão do mistério de Cristo,
Ef 3.5         O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas;
Ef 3.6         A saber, que os gen­tios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho;







sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Lição 8: A Igreja a serviço da humanidade

Lição 8 de  17 a 24 de novembro

 

A igreja a serviço da humanidade


Casa Publicadora Brasileira – Lição 842012

Sábado à tarde  Ano Bíblico: Rm 5–7


VERSO PARA MEMORIZAR: “Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3:14, 15).


Pensamento-chave: “Devemos lembrar que a igreja, enfraquecida e defeituosa como seja, é o único objeto na Terra a que Cristo concede Sua suprema consideração” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 396).

Para muitos, a igreja não é o que costumava ser. Algumas pessoas estão até falando sobre “um cristianismo sem igreja”, um conceito contraditório. Outros protestam contra a “religião organizada” (seria melhor a “religião desorganizada”?). A Bíblia ensina, claramente, sobre a importância da igreja. Não é uma opção, é um componente fundamental no plano da salvação. Não é de admirar que, à medida que o grande conflito se desenrola, Satanás trabalhe de modo intenso contra ela, especialmente porque a igreja é um meio importante pelo qual os pecadores são colocados em contato com a oferta divina de salvação. A igreja, escreveu Paulo, é a “casa de Deus”, e a “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3:15). A igreja não é uma invenção humana, ela foi criada por Deus, com o propósito de trazer os pecadores errantes a um salvífico relacionamento com Ele.

Domingo Ano Bíblico: Rm 8–10


A natureza da igreja: parte 1


Quando falamos sobre a natureza de algo, estamos geralmente interessados em sua origem, função e propósito. Além de prover várias imagens para descrever a igreja, a Bíblia usa uma palavra específica em referência a ela, ecclesia, que significa “chamados” ou “convocados”. Na vida grega secular, essa palavra era usada principalmente para descrever um grupo de cidadãos que tinham sido chamados de suas casas para um lugar público, para uma assembleia ou reunião. O Novo Testamento usa essa palavra nesse sentido geral.

Na tradução grega do Antigo Testamento (Septuaginta), a “congregação” de Israel, especialmente quando reunida diante do Senhor para fins religiosos, é chamada de ecclesia.

Os judeus foram “chamados” para ser o povo especial de Deus, e os primeiros cristãos podem ter usado essa palavra para identificar judeus e gentios que, como recebedores da graça de Deus, haviam sido chamados para ser testemunhas de Cristo. No Novo Testamento, igreja descreve o grupo dos fiéis em todo o mundo. É importante notar que a palavra ecclesia nunca é usada em referência a um edifício em que o culto público é conduzido. Igualmente significativo é que, embora a palavra “sinagoga” originalmente indicasse uma assembleia de pessoas reunidas para uma finalidade específica, os cristãos preferiam usar a palavra ecclesia. No entanto, ambas as palavras indicam que a igreja do Novo Testamento estava em continuidade histórica com a igreja do Antigo Testamento, a “congregação” de Israel (At 7:38).

1. Em termos gerais, a palavra ecclesia indica um grupo de pessoas chamadas por meio da iniciativa de Deus. Como isso explica o uso que Paulo fez dessa palavra em três diferentes níveis: (1) a igreja nos lares (Rm 16:5; 1Co 16:19), (2) a igreja em cidades específicas (1Co 1:2; Gl 1:2), e (3) a igreja em áreas geográficas mais extensas (At 9:31)?

Ecclesia descreve qualquer grupo de pessoas reunidas que compartilham de um relacionamento de salvação com Cristo. Isso significa que as congregações não são apenas uma parte de toda a igreja, mas cada unidade representa o todo.

A igreja é uma só em todo o mundo, mas ao mesmo tempo está presente em cada congregação.

Pense em sua igreja, que representa a igreja mundial. Que tipos de responsabilidades isso coloca sobre você, como parte do corpo da igreja, e sobre a própria igreja local?

Segunda Ano Bíblico: Rm 11–13


A natureza da igreja: parte 2


Além da palavra ecclesia, o Novo Testamento descreve a igreja por meio de várias imagens, que aprofundam a explicação sobre sua natureza e função. Hoje examinaremos apenas dois conceitos fundamentais: a igreja como povo de Deus e a igreja como corpo de Cristo.

2. Na Bíblia, o conceito de “povo de Deus” é aplicado aos filhos de Israel (Dt 14:2). Em 1 Pedro 2:9, o conceito é claramente aplicado aos cristãos. O que isso significa para nós?

Observe que, mesmo quando o conceito é aplicado aos cristãos, ele ainda é usado para descrever a nação de Israel (Lc 1:68; Rm 11:1, 2). Evidentemente, o Novo Testamento aplica o conceito à igreja de uma forma que sugere continuidade e consumação (Gl 3:29.)

3. Em Romanos 12:5, 1 Coríntios 12:27 e Efésios 1:22, 23, a igreja é descrita como o corpo de Cristo. Como esses textos nos ajudam a entender melhor a natureza e a função da igreja?

Inúmeras ideias podem ser encontradas nesses textos. Talvez a mais óbvia seja a unidade (veja a lição de quarta-feira) que deve ser vista na igreja. Essa é uma ideia expressa em outras partes do Novo Testamento, especialmente em 1 Coríntios 12, onde Paulo escreveu: “Assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres.
E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato?” (1Co 12:12-17).

Algumas pessoas sofrem do que são conhecidas como doenças autoimunes: seu próprio sistema imunológico, que deveria proteger o corpo, o ataca. Pense nas implicações dessa analogia para a igreja como o “corpo de Cristo”.

Terça Ano Bíblico: Rm 1416


A missão da igreja


A igreja, como “corpo de Cristo” deve fazer o que Cristo faria se ainda estivesse corporalmente na Terra. É por essa razão que a igreja, como uma “assembleia”, tem sido chamada para agir. A igreja não tem simplesmente uma missão. A igreja é missão.

4. Como Jesus tratou a questão da missão da igreja? Mt 28:19, 20

Missão envolve enviar pessoas para falar em nome de Deus. Foi o que Deus fez com os profetas de Israel (Jr 7:25) e com os apóstolos (Lc 9:1, 2; 10:1, 9). Jesus enviou Seus discípulos assim como o Pai O havia enviado (Jo 20:21). A igreja de hoje não pode fazer menos e permanecer fiel à sua vocação.

5. O que a Bíblia fala sobre a missão da igreja? Ef 4:11-13; Mt 10:5-8; Tg 1:27; Ef 1:6; 1Pe 2:9

Claramente, o evangelismo é fundamental para a missão da igreja. Ela também existe para a edificação dos crentes, para a promoção da verdadeira adoração e para se engajar em questões de interesse social.

Embora a igreja enfrente muitos desafios, um dos mais difíceis é manter um equilíbrio adequado na sua compreensão da missão. Por um lado, seria muito fácil ficar envolvida com a reforma social e com o trabalho para melhorar a sociedade e remediar suas mazelas. Embora esse trabalho seja importante, jamais se deve permitir que ele anule a principal missão da igreja: alcançar os perdidos para Jesus e preparar pessoas para Sua volta. Ao mesmo tempo, também precisamos evitar o extremo de viver como se todas as manchetes de jornal sinalizassem o fim do mundo e, por isso, negligenciar as tarefas básicas da vida diária. Precisamos de sabedoria divina a fim de saber como encontrar o equilíbrio.

Você está envolvido com a missão da igreja? Você poderia fazer mais do que está fazendo? Por que é importante para seu crescimento espiritual estar envolvido com o chamado da Igreja?

Quarta Ano Bíblico: 1Co 1–4


Unidade da igreja


A igreja, retratada como os “chamados” por Deus, o “povo de Deus”, o “corpo de Cristo” e o “santuário do Espírito Santo”, está preparada para o serviço ou missão. A unidade é essencial para a igreja porque, sem isso ela não pode cumprir com sucesso sua missão. Não é de admirar que a questão da unidade estivesse na mente de Cristo perto do fim de Sua vida terrena (Jo 17:21, 22).

6. Jesus orou pela unidade da igreja (Jo 17:21, 22); Paulo exortou os crentes sobre isso (Rm 15:5, 6). De acordo com esses textos, como devemos entender a unidade?

A unidade pela qual Cristo orou e que Paulo exortou os crentes a alcançar, claramente envolvia uma união de sentimento, pensamento, ação e muito mais. Não é uma harmonia conseguida por meio de “engenharia” social, administração diplomática ou estratégia política. É um dom concedido aos crentes quando Cristo habita no coração (Jo 17:22, 23) e mantido pelo poder de Deus, o Pai (Jo 17:11).

7. Como podemos alcançar a unidade mencionada por Paulo? 1Co 1:10; 2Co 13:11

Não há dúvida de que todos nós somos diferentes e temos opiniões diferentes sobre muitas coisas, opiniões que podem, às vezes, dificultar a unidade. Embora tensões e pressões sejam inevitáveis em todos os níveis da igreja, precisamos manter uma atitude de humildade, abnegação, e desejar um bem maior do que nós mesmos. Muitas das divisões que surgem são devidas ao egoísmo, orgulho e ao desejo de exaltar a si mesmo e as próprias opiniões acima das dos outros. Nenhum de nós está certo em tudo, nenhum de nós entende todas as coisas perfeitamente. Sejam quais forem as diferenças inevitáveis que surgirem, se todos tomarmos diariamente nossa cruz, morrermos diariamente para o eu e buscarmos diariamente não apenas nosso próprio bem, mas o bem dos outros e o bem da igreja como um todo, desaparecerão muitos dos problemas com os quais lutamos e que dificultam a obra.

Em resumo, a unidade começa com cada um de nós, individualmente, como seguidores de Cristo, não apenas no nome, mas em uma vida de verdadeira abnegação, dedicada a uma causa e a um bem maior que nós mesmos.

Quinta Ano Bíblico: 1Co 5–7


Administração da igreja


Administrar significa fazer com que as coisas aconteçam. Isso é verdade em relação à vida social em geral e é também verdade acerca da vida da igreja. Administrar também envolve organização, o que significa organizar as coisas para que funcionem em total harmonia com as normas, regulamentos e estruturas destinadas a facilitar nossa tarefa. A autoridade é também decisiva para a administração. Na prática, quem tem autoridade para autorizar as coisas e quem pode ser autorizado a fazer as coisas? Respostas diferentes a essas questões levaram a diferentes formas de administração da igreja.

Os adventistas do sétimo dia têm um sistema representativo de administração da igreja. Idealmente, a liderança atua apenas como representante, recebendo autoridade e responsabilidades delegadas pelos membros. Não é suficiente apenas mostrar que um sistema de administração da igreja está fundamentado nas Escrituras; o exercício da autoridade dentro do sistema deve demonstrar sensibilidade aos valores bíblicos.

8. Leia Atos 15:1-29. Que princípios importantes estão envolvidos na organização e administração da igreja?

Podemos aprender muitas coisas com esses versos sobre administração da igreja, mas um ponto deve estar claro: a organização da igreja precisa estar centralizada na promoção da pregação do evangelho. Biblicamente, a administração da igreja é tão boa quanto sua promoção da missão e evangelismo.

Precisamos lembrar, também, que embora Cristo exerça Sua autoridade por meio de Sua igreja e seus oficiais nomeados, Ele nunca entregou Seu poder a eles. Ele mantém a liderança da igreja (Ef 1:22). A igreja primitiva estava consciente do fato de que não podia exercer nenhuma autoridade independentemente de Cristo e Sua palavra. Em Atos 15:28, foi importante para a assembleia que sua decisão tivesse parecido boa “ao Espírito Santo”, o verdadeiro representante de Cristo. Os líderes da igreja hoje não podem agir de forma diferente.

9. Quais são as orientações de Cristo sobre o exercício da autoridade na igreja, em todos os níveis? Mt 20:24-28; 23:8

Você está disposto a servir aos outros? Pense profundamente sobre seus motivos em relação ao que você faz na igreja, independentemente de sua posição. Você gostaria de que seus motivos estivessem em maior harmonia com os princípios revelados na Palavra?

Sexta Ano Bíblico 1 Co 8-10

Leia de Raoul Dederen: “The Church” [A Igreja], p. 538-581, em Raoul Dederen (editor), Handbook of Seventh-day Adventist Theology [Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia]; e de Ellen G. White: Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 361-364: “Não Terás Outros Deuses Diante de Mim”; Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 455-467: “A Igreja, a Luz do Mundo”.

“Se um homem confia em seus próprios poderes e procura ter domínio sobre seus irmãos, achando que foi investido de autoridade para fazer de sua vontade o poder dominante, o melhor e único rumo seguro é removê-lo, para que não haja mal maior e para evitar que ele se perca e ponha em perigo a salvação de outros. ... A disposição de mandar sobre a herança de Deus causará reação, a menos que esses homens mudem de atitude. ... A posição de um homem não o torna um jota nem um til maior à vista de Deus; é só o caráter que Deus toma em consideração” (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 362).

Perguntas para reflexão
1. O que você diria a alguém que, acreditando que a igreja é corrupta, decidisse se afastar do corpo e continuar sozinho?
2. Nossa igreja afirma a noção do que tem sido chamado de “sacerdócio de todos os crentes”. O que essa ideia inclui? Que responsabilidades ela nos traz?
3. Pergunte aos alunos quais são algumas das ameaças potenciais à nossa unidade. Quais questões causaram divisão na igreja no passado? O que podemos aprender com o passado que pode ajudar a prevenir coisas semelhantes no futuro?

Respostas sugestivas: 1. (1) a igreja foi chamada para ser separada da sociedade em geral e reunida nos lares, o ambiente disponível naquele contexto; (2) todas as casas e congregações em uma cidade ou região representavam uma só igreja, chamada por Deus; (3) a igreja foi chamada por Deus para crescer como uma única família, nas casas, cidades, regiões e no mundo. 2. Deus nos escolheu para ser sacerdócio real, nação santa, Seu povo especial, e para proclamar as virtudes dAquele que nos chamou das trevas para a luz. 3. Somos muitos, mas fazemos parte do corpo de Cristo; dependemos uns dos outros; cada um tem uma parte a fazer, para o benefício do corpo; Cristo é a cabeça desse corpo; quando Cristo está presente no corpo, a igreja experimenta a plenitude. 4. Orientou a igreja a fazer discípulos em todas as nações; para isso, é preciso ir, ensinar e batizar as pessoas; enquanto fazemos essa obra, Ele está conosco. 5. A missão é edificar o corpo de Cristo; promover a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus; elevar o ser humano à semelhança de Cristo; resgatar os perdidos; pregar o evangelho; curar os doentes; ressuscitar os mortos; expulsar demônios; visitar órfãos e viúvas; manter a pureza; louvar a graça salvadora de Deus; 6. Devemos ter unidade semelhante à de Cristo com o Pai; para isso, cada qual precisa estar unido a Cristo; a unidade é produzida pela paciência e consolação divinas, e glorifica o Senhor. 7. Dando lugar à gratidão ao nome de Jesus. Em respeito a esse nome, falaremos a mesma coisa, teremos a mesma disposição mental, o mesmo parecer, aperfeiçoaremos e consolaremos uns aos outros e viveremos em paz. 8. Os problemas maiores devem ser levados às instâncias superiores da liderança; todos devem ser ouvidos; os líderes precisam ser apoiados por outros líderes, ao defenderem suas convicções; as decisões devem estar fundamentadas na Palavra. 9. Devemos ter a grandeza de servir às pessoas, deixando de lado o desejo de supremacia; devemos ter atitude de escravos e não de superiores; foi isso que Cristo fez; diante do Mestre somos todos iguais. 

Fonte: CPB
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