Lição 8 de 17 a 24 de novembro |
A igreja a serviço da humanidade
Sábado à tarde Ano Bíblico: Rm 5–7 |
VERSO PARA MEMORIZAR: “Escrevo-te estas
coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques
ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus
vivo, coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3:14, 15).
Pensamento-chave: “Devemos lembrar que a
igreja, enfraquecida e defeituosa como seja, é o único objeto na Terra a
que Cristo concede Sua suprema consideração” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 396).
Para muitos, a igreja não é o que costumava ser. Algumas
pessoas estão até falando sobre “um cristianismo sem igreja”, um
conceito contraditório. Outros protestam contra a “religião organizada”
(seria melhor a “religião desorganizada”?). A Bíblia ensina, claramente,
sobre a importância da igreja. Não é uma opção, é um componente
fundamental no plano da salvação. Não é de admirar que, à medida que o
grande conflito se desenrola, Satanás trabalhe de modo intenso contra
ela, especialmente porque a igreja é um meio importante pelo qual os
pecadores são colocados em contato com a oferta divina de salvação. A
igreja, escreveu Paulo, é a “casa de Deus”, e a “coluna e baluarte da
verdade” (1Tm 3:15).
A igreja não é uma invenção humana, ela foi criada por Deus, com o
propósito de trazer os pecadores errantes a um salvífico relacionamento
com Ele.
Domingo Ano Bíblico: Rm 8–10 |
A natureza da igreja: parte 1
Quando falamos sobre a natureza de algo, estamos geralmente
interessados em sua origem, função e propósito. Além de prover várias
imagens para descrever a igreja, a Bíblia usa uma palavra específica em
referência a ela, ecclesia, que significa “chamados” ou “convocados”. Na
vida grega secular, essa palavra era usada principalmente para
descrever um grupo de cidadãos que tinham sido chamados de suas casas
para um lugar público, para uma assembleia ou reunião. O Novo Testamento
usa essa palavra nesse sentido geral.
Na tradução grega do Antigo Testamento (Septuaginta), a “congregação” de Israel, especialmente quando reunida diante do Senhor para fins religiosos, é chamada de ecclesia.
Os judeus foram “chamados” para ser o povo especial de Deus, e os primeiros cristãos podem ter usado essa palavra para identificar judeus e gentios que, como recebedores da graça de Deus, haviam sido chamados para ser testemunhas de Cristo. No Novo Testamento, igreja descreve o grupo dos fiéis em todo o mundo. É importante notar que a palavra ecclesia nunca é usada em referência a um edifício em que o culto público é conduzido. Igualmente significativo é que, embora a palavra “sinagoga” originalmente indicasse uma assembleia de pessoas reunidas para uma finalidade específica, os cristãos preferiam usar a palavra ecclesia. No entanto, ambas as palavras indicam que a igreja do Novo Testamento estava em continuidade histórica com a igreja do Antigo Testamento, a “congregação” de Israel (At 7:38).
1. Em termos gerais, a palavra ecclesia indica um grupo
de pessoas chamadas por meio da iniciativa de Deus. Como isso explica o
uso que Paulo fez dessa palavra em três diferentes níveis: (1) a igreja
nos lares (Rm 16:5; 1Co 16:19), (2) a igreja em cidades específicas (1Co 1:2; Gl 1:2), e (3) a igreja em áreas geográficas mais extensas (At 9:31)?
Ecclesia descreve qualquer grupo de pessoas reunidas que
compartilham de um relacionamento de salvação com Cristo. Isso significa
que as congregações não são apenas uma parte de toda a igreja, mas cada
unidade representa o todo.
A igreja é uma só em todo o mundo, mas ao mesmo tempo está presente em cada congregação.
Pense em sua igreja, que representa a igreja mundial. Que tipos
de responsabilidades isso coloca sobre você, como parte do corpo da
igreja, e sobre a própria igreja local?
Segunda Ano Bíblico: Rm 11–13 |
A natureza da igreja: parte 2
Além da palavra ecclesia, o Novo Testamento descreve a igreja
por meio de várias imagens, que aprofundam a explicação sobre sua
natureza e função. Hoje examinaremos apenas dois conceitos fundamentais:
a igreja como povo de Deus e a igreja como corpo de Cristo.
2. Na Bíblia, o conceito de “povo de Deus” é aplicado aos filhos de Israel
(Dt 14:2). Em 1 Pedro 2:9, o conceito é claramente aplicado aos cristãos.
O que isso significa para nós?
Observe que, mesmo quando o conceito é aplicado aos cristãos, ele ainda é usado para descrever a nação de Israel (Lc 1:68; Rm 11:1, 2). Evidentemente, o Novo Testamento aplica o conceito à igreja de uma forma que sugere continuidade e consumação (Gl 3:29.)
3. Em Romanos 12:5, 1 Coríntios 12:27 e Efésios 1:22, 23, a igreja é descrita como o corpo de Cristo. Como esses textos nos ajudam a entender melhor a natureza e a função da igreja?
Inúmeras ideias podem ser encontradas nesses textos. Talvez a
mais óbvia seja a unidade (veja a lição de quarta-feira) que deve ser
vista na igreja. Essa é uma ideia expressa em outras partes do Novo
Testamento, especialmente em 1 Coríntios 12,
onde Paulo escreveu: “Assim como o corpo é um e tem muitos membros, e
todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com
respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados
em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres.
E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o
corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou
mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido
disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o
ser. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse
ouvido, onde, o olfato?” (1Co 12:12-17).
Algumas pessoas sofrem do que são conhecidas como doenças
autoimunes: seu próprio sistema imunológico, que deveria proteger o
corpo, o ataca. Pense nas implicações dessa analogia para a igreja como o
“corpo de Cristo”.
Terça Ano Bíblico: Rm 14–16 |
A missão da igreja
A igreja, como “corpo de Cristo” deve fazer o que Cristo faria
se ainda estivesse corporalmente na Terra. É por essa razão que a
igreja, como uma “assembleia”, tem sido chamada para agir. A igreja não
tem simplesmente uma missão. A igreja é missão.
Missão envolve enviar pessoas para falar em nome de Deus. Foi o que Deus fez com os profetas de Israel (Jr 7:25) e com os apóstolos (Lc 9:1, 2; 10:1, 9). Jesus enviou Seus discípulos assim como o Pai O havia enviado (Jo 20:21). A igreja de hoje não pode fazer menos e permanecer fiel à sua vocação.
Claramente, o evangelismo é fundamental para a missão da
igreja. Ela também existe para a edificação dos crentes, para a promoção
da verdadeira adoração e para se engajar em questões de interesse
social.
Embora a igreja enfrente muitos desafios, um dos mais difíceis é manter um equilíbrio adequado na sua compreensão da missão. Por um lado, seria muito fácil ficar envolvida com a reforma social e com o trabalho para melhorar a sociedade e remediar suas mazelas. Embora esse trabalho seja importante, jamais se deve permitir que ele anule a principal missão da igreja: alcançar os perdidos para Jesus e preparar pessoas para Sua volta. Ao mesmo tempo, também precisamos evitar o extremo de viver como se todas as manchetes de jornal sinalizassem o fim do mundo e, por isso, negligenciar as tarefas básicas da vida diária. Precisamos de sabedoria divina a fim de saber como encontrar o equilíbrio.
Você está envolvido com a missão da igreja? Você poderia fazer
mais do que está fazendo? Por que é importante para seu crescimento
espiritual estar envolvido com o chamado da Igreja?
Quarta Ano Bíblico: 1Co 1–4 |
Unidade da igreja
A igreja, retratada como os “chamados” por Deus, o “povo de
Deus”, o “corpo de Cristo” e o “santuário do Espírito Santo”, está
preparada para o serviço ou missão. A unidade é essencial para a igreja
porque, sem isso ela não pode cumprir com sucesso sua missão. Não é de
admirar que a questão da unidade estivesse na mente de Cristo perto do
fim de Sua vida terrena (Jo 17:21, 22).
6. Jesus orou pela unidade da igreja (Jo 17:21, 22); Paulo exortou os crentes sobre isso (Rm 15:5, 6). De acordo com esses textos, como devemos entender a unidade?
A unidade pela qual Cristo orou e que Paulo exortou os crentes a
alcançar, claramente envolvia uma união de sentimento, pensamento, ação
e muito mais. Não é uma harmonia conseguida por meio de “engenharia”
social, administração diplomática ou estratégia política. É um dom
concedido aos crentes quando Cristo habita no coração (Jo 17:22, 23) e mantido pelo poder de Deus, o Pai (Jo 17:11).
Não há dúvida de que todos nós somos diferentes e temos
opiniões diferentes sobre muitas coisas, opiniões que podem, às vezes,
dificultar a unidade. Embora tensões e pressões sejam inevitáveis em
todos os níveis da igreja, precisamos manter uma atitude de humildade,
abnegação, e desejar um bem maior do que nós mesmos. Muitas das divisões
que surgem são devidas ao egoísmo, orgulho e ao desejo de exaltar a si
mesmo e as próprias opiniões acima das dos outros. Nenhum de nós está
certo em tudo, nenhum de nós entende todas as coisas perfeitamente.
Sejam quais forem as diferenças inevitáveis que surgirem, se todos
tomarmos diariamente nossa cruz, morrermos diariamente para o eu e
buscarmos diariamente não apenas nosso próprio bem, mas o bem dos outros
e o bem da igreja como um todo, desaparecerão muitos dos problemas com
os quais lutamos e que dificultam a obra.
Em resumo, a unidade começa com cada um de nós,
individualmente, como seguidores de Cristo, não apenas no nome, mas em
uma vida de verdadeira abnegação, dedicada a uma causa e a um bem maior
que nós mesmos.
Quinta Ano Bíblico: 1Co 5–7 |
Administração da igreja
Administrar significa fazer com que as coisas aconteçam. Isso é
verdade em relação à vida social em geral e é também verdade acerca da
vida da igreja. Administrar também envolve organização, o que significa
organizar as coisas para que funcionem em total harmonia com as normas,
regulamentos e estruturas destinadas a facilitar nossa tarefa. A
autoridade é também decisiva para a administração. Na prática, quem tem
autoridade para autorizar as coisas e quem pode ser autorizado a fazer
as coisas? Respostas diferentes a essas questões levaram a diferentes
formas de administração da igreja.
Os adventistas do sétimo dia têm um sistema representativo de administração da igreja. Idealmente, a liderança atua apenas como representante, recebendo autoridade e responsabilidades delegadas pelos membros. Não é suficiente apenas mostrar que um sistema de administração da igreja está fundamentado nas Escrituras; o exercício da autoridade dentro do sistema deve demonstrar sensibilidade aos valores bíblicos.
8. Leia Atos 15:1-29. Que princípios importantes estão envolvidos na organização e administração da igreja?
Podemos aprender muitas coisas com esses versos sobre
administração da igreja, mas um ponto deve estar claro: a organização da
igreja precisa estar centralizada na promoção da pregação do evangelho.
Biblicamente, a administração da igreja é tão boa quanto sua promoção
da missão e evangelismo.
Precisamos lembrar, também, que embora Cristo exerça Sua autoridade por meio de Sua igreja e seus oficiais nomeados, Ele nunca entregou Seu poder a eles. Ele mantém a liderança da igreja (Ef 1:22). A igreja primitiva estava consciente do fato de que não podia exercer nenhuma autoridade independentemente de Cristo e Sua palavra. Em Atos 15:28, foi importante para a assembleia que sua decisão tivesse parecido boa “ao Espírito Santo”, o verdadeiro representante de Cristo. Os líderes da igreja hoje não podem agir de forma diferente.
9. Quais são as orientações de Cristo sobre o exercício da autoridade na igreja, em todos os níveis? Mt 20:24-28; 23:8
Você está disposto a servir aos outros? Pense profundamente
sobre seus motivos em relação ao que você faz na igreja,
independentemente de sua posição. Você gostaria de que seus motivos
estivessem em maior harmonia com os princípios revelados na Palavra?
Sexta Ano Bíblico 1 Co 8-10 |
Leia de Raoul Dederen: “The Church” [A Igreja], p. 538-581, em
Raoul Dederen (editor), Handbook of Seventh-day Adventist Theology
[Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia]; e de Ellen G. White: Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 361-364: “Não Terás Outros Deuses Diante de Mim”; Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 455-467: “A Igreja, a Luz do Mundo”.
“Se um homem confia em seus próprios poderes e procura ter domínio sobre seus irmãos, achando que foi investido de autoridade para fazer de sua vontade o poder dominante, o melhor e único rumo seguro é removê-lo, para que não haja mal maior e para evitar que ele se perca e ponha em perigo a salvação de outros. ... A disposição de mandar sobre a herança de Deus causará reação, a menos que esses homens mudem de atitude. ... A posição de um homem não o torna um jota nem um til maior à vista de Deus; é só o caráter que Deus toma em consideração” (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 362).
Perguntas para reflexão
1. O que você diria a alguém que, acreditando que a igreja é corrupta, decidisse se afastar do corpo e continuar sozinho?
2. Nossa igreja afirma a noção do que tem sido chamado de “sacerdócio de todos os crentes”. O que essa ideia inclui? Que responsabilidades ela nos traz?
3. Pergunte aos alunos quais são algumas das ameaças potenciais à nossa unidade. Quais questões causaram divisão na igreja no passado? O que podemos aprender com o passado que pode ajudar a prevenir coisas semelhantes no futuro?
1. O que você diria a alguém que, acreditando que a igreja é corrupta, decidisse se afastar do corpo e continuar sozinho?
2. Nossa igreja afirma a noção do que tem sido chamado de “sacerdócio de todos os crentes”. O que essa ideia inclui? Que responsabilidades ela nos traz?
3. Pergunte aos alunos quais são algumas das ameaças potenciais à nossa unidade. Quais questões causaram divisão na igreja no passado? O que podemos aprender com o passado que pode ajudar a prevenir coisas semelhantes no futuro?
Respostas sugestivas: 1. (1) a igreja foi
chamada para ser separada da sociedade em geral e reunida nos lares, o
ambiente disponível naquele contexto; (2) todas as casas e congregações
em uma cidade ou região representavam uma só igreja, chamada por Deus;
(3) a igreja foi chamada por Deus para crescer como uma única família,
nas casas, cidades, regiões e no mundo. 2. Deus nos escolheu para ser
sacerdócio real, nação santa, Seu povo especial, e para proclamar as
virtudes dAquele que nos chamou das trevas para a luz. 3. Somos muitos,
mas fazemos parte do corpo de Cristo; dependemos uns dos outros; cada um
tem uma parte a fazer, para o benefício do corpo; Cristo é a cabeça
desse corpo; quando Cristo está presente no corpo, a igreja experimenta a
plenitude. 4. Orientou a igreja a fazer discípulos em todas as nações;
para isso, é preciso ir, ensinar e batizar as pessoas; enquanto fazemos
essa obra, Ele está conosco. 5. A missão é edificar o corpo de Cristo;
promover a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus; elevar o
ser humano à semelhança de Cristo; resgatar os perdidos; pregar o
evangelho; curar os doentes; ressuscitar os mortos; expulsar demônios;
visitar órfãos e viúvas; manter a pureza; louvar a graça salvadora de
Deus; 6. Devemos ter unidade semelhante à de Cristo com o Pai; para
isso, cada qual precisa estar unido a Cristo; a unidade é produzida pela
paciência e consolação divinas, e glorifica o Senhor. 7. Dando lugar à
gratidão ao nome de Jesus. Em respeito a esse nome, falaremos a mesma
coisa, teremos a mesma disposição mental, o mesmo parecer,
aperfeiçoaremos e consolaremos uns aos outros e viveremos em paz. 8. Os
problemas maiores devem ser levados às instâncias superiores da
liderança; todos devem ser ouvidos; os líderes precisam ser apoiados por
outros líderes, ao defenderem suas convicções; as decisões devem estar
fundamentadas na Palavra. 9. Devemos ter a grandeza de servir às
pessoas, deixando de lado o desejo de supremacia; devemos ter atitude de
escravos e não de superiores; foi isso que Cristo fez; diante do Mestre
somos todos iguais.
Fonte: CPB
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