Lição 7
10 a 17 de novembro
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Armas para a vitória
Sábado à tarde Ano Bíblico: At 13–15 |
VERSO PARA MEMORIZAR: “Portanto, tomai toda a
armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de
terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Ef 6:13).
Pensamento-chave: Cada crente deve estar pessoal e individualmente armado, porque todos nós estamos envolvidos no grande conflito.
O grande objetivo de Satanás é atrair para si a lealdade que os
verdadeiros crentes dedicam a Cristo. Antes da conversão, as pessoas
pertencem ao reino do diabo e são dominadas por ele. Embora a conversão a
Cristo afaste o crente desse domínio, não destrói completamente o poder
do inimigo. Na verdade, Satanás aumenta seus esforços para destruir
nossa fé e nos levar de volta para ele. É grande sua variedade de
manobras enganosas. As Escrituras as chamam de “ciladas do diabo” (Ef 6:11).
No entanto, não importam os enganos, manobras e ciladas do inimigo; ele
não pode tirar de Cristo nenhuma pessoa determinada a permanecer fiel
ao Senhor (ele até pode tornar miserável nossa vida, mas isso é outra
questão).
A lição desta semana focaliza a armadura do cristão nessa
guerra. Vestir toda a armadura de Deus é nossa única proteção. Portanto,
precisamos entender a natureza dessa armadura, porque, sem ela,
certamente nos tornaremos presas do inimigo. Com ela, nossa vitória está
assegurada.
Domingo Ano Bíblico: At 16–18 |
A necessidade de usar a armadura
Em Efésios 6:12,
Paulo descreveu a vida cristã como uma luta. Observe que ele usou o
plural. A passagem diz, literalmente: “nossa luta não é contra o sangue e
a carne”. Todo cristão é retratado nesse quadro. No verso 13,
ele exorta seus leitores no sentido de que se revistam de toda a
armadura de Deus. É com a armadura de Deus que devemos nos equipar, e
ela está disponível para nosso uso. Paulo começou o verso com a palavra
“portanto”, sugerindo que, tendo em vista a natureza do conflito, essa
armadura é necessária. Paulo descreveu a forma pela qual o cristão deve
estar armado usando o exemplo de como um soldado romano se equipava para
a batalha.
1. Que parte da armadura mostra que essa luta não
apenas envolve cada cristão, mas exige o engajamento pessoal de todos? O
que significa o fato de que você deve se empenhar nessa luta? Ef 6:14-17
A palavra traduzida como “luta”, originalmente se referia ao
combate corpo a corpo, porém, mais tarde, foi aplicada a outros tipos de
luta. Certamente, o apóstolo não tinha em mente uma luta física contra
os demônios, mas o uso dessa palavra em Efésios aponta claramente para
uma individualização da luta.
Embora num contexto diferente do que está sendo considerado aqui, a parábola das dez virgens, em Mateus 25:1-13,
fala da questão do envolvimento pessoal nos assuntos espirituais. Ellen
White aplica as condições espirituais das cinco virgens à descrição de
Paulo de uma classe de pessoas que, no tempo do fim, têm “aparência de
piedade”, mas negam “a eficácia dela” (2Tm 3:1-5, RC). “Essa é a classe
que, em tempo de perigo, é encontrada bradando: Paz e segurança!
Acalenta seu coração em sossego, e não sonha com o perigo. Quando
desperta de sua indiferença, discerne sua pobreza, e roga a outros que
lhe supram a falta. Em assuntos espirituais, porém, ninguém pode
remediar a deficiência de outros” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 411, 412).
Há muitas coisas que somente você pode fazer por si mesmo (por
exemplo, ninguém pode comer por você). Como você pode aplicar esse mesmo
princípio à sua preparação para o conflito espiritual em que estamos
envolvidos?
Segunda Ano Bíblico: At 19–21 |
Cinto da verdade, couraça da justiça
“Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça” (Ef 6:14).
Embora seja um pouco difícil saber a natureza exata do cinto,
parece que em Efésios 6:14 Paulo podia estar se referindo a um avental
de couro que oferecia alguma proteção para a parte inferior do abdômen,
mas também tornava possível a liberdade de movimento e facilidade para a
ação. Nesse sentido, o cinto era uma parte básica da armadura. Esse
acessório, disse Paulo, é a “verdade”. Junto com o cinto da verdade está
a couraça da justiça. Assim, nesse verso Paulo ligou os conceitos de
verdade e justiça.
2. Qual é a ligação entre verdade e justiça? Por que elas são tão importantes para nossa proteção espiritual no grande conflito? 1Rs 3:6; Sl 15:2; 96:13;
Pv 12:17; Is 48:1; 2Co 6:7; Ef 5:9
Quando o apóstolo Paulo falou da justiça como uma couraça, no
contexto da guerra espiritual, ele tinha em mente questões morais. Na
batalha contra as forças do mal, fazer o que é certo e justo, ou, em
outras palavras, viver a “verdade”, é tão importante para os cristãos
quanto era a couraça para o soldado no campo de batalha. Quando deixamos
de fazer o que é certo, quando viramos as costas ao que sabemos ser a
verdade, tornamo-nos presa fácil para os ataques de Satanás, porque
estamos deixando um grande buraco em nossa armadura.
Ao mesmo tempo, embora essa “justiça” inclua uma vida justa,
devemos sempre nos lembrar de outro aspecto: a justiça de Cristo, que
cobre o crente e continua sendo sua única esperança de salvação.
Enquanto nos apegarmos à verdade de que nossa salvação repousa em Jesus,
estaremos protegidos contra uma das estratégias espirituais mais
eficazes de Satanás: o desânimo.
Você já foi tentado a desistir de sua caminhada com Jesus porque
se sentiu desencorajado com sua vida, seu caráter e suas ações? Por que
entender a verdade sobre a justiça de Cristo é tão importante para uma
forte defesa contra os ataques de Satanás?
Terça Ano Bíblico: At 22, 23 |
Preparação e escudo da fé
O s soldados romanos se armavam para garantir que seus passos
não fossem impedidos em terrenos acidentados. Por isso, normalmente
usavam sapatos cravejados com pregos afiados. Esses sapatos asseguravam
boa aderência. Paulo os comparou com a “prontidão”, ou “preparação” do
evangelho da paz (Ef 6:15).
3. Em que sentido o evangelho da paz provê uma “boa aderência” na guerra espiritual? Is 52:7; Rm 10:15; Ef 6:15
Efésios 6:15
pode ser traduzido de diversas maneiras: “Calçar os pés com a
preparação do evangelho da paz”, “equipar os pés com a prontidão do
evangelho da paz”, ou “calçar os pés com o equipamento do evangelho da
paz”. A chave é uma palavra grega que pode significar “preparação”, como
em um fundamento ou base preparados. Assim, o evangelho da paz, como um
“fundamento preparado”, é a paz que o cristão experimenta como
resultado de ter sido reconciliado com Deus por meio do sangue de
Cristo. Essa reconciliação lhe dá uma base firme, a partir da qual ele
pode se empenhar na batalha espiritual.
4. A peça seguinte da armadura é o escudo, que Paulo comparou à fé (Ef 6:16).
O apóstolo iniciou seu raciocínio com uma expressão que pode ser
traduzida como “sobretudo” (RC), “além disso” (NVI) ou “além de tudo”. O
que ele quis dizer com essa expressão?
A palavra traduzida como “escudo” vem da palavra para “uma
porta”. O escudo, medindo cerca de 1,20 m X 75 cm, e consistindo de duas
camadas de madeira coladas, era moldado como uma porta. Visto que as
flechas naqueles dias eram mergulhadas em piche e, em seguida,
incendiadas, o escudo de madeira era coberto com couro, a fim de apagar
as flechas inflamadas e embotar suas pontas. Essa era a arma mais
importante entre todas as armas de defesa.
A analogia espiritual é clara: entre os “dardos inflamados” de
Satanás estão a lascívia, a dúvida, a ganância, a vaidade, e assim por
diante. “Mas a fé em Deus, segurada no alto como um escudo, detém cada
um deles, apaga a chama, e faz com que caiam inofensivos ao chão” (The
SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 6, p. 1045).
Esse tipo de fé é demonstrado pelas ações. É uma fé que se manifesta na
defesa ativa contra os assaltos do inimigo. Nossa batalha diária é
escolher o Senhor e Seus caminhos acima de qualquer coisa que o diabo
lance diante de nós.
Quarta Ano Bíblico: At 24–26 |
Capacete e espada
O capacete da salvação em Efésios 6:17 é provavelmente tomado de Isaías 59:17, embora Paulo o aplique de forma diferente. Em Isaías 59,
é Deus quem veste o capacete da salvação. Em Efésios, o cristão é
chamado a recebê-lo. Enquanto os itens anteriores possivelmente devessem
ser comprados, o capacete era dado aos soldados. Talvez a intenção seja
enfatizar o fato de que a salvação é totalmente gratuita.
5. Em 1 Tessalonicenses 5:8, Paulo falou do capacete como a esperança da salvação. Em Efésios 6:17,
o capacete é descrito simplesmente como salvação. De que maneira essa
mudança na ênfase ajuda a explicar como a salvação pode ser uma arma de
defesa?
No Novo Testamento, salvação é uma experiência presente, que
culminará na eternidade, por meio da libertação de toda espécie de mal. O
capacete vitorioso que Deus usa (Is 59:17)
é dado ao crente como uma proteção. Visto que o objetivo principal do
ataque do diabo é privar os cristãos da salvação, a presente certeza da
salvação que lhes é “dada”, à parte de suas próprias obras, se torna uma
arma poderosa para sobreviver ao conflito. Verdadeiramente, em qualquer
conflito espiritual o crente pode proclamar com o salmista: “Ó Senhor,
força da minha salvação, Tu me protegeste a cabeça no dia da batalha” (Sl 140:7).
6. Depois de ter mencionado o capacete da salvação,
Paulo falou sobre “a espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus. Quais
são as características da Palavra de Deus na batalha contra Satanás? Ef 6:17; Hb 4:12
A tentação de Cristo, registrada em Mateus 4:1-10,
é uma bela ilustração de como a Palavra de Deus pode ser uma arma
eficaz. A passagem também deve prover um incentivo para que os cristãos
se apoiem nas verdades reveladas na Palavra de Deus.
Tantas forças estão em jogo nas tentativas de enfraquecer nossa
confiança na Bíblia! Quais são algumas dessas forças em sua própria
sociedade, igreja ou cultura? Ainda mais importante, como você pode se
defender contra toda e qualquer tentativa de enfraquecer sua confiança
na Palavra de Deus (o que às vezes pode ser muito sutil)?
Quinta Ano Bíblico: At 27, 28 |
Orando sempre
Efésios 6:18
começa com a expressão “orando em todo o tempo” (RC), o que sugere que a
oração está conectada com os versos anteriores. A ideia é a de que,
para vestir, pegar e levantar a armadura do Céu, precisamos confiar em
Deus. Por isso, “a oração não é outra arma, mas o espírito, a maneira
pela qual toda a armadura deve ser usada e a batalha travada. Paulo
estava recomendando a oração como um permanente estado mental, uma
atitude contínua de comunhão com Deus” (The SDA Bible Commentary
[Comentário Bíblico Adventista], v. 6, p. 1046).
7. Que palavras e expressões, associadas com a admoestação de Paulo sobre oração, sugerem vigilância e disciplina? Ef 6:18
A Bíblia frequentemente convida as pessoas a orar sem cessar (Lc 18:1; Rm 12:12; Fp 4:6; Cl 4:2; 1Ts 5:17).
Mas, no contexto do combate contra as forças do mal mencionado em
Efésios 6, Paulo enfatizou o fato de que cada ocasião na vida deve ser
envolvida pela oração. Tal atitude não é uma pequena demanda sobre os
cristãos, especialmente porque nosso primeiro instinto nos momentos de
dificuldade é consultar amigos e colegas, o que é bom e tem seu lugar. A
oração, porém, deve ser sempre a primeira linha de defesa e é algo que
devemos estar “sempre fazendo”.
8. Efésios 6:18
começa com a expressão “orando em todo o tempo” e continua com outra
sobre estar “vigilante”. A respeito do que devemos vigiar, e por quê?
Quando Jesus esteve no Getsêmani, advertiu que Pedro e os outros discípulos que estavam dormindo vigiassem e orassem (Mc 14:38). Antes que isso acontecesse, Jesus havia passado algum tempo advertindo os discípulos a ser vigilantes (Mc 13:33-37).
A partir da perspectiva de Marcos, vigiar está ligado com a oração como
uma questão constante que traz força espiritual ao cristão. Em Efésios
6:18, a ênfase está na oração pelos outros. Sem dúvida, ao orarmos pelos
outros, somos fortalecidos espiritualmente, e ficamos mais bem armados
para o conflito que se segue, não importando a forma que ele assumir.
Por que orar por nós mesmos é mais importante do que pedir que
os outros orem por nós (por mais importante que isso seja)? O que a
oração pessoal faz por você que as orações dos outros não podem fazer?
Sexta Ano Bíblico: Rm 1–4 |
Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 312-314: “A Importância do Verdadeiro Conhecimento”; Testemunhos para a Igreja, v. 9; p. 213, 214: “A Questão da Cor da Pele”; Minha Consagração Hoje [Meditações Matinais, 1989/1953], p. 105: “Subir Mais Alto”; Atos dos Apóstolos, p. 311-315: “Chamado a Mais Elevada Norma”.
“Em toda pessoa, dois poderes lutam com veemência em disputa
pela vitória. Dirigida por Satanás, a incredulidade arregimenta suas
forças a fim de nos separar da Fonte de nossa resistência. A fé ordena
suas forças comandadas por Cristo, o autor e consumador de nossa fé”
(Filhos e Filhas de Deus [Meditações Matinais 1956], p. 328).
“Devemos vestir cada peça da armadura e então ficar firmes. O
Senhor nos honrou ao nos escolher como Seus soldados. Vamos lutar
bravamente por Ele, mantendo o direito em cada ação. Retidão em todas as
coisas é essencial para o bem-estar do coração. Ao se esforçar para
vencer suas próprias inclinações, Ele vai ajudá-lo pelo Seu Espírito
Santo a ser prudente em cada procedimento, de modo que você não dê
nenhuma ocasião para que o inimigo fale mal da verdade. Coloque como sua
couraça aquela justiça divinamente protegida, que todos têm o
privilégio de vestir. Isso protegerá sua vida espiritual” (Ellen G.
White, The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 6,
p. 1119).
Perguntas para reflexão
1. Por mais que a lição desta semana tenha enfatizado o aspecto
pessoal da luta espiritual, somos parte de uma comunidade maior. Como a
comunidade pode ajudar uns aos outros em seus conflitos? O que podemos
fazer para ajudar aqueles que estão em necessidade espiritual?
2. Por que é importante manter diante de nós a realidade desse
conflito? Quem poderia imaginar um soldado, no campo de batalha, se
esquecendo de que está em uma guerra? Quanto mais importante é que nós
não nos esqueçamos disso também?
Respostas sugestivas: 1. Toda a armadura
indica a necessidade de envolvimento na luta: cinto (verdade), couraça
(justiça), proteção para os pés (esperança do evangelho), escudo (fé),
capacete (salvação) e a espada (Bíblia Sagrada). 2. Justiça é a prática
da verdade estabelecida por Deus; a obediência à verdade nos traz
bênçãos e proteção no conflito contra o mal; Deus julgará o mundo com
justiça e verdade; a justiça e a verdade são um dom da graça de Cristo,
por meio do Espírito. 3. Temos beleza, paz e firmeza, em meio à guerra,
porque aceitamos e anunciamos a vitória alcançada na cruz, e que
culminará na segunda vinda de Cristo. 4. Além da couraça, do cinto e do
capacete (verdade, justiça e salvação), temos grande necessidade do
escudo da fé, a fim de nos protegermos contra os ataques do inimigo e
avançarmos para a vitória. 5. O capacete nos fala da salvação realizada
na cruz e da esperança de que essa salvação seja consumada na glória. A
esperança nos motiva a continuar no caminho da salvação. 6. A Palavra de
Deus é viva e eficaz; é mais cortante do que qualquer espada de dois
gumes; ela alcança nossa mente de modo profundo; ela discerne os
pensamentos e propósitos do coração. 7. Paulo disse que precisamos
vigiar “com toda perseverança e súplica por todos os santos”. O inimigo
sempre tentará nos desviar da oração; por isso precisamos de disciplina.
8. Precisamos vigiar e ter perseverança para não cair na tentação de
parar de orar, por nós e pelos outros.
Fonte: CPB
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