A extraordinária conversão de Paulo - Lição 2 - 14 de outubro de 2012
LIÇÃO 02 – 14 de Outubro de
2012
A
extraordinária conversão de Paulo
TEXTO AUREO
“Então
disse eu: Senhor, que farei? E o Senhor disse-me: Levanta-te, e vai a Damasco,
e ali se te dirá tudo o que te é ordenado fazer”. At 22.10
VERDADE APLICADA
Antes que muita coisa de valor possa ser feita no mundo, faz-se
necessário um profundo arrependimento e uma mudança radical na vida.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
At 9.3
- E, indo no caminho, aconteceu que,
chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
At 9.4
- E, caindo em terra, ouviu uma voz que
lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
At 9.5
- E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o
Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os
aguilhões.
At 9.6
- E ele, tremendo e atônito, disse:
Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na
cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.
At
9.17 - E Ananias foi, e entrou na casa e,
impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no
caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do
Espírito Santo.
Introdução
Será estudada, nesta lição, a conversão de Paulo,
filho de um fariseu, que, depois de terminar seus estudos, aos pés do doutor da
Lei, Gamaliel, pôs-se como arqui-inimigo do Senhor Jesus por causa da sua
ignorância em relação à alvorada de uma nova dispensação que surgia no
horizonte da história religiosa. Paulo se doía com a nova “Seita do Caminho”
que angariava cada vez mais adeptos entre os judeus.
1. Antes da mudança
Quando o jovem Paulo perseguia os seguidores de Jesus, fazia-o nas
melhores das intenções, e, naquele contexto social e religioso, era até uma
coisa louvável. Nem todo proceder tem a aparência de boas intenções, isso todos
sabem. Levados pelo pensamento de que estão fazendo algo para Deus, muitos
perseguem, espancam, mutilam e matam aqueles que são fiéis a Cristo, mesmo nos
dias atuais.
1.1. Saulo, o assolador (At 8.1-3)
Paulo
assumiu o papel de assolador, pois o texto nos diz: “E Saulo assolava a
igreja”. Ele exalava um ar maligno que inspirava terror nos cristãos
primitivos, ou seja, havia elementos que sustentavam aquele seu comportamento
agressivo, tais como: a ignorância, a incredulidade e o falso pensamento de
que, agindo assim, estivesse fazendo um trabalho para Deus (Jo 16.2), ele mesmo confessou posteriormente: “A mim, que dantes fui
blasfemo, e perseguidor, e injurioso; mas alcancei misericórdia, porque o fiz
ignorantemente, na incredulidade” (lTm 1.13).
Atos
8.1-3 - O Livro de Atos e as Epístolas fornecem informações suficientes para
traçarmos um esboço do começo da vida de Saulo. Ele nasceu em Tarso, na
Cilícia, um “hebreu entre hebreus”, “filho de fariseu” e cidadão romano. Foi
educado por Gamaliel em Jerusalém e se tornou um fariseu devoto. No tocante à
Lei, sua vida era irrepreensível. Era um dos jovens fariseus mais promissores
de Jerusalém, a caminho de se tornar um grande líder da fé judaica.
Saulo
demonstrou seu zelo pela Lei de maneira bastante clara em sua perseguição à
Igreja. Acreditava sinceramente que servia a Deus ao perseguir os cristãos, de
modo que o fazia com a consciência tranquila (2 Tm 1.3). Obedecia à luz que
conhecia, até que Deus lhe deu mais luz, à qual ele também obedeceu e, assim, se
tornou um cristão.
De
que maneira Saulo perseguia a Igreja? “Assolava a igreja”; o verbo “assolar”
nesse caso descreve um animal selvagem despedaçando a vítima, assim Saulo fazia
com os cristãos.
João 16.2 Vocês serão expulsos das sinagogas; de fato, virá o tempo
quando quem os matar pensará que está prestando culto a Deus.
1 Timóteo 1.13 - a mim que anteriormente fui blasfemo, perseguidor e insolente;
mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância e na minha
incredulidade;
1.2. Saulo
diante de Estevão (At 8.1; 22.20)
Lucas, o escritor de Atos, destaca a pessoa de Estevão como um
discípulo do grupo dos sete (diáconos) de Jerusalém, em virtude da sua devoção
a Deus, cultura elevada, que fez extraordinários milagres, sofredor e de grande
popularidade entre os gregos e judeus, pois era de uma oratória flamejante e de
sabedoria irresistível. Sua popularidade foi além dos termos de Jerusalém e de
Israel, pois uma liga das sinagogas espalhadas em vários lugares, uniram-se e
enviaram seus representantes para altercarem com Estevão, os quais não puderam
resistir a sua sabedoria (At 6.8-10). Eles apelaram para a baixeza de
subornarem alguns, a fim de darem falso testemunho de blasfêmia contra Estevão
no Supremo Tribunal Judaico, o Sinédrio. Estevão fez a sua defesa improvisada
com um discurso que o sentenciou injustamente, sendo, em seguida, levado para
ser executado por meio de apedrejamento. Na execução, precisava-se de um
oficial que o acompanhasse aos pés de quem se depositavam as roupas dos
executores. O nome desse oficial era Saulo, seu nome em hebraico.
Atos 22.20 – Paulo reforça seu argumento no sentido de que a
perseguição que encabeçara contra os primitivos cristãos era amarga, como
largamente conhecida; portanto, a transformação havida em sua vida, a sua
conversão ao cristianismo, seriam encaradas, talvez, com maior respeito,
contribuindo assim para conversão de muitos outros. O extremo de seus crimes
não fora o homicídio, porquanto fora a principal testemunha de acusação contra
Estêvão, e alegrou por vê-lo morrer. O fato de posteriormente ele admitir seu
erro, arrependendo-se do mesmo, e passou a anunciar ao mesmo Cristo que antes
perseguira, sem dúvida serviriam para convencer a outros sobre o caráter
genuíno de sua conversão.
“... Estêvão, tua testemunha...”
Com base na palavra aqui usada no original grego para traduzir “testemunha” é
que surgiu a nossa palavra moderna “mártir”. As primeiras testemunhas do
cristianismo com tanta frequência fora martirizadas que o termo passou a ser
usada para indicar o testemunho delas, embora isso só tenha ocorrido
gradualmente.
SINÉDRIO – Da forma usada nos
Evangelhos e em Atos, apalavra significa "conselho". O conselho judeu
assim chamado no Novo Testamento era um
corpo aristocrático, aparentemente controlado pelos saduceus, mas que incluía os
principais anciãos, e o sumo sacerdote atuava como uma espécie de presidente. Jesus
sofreu amarga oposição por parte desse corpo regente, e as referências feitas
no Novo Testamento de modo geral se situam no contexto de oposição. Ver Mat.
26.29; João 11.47; Atos 4.5-22; 5.17-43; 6.12-15.
1.3. Como Paulo
assolava a Igreja? (At 8.3-4)
Naquela
ocasião, em que era movida uma grande perseguição, o grupo preeminente, no
templo de Jerusalém, e no Sinédrio, era o dos Saduceus, embora os fariseus
fossem os mais populares e de maior influência entre os judeus. Esses dois
grupos se rivalizavam, mas uniram-se para matarem Jesus e depois para
perseguirem a Igreja. Paulo era o seu principal instrumento de assolação, pois
tinha autoridade para entrar nas casas, prender os homens e mulheres,
castigá-los com surra de varas, e obrigá-los a renunciarem o nome de Jesus, e
dEle blasfemando. Quanto aos resistentes, Paulo dava o seu voto para a morte.
Tildo isso Paulo fazia com um tempero sentimental
de fúria e energia jovem que tinha na ocasião.
Atos
8.3-4 – As predições feitas por Jesus, de que os seus discípulos seriam
entregues aos concílios e tribunais, e lançados nas prisões, estavam sendo
cumpridas novamente. Esse incidente, naturalmente, como o ódio daqueles homens
se intensificava cada vez mais, porquanto, agora não tratavam os discípulos de
Cristo nem ao menos com um mínimo de respeito, segundo fora o caso em Atos
3.1-3.
A
perseguição faz com a Igreja aquilo que o vento faz com a semente: espalha e
aumenta a colheita. A palavra traduzida por “dispersos” (diaspeiro) significa
“espalhar sementes”. Os cristãos em Jerusalém eram as sementes de Deus, e a
perseguição foi usada por Deus para plantá-los em novo solo, a fim de que
dessem frutos (Mt 13.37, 38). Alguns foram espalhados em toda Judeia e Samaria
(At. 1.8), enquanto outros foram levados campos mais distantes (At 11.19).
Ele
pensava estar realizando um trabalho para Deus, mas, na verdade, ele estava
eliminando muitos chamados “hereges" em
nome daqueles os quais a influência religiosa, estava sendo posta de lado em
virtude do descontentamento do povo. Apesar de todo sofrimento, aqueles que
saíam dispersos de seu lugar de origem iam anunciando a Palavra, de sorte
que não podiam conter o crescimento (At 22.4-5; 26.9-11; Gl 1.13).
2. O
que produziu mudança?
O maior desejo do jovem Paulo era fazer algo de valor para Deus,
para o judaísmo e para os judeus em si. Ele concluíra que estava absolutamente
certo em repelir com veemência aquela doutrina sectária no seio do judaísmo,
que mais trazia escândalo do que bem. Afinal, para ele Jesus de Nazaré teve o
que mereceu quando, nas mãos dos romanos, caiu sob a acusação de ser um rei
ilegítimo, por fazer-se Filho de Deus.
2.1. Paulo,
confrontado pelo Senhor Jesus (At 9.3-7)
Quando
ia a caminho para Damasco, acompanhado da sua comitiva de algozes para
perseguirem os cristãos, Paulo, subitamente ao meio-dia, foi envolvido por uma
luz mais brilhante que o sol (At 26.13). Nesse
momento, caindo por terra, ouve uma voz que lhe disse: “Saulo, Saulo por que me
persegues”. Até aquele momento, Jesus ressuscitado era um mito forjado, uma
coisa digna de pleno descrédito. Mas, ao perguntar-lhe: “Quem és Senhor?” E ter
a resposta: “Eu sou Jesus, a quem persegues. Duro é parati dar coices contra os
aguilhões”. Saulo trêmulo, assustado, e sem saber o que fazer diante daquela
poderosa voz, pergunta: “O que devo fazer?”. E o Senhor lhe responde:
“Levanta-te e entra na cidade e lá te será dito o que convém fazer” (At 9.4-6).
Atos
9.3-7 – A atitude de Saulo era semelhante à de um animal furioso, do qual até o
fôlego representa um perigo. Como muitos outros rabinos, acreditavam que era
preciso obedecer completamente à Lei antes que o Messias viesse. No entanto,
aqueles “hereges” pregavam contra a Lei, o templo e a tradição dos patriarcas
(At. 6.11-13). Saulo devastou as igrejas da Judeia (Gl. 1.23) e, em seguida,
obteve permissão do sumo sacerdote para perseguir os discípulos de Jesus até em
Damasco. Não foi uma iniciativa insignificante, pois contou com a autoridade do
supremo concílio dos judeus (At 22.5).
Damasco
possuía uma grande população de judeus, e se acredita que houvesse de trinta a
quarenta sinagogas na cidade. O fato de haver cristão por lá mostra como a
Igreja pregara a mensagem com eficácia. É possível que alguns cristãos de
Damasco fossem fugitivos da perseguição em Jerusalém, o explica por que Saulo
desejava autoridade para leva-los de volta. Naquela época, os cristãos ainda
eram associados às sinagogas judaicas, e seu rompimento só se deu alguns anos
depois (Tg 2.2).
Então
Saulo estava no chão. Por volta de meio-dia, viu uma luz resplandecente no céu
e ouviu uma voz dizer seu nome. Os homens que também estavam com ele também
caíram por terra e ouviram um som, mas não compreenderam as palavras proferidas
do céu.
Naquele
dia, Saulo de Tarso fez algumas grandes descobertas. Em primeiro lugar
descobriu, para sua surpresa, que, de fato, Jesus de Nazaré estava vivo! Era
acerca desse fato que os cristãos testemunhavam continuamente, mas Saulo se
recusara a aceitar tais testemunhos.
Saulo
também descobriu que era um pecador perdido e que corria o risco de ser julgado
por Deus. “Eu sou Jesus, a quem tu persegues”. Saulo acreditava estar servindo
a Deus, quando na realidade quando na verdade estava perseguindo o Messias!
Comparadas à santidade de Jesus Cristo, as boas obras de Saulo e seu farisaísmo
legalista pareciam trapos imundo. Todos os seus valores mudaram. Ao crer em
Jesus Cristo, tornou-se uma nova pessoa.
O
que apresentou para Saulo tal experiência? Toda nuvem mística que havia em sita
mente, de repente desapareceu. Todo o seu orgulho religioso e jovem fora
humilhado, todas as suas
atitudes de oposição “àquela seita” foram expostas como crimes diante de sua
própria, consciência e
terrivelmente ofensivos a Deus. Quando abriu os olhos, deu conta de que estava
cego, e que sua cegueira
física se somava à enorme cegueira espiritual. Todavia um consolo existia
naquelas palavras: “Lá te será dito o que convém fazer”. Esta experiência seria
transmitida posteriormente a pessoas simples e também a reis, governadores, a
sumos sacerdotes, etc., chegando às sucessivas gerações, chegaria até nossos
dias com poderoso impacto.
2.2. Saulo obedece ao Senhor Jesus (At 9.8-9)
Conforme o seu temperamento e cultura, Paulo não se encurvava
diante de ninguém, mas, quando se levantou do chão abatido e cego, nada mais
restava de oposição nele senão obedecer. A transformação dele aconteceu tanto
imediatamente, quando ouviu a voz do Senhor Jesus, quanto na medida em que ele
Lhe obedecia. Paulo poderia ter voltado e escolhido outro caminho. Mas o
campeão do judaísmo foi vencido pela “voz da Luz que lhe brilhou no caminho”.
Para Damasco, Paulo teve de ser conduzido, pois não enxergava mais. Dá pra imaginar
o tremor e temor que sobreveio em seus parceiros? Atender aquela voz e entrar
na cidade representou a Saulo um sinal incontestável da sua completa conversão;
significou um rompimento com todo seu modo de vida; produziu a conversão de um
contingente incontável de pessoas em sua época e, ao longo dos séculos, onde
seu testemunho foi ouvido.
Os homens levaram Saulo para a cidade, pois o touro furioso,
havia se tornado um cordeiro dócil! O líder teve de ser conduzido, pois ficou
cego pela visão resplandecente. Seus olhos espirituais foram abertos, mas os
olhos físicos haviam sido abertos, mas seus olhos físicos estavam fechados.
Deus o humilhara inteiramente, preparando Paulo para ser ministrado por
Ananias. Saulo orou e jejuou por três dias (At. 9.11), durante os quais começou
a reavaliar suas convicções. Havia sido salvo pela graça, não pela Lei, por
meio da fé no Cristo vivo. Deus começou a instruir Saulo e a lhe mostrar a
relação entre o evangelho da graça de Deus e a religião mosaica tradicional que
havia praticado ao longo da vida.
2.3. Resultado da obediência de Paulo
Depois que entrou na cidade, lá permaneceu em jejum absoluto por
três dias, até o momento em que Ananias, que depois de alguma resistência à
ordem de Jesus, foi visitá-lo e impôs-lhe as mãos, e curou-o na hora. Um sinal
incontestável da misericórdia divina a favor de Paulo. Para ele, naquele
momento, nada mais restava senão se batizar como um sinal de morte para o
pecado e identificação plena com Jesus Cristo, como ele mesmo veio a ensinar
depois em suas cartas (Rm 6.1-6; G1 2.20). O arrependimento é um ato de
obediência que deve refletir no abandono do pecado para viver uma nova vida,
seguido, logo que possível, do batismo em água. Foi a partir daí que Paulo
passou a pregar o evangelho publicamente conforme indica o livro de Atos (At
9.19-20). Hoje, não significa que para falar de Jesus é necessário se batizar
primeiro, mas é o mais recomendável.
Romanos 6.1-6 – Paulo desejava que compreendêssemos uma doutrina
básica. A vida cristã depende do aprendizado cristão; o dever é sempre
fundamentado na doutrina. Ao manter um cristão na ignorância, Satanás o impede
de ter qualquer poder.
Nessa passagem, Paulo ensina a verdade essencial da
identificação do cristão com Jesus Cristo em sua morte, sepultamento e
ressurreição. Assim como nos identificamos com Adão no pecado e na condenação,
também nos identificamos agora com Cristo na justificação. Em outras palavras,
a justificação pela fé não é apenas uma questão legal entre Deus e nós; é um
relacionamento vivo. É uma “justificação que dá vida” (Rm 5.18). Estamos em
Cristo e somos identificados com ele. Portanto, tudo que aconteceu com Cristo,
aconteceu conosco. Quando ele morreu, nós morremos. Quando ressuscitou, nós
ressuscitamos. Agora estamos assentados com ele nos lugares celestiais (Ef
2.1-10).
Está morto para o pecado (vv. 2-5). A ilustração de Paulo é o
batismo. O termo grego tem dois significados: 1º literal – mergulhar ou
submergir; e 2º figurativo – ser identificado com. Um exemplo do segundo caso é
1 Coríntios 10.2 “tendo sido batizados, assim na nuvem como no mar, com
respeito a Moisés”. A nação de Israel foi identificada com seu líder, Moisés,
quando cruzou o mar vermelho.
Ao que parece, Paulo tem em mente tanto o sentido literal quanto
o figurativo, pois usa a experiência do batismo com água para lembra-lo de sua
identificação com Cristo por meio do batismo com o Espírito Santo.
Evidentemente, que a conversão de Paulo teve muitos efeitos no
reino de Deus e no mundo, que talvez seja difícil enumerá-los e esquadrinhá-los
na sua exata proporção. Mas abordaremos apenas alguns principais que são
arrolados por Lucas no livro de Atos.
3.1. Paulo passou a pregar o evangelho
A graça de Deus salvadora alcançou um inimigo implacável,
eliminando assim um agente que causava grande dano e tirava a paz dos judeus
convertidos. Embora fosse Paulo um assolador da Igreja, Deus é aquele que
contempla aquilo que está além do patente e do discernimento humano. Alguns
anos depois, Paulo teve chance de conhecer os discípulos de Jerusalém. Todavia
ele ainda estava sob a mira e a desconfiança deles. Pois não havia passado,
ainda, tanto tempo assim daquela cruel perseguição. Sendo Paulo um homem muito
ativo, logo passou a pregar ousadamente no nome de Jesus, tanto em Damasco
quanto em Jerusalém, e sua presença gerava insegurança e clima ruim entre os
discípulos, pois alguns judeus helenizados, dados à discussão, resolveram
matá-lo, quer dizer, o ex-perseguidor passou a ser perseguido.
3.2. Paulo
sofreu perseguição
A
perseguição pelo fato de pregar o evangelho e fortalecer os novos convertidos a
Cristo Jesus se tomou algo constante em sua vida, e Paulo conviveu, desde o
início de sua pregação, até a sua morte. Imediatamente a sua mudança radical,
quando começou a pregar, foi perseguido em Damasco, depois em Jerusalém e no
restante de seu trabalho missionário. Como ele desejava ardentemente o
crescimento do evangelho ao longo do Império Romano, orou a Deus para que Ele
lhe tirasse a vara da perseguição de suas costas. Visto que concluísse que o
evangelho se desenvolveria muito mais rápido num ambiente tranquilo, pois as
pessoas estavam famintas de Deus. Mas o senhor Jesus apenas lhe disse que a sua
graça lhe bastava (2Co 12.9).
Como consequência da perseguição
implacável, Paulo teve de fugir muitas vezes. Como por exemplo: quando soube da
conspiração contra a sua vida em Damasco. Muito mais coisas aconteceram do que,
às vezes, podemos imaginar nesse respeito. Por exemplo, em suas viagens como
transeunte sofreu várias vezes nas mãos de salteadores onde as estradas não
eram guarnecidas; em Tessalônica, depois de tomar uma surra pública de vara e
ser preso injustamente, foi convidado a se retirar da cidade. Hoje em vários
lugares um ministro evangélico é respeitado, mas nem sempre foi assim. Todavia,
isso teve um efeito positivo para o evangelho, pois a perseguição por si só
eliminava os falsos irmãos e maus obreiros, visto que não estavam dispostos a
sofrerem pela causa do evangelho.
3.3. O crescimento da Igreja
Tendo Jesus Cristo transformado um inimigo tão voraz em servo,
agora a comunidade cristã espalhada pela Judéia, Galiléia e Samaria desfrutava
de paz e vivia harmonicamente entre si. Consequentemente cresciam, e várias
pessoas se convertiam dia a dia (At 9.31). As vezes, imaginamos que a igreja só
cresce mediante a perseguição, mas ela cresce também e melhor quando está em
condições favoráveis de paz.
Conclusão
A conversão de Paulo de Tarso é um legado
insofismável da história Universal, pois a mensagem dele sobreviveu a sua
morte, a pessoa dele jamais foi esquecida com o passar dos séculos. Na sua
conversão podemos saber como o Senhor Jesus transforma um inimigo em servo e em
vaso útil, tornando-o portador de Sua mensagem.
QUESTIONÁRIO
1. Que elementos alimentavam o comportamento
anticristão de Paulo?
R.
A ignorância, incredulidade e o falso pensamento de que estava fazendo um trabalho para Deus.
2. Que pessoa marcante Paulo teve participação na
sua morte?
R.
Estêvão.
3. O que operou uma mudança radical em Paulo?
R.
O fato de ser confrontado pelo
Senhor Jesus; ou o fato de ter encontrado Jesus no caminho de Damasco.
4. Como Paulo, o campeão do judaísmo foi vencido?
R.
Pela voz da luz que brilhou em seu
caminho.
5. Cite uma consequência da mudança de Paulo:
R. Passou a pregar; ou foi perseguido após a sua conversão.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º Trimestre de 2012, ano 22 nº 85 – Jovens e
Adultos – Apóstolo Paulo.
Comentário Bíblico Expositivo – Warrem W. Wiersbe
O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo - Russell
Norman Champlin
O Antigo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo -
Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo Testamento
Comentário Bíblico Matthew Henry - Novo Testamento
Comentário Bíblico - F. B. Meyer
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição revista e ampliada e um Suplemento
Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores – CPAD - Claudionor Corrêa de
Andrade
Fonte: Revista EBD
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