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domingo, 8 de janeiro de 2012

Jacó compra a primogenitura de Esaú

Texto Áureo

“E ninguém seja fornicário, ou profano, como Esaú, que por um manjar vendeu o seu direito de primogenitura”. Hb 12.16

Verdade Aplicada

O homem carnal não conhe­ce Deus, não valoriza o que é espiritual e não se interessa pelo cumprimento das Suas promessas.

Objetivos da Lição

      Apresentar que quem despre­za Deus, por ele é desprezado;
►      Ensinar a perseverar nas promessas de Deus; e
►      Mostrar o valor das promes­sas de Deus.

Textos de Referência

Gn 25.29      E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo e estava ele cansado.
Gn 25.30      E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer des­se guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso, se cha­mou o seu nome Edom.
Gn 25.31      Então, disse Jacó: Vende-me, hoje, a tua primo­genitura.
Gn 25.32      E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer, e para que me servirá logo a primogenitura?
Gn 25.33      Então, disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó.
Gn 25.34      E Jacó deu pão a Esaú e o guisado das lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e foi-se. Assim, desprezou Esaú a sua primogenitura.



Ajuda 2 - Veja vários comentários sobre Rm 9.13
 

"Jacó Um Homem Transformado por Deus"

Apesar das muitas turbu­lências e fragilidades que mar­caram a vida de Jacó, ele nos deixou preciosas lições. O estu­do de sua biografia certamente produzirá edificação ao cristão.

A FAMÍLIA DE JACÓ

Jacó era filho de Isaque e neto de Abraão. Ele nasceu agarrado ao calcanhar de seu irmão gê­meo, Esaú. Mais tarde, seu nome foi mudado para Israel, devido a uma experiência sobrenatural, com o Anjo do Senhor, a qual Jacó teve no vau de Jaboque.

Jacó se casou primeiro com Leia (ou Lia) e, depois, com Raquel. Ele foi pai de 12 filhos e uma filha. Seus filhos se tornaram os cabeças das 12 tri­bos de Israel.

O comportamento de Abraão e Sara para com seus dois filhos gerou uma inevitável série de con­flitos no lar, pois Isaque não es­condia sua predileção por Esaú, e Rebeca por Jacó (Gn 25.28). Essa mesma postura incorreta foi assu­mida por Jacó quando se tornou pai. Ele tinha preferência por José em relação aos seus outros filhos.

A PRIMOGENITURA

Apesar de muitas atitudes erradas, Jacó demonstrou gran­de interesse pelas coisas espiri­tuais. Existem sinais de que ele sempre demonstrou inclinação pelo sagrado, ao contrário de Esaú, que a Bíblia chama de pro­fano (Hb 12.16).

Certo dia, para saciar sua fome, que é o assunto especifico da lição da semana, Esaú não se incomodou de negociar a sua primogenitura com seu irmão. Por um guisa­do de lentilhas (Gn 25.29-34), Esaú vendeu para Jacó seu di­reito de primogênito.

1.      A importância de ser o primeiro filho

Esaú, em um momento de descuido e desinteresse, perdeu algo muito valioso. O direito de primogenitura garantia a he­rança material e espiritual bem como outras bênçãos especiais.

Como se já não bastasse o fato de ter o primogênito de Isaque desperdiçado sua herança em troca de um simples prato de comida, pior ainda ocorreu quando ele dispensou a bênção de Deus — mesmo sabendo que o Senhor prometera fazer de Abraão uma grande nação (Gn 22.15-18).

Ser o primeiro filho é algo tão singular que a Igreja da Se­nhor é chamada de igreja dos primogênitos (Hb 12.23).

2.      O ambicioso e o desinteressado

São muitos os que desprezam as bênçãos de Deus e os que as mercadejam. Infelizmente, há pessoas que fazem coisas seme­lhantes hoje. Existem tanto imita­dores de Jacó como de Esaú.

Uma das lições mais valio­sas que podemos extrair desse episódio é que, em vez de obter­mos vantagem dos mais fracos, devemos oferecer ajuda e apoio a eles (Rm 15.1; At 20.35).

Os primogênitos de Israel foram arrolados por Moisés. Mas os primogênitos mencionados em Hebreus 12.23 foram arrolados pelo próprio Deus, nos céus, do qual foram feitos herdeiros por intermédio de Cristo. Devido à tão honrosa posição, como filhos de Deus e cidadãos dos céus, eles são privilegiados com o direito de estar mais perto de Deus que os anjos.

3.      A primogenitura mentirosa

A importância da primoge­nitura era tão grande que, mais tarde, havendo chegado o mo­mento de Isaque abençoar seu primogênito, Rebeca usou uma estratégia que levou Jacó a re­ceber a parte mais importante da bênção paternal, a qual ca­bia ao primogênito.

Nessa ocasião, Jacó cometeu quatro terríveis enganos, ele:

(1)               mentiu quando afirmou ser Esaú;
(2)              mentiu quando declarou que havia feito como seu pai lhe pedira;
(3)              enganou Isaque, dizendo que o Senhor tinha trazido a caça a ele rapidamente;
(4)             enganou seu pai, passando-se por Esaú, quando aceitou a estratégia de sua mãe e re­vestiu suas mãos e seu pes­coço com pelos, simulando ser seu irmão.

Nunca houve uma época em que uma mentira, de qualquer espécie, pudesse ter agradado a Deus. A Palavra de Deus, do início ao fim, reprova a prática de mentir (Sl 31.18; Pv 12.22).

A PRESENÇA DE DEUS

Uma lição que todo cristão precisa aprender, conservar e recordar é esta: nunca estamos sozinhos. Na escuridão daque­la noite deserta, após deixar a casa paterna, isolado de tudo e de todos, Jacó amargava uma solidão crítica, quando, então, sonhou com a presença do Se­nhor (Gn 28).

Deus espera que saibamos que Ele não nos desampara jamais. Ele garantiu isso a Jacó (Gn 28.15), a Josué (Js 1.5) e à Sua Igreja (Hb 13.5).

1.      Estamos sempre cercados por anjos

Independente da inten­sidade de nossa fé, os anjos são liberados por Deus para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14). Eles são mensageiros de Deus que executam Suas or­dens em diferentes setores de todo o universo. Ainda que não consigamos vê-los, esses seres, pela vontade de Deus, estão ao nosso redor protegendo-nos e livrando-nos de males (Êx 23.20).

VOTOS COM DEUS

Fazer votos com Deus, como fez Jacó (Gn 28.20-22), é uma atitude recomendada pela Bíblia, desde que seja feita com sabedoria, fé e moderação: Quando a Deus fize­res algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votes e não pagues (Ec 5.4,5).

UMA NOITE DE MUDANÇAS

1.      O sonho de Jacó

Ao fugir de casa, visando escapar da morte, Jacó che­gou a um lugar onde passou a noite e teve um sonho (Gn 28.10-22), o qual foi um marco em sua vida. Nesse sonho, Jacó viu uma escada que to­cava o céu (Gn 28.12). Tal es­cada indica que o altíssimo não perdeu o contato com a terra nem o interesse por ela.

Deus continua a mostrar zelo para com o homem, apesar de suas fragilidades e seus fracas­sos. O Senhor tem tomado to­das as providências para que a humanidade estabeleça sua comunhão com Ele, essa é uma das razões fundamentais da vinda de Jesus a este mundo.

Entregar o dízimo não á algo que começou com a Lei de Moisés, é algo anterior e acima dela. Oferecer a Deus as nossas primícias sempre resultará em bênçãos (Pv 3.9,10).

[Ao longo dos anos] Deus transferiu as riquezas de Labão para Jacó (Gn 31.6-9). Jacó serviu Labão durante catorze anos em troca das filhas deste, Raquel e Lia. Ele serviu seis anos adicionais pelo gado. Labão mudou o salário de Jacó dez vezes. Mas Deus derramou as suas bênçãos e fez Jacó prosperar.

A escada que Jacó viu tam­bém pode ser entendida como uma alegoria que aponta para o fato de o mundo espiritual ser composto principalmente de progresso e de disciplina, não de mera euforia, imediatismo e automatismo. Ele não sonhou com um elevador, que poderia con­duzir uma pessoa automatica­mente do primeiro ao vigésimo andar, privando-a da experiência de todos os andares predecessores. Precisamos ter experiências com Deus e gastar a nossa ener­gia na subida de cada um dos muitos degraus que nos levarão à comunhão com o Senhor e ao ponto culminante do plano de Deus para nós.

2.      Betel

Talvez nunca se consiga ima­ginar o impacto que aquela pri­meira noite de viagem rumo a Padã-Arã causou à vida de Jacó. Ao despertar de seu sonho, ele decidiu mudar o nome do local onde se encontrava. Até aque­le momento, o nome daquela cidade era Luz, mas Jacó de­clarou que o lugar se chamaria Betel (Gn 28.19), que significa Casa de Deus.

3.      Deus não negocia Suas bênçãos

A Bíblia relata que Abraão deu a Melquisedeque o dízimo de tudo (Gn 14.18-20). Conse­quentemente, Deus abençoou o patriarca em tudo: E era Abraão já velho e adiantado em idade, e o SENHOR havia abençoado a Abraão em tudo (Gn 24.1).

Quando entregamos o dízimo:

- reconhecemos que Deus é dono de tudo;
- demonstramos nossa inteira dependência dele;
- declaramos que viveremos mui­to bem com os 90% restantes;
- evidenciamos nossa disposição de contribuir para a expansão do Reino de Deus na terra.

EXPERIÊNCIAS QUE AMADURECERAM JACÓ

1.      Vivendo entre duas pátrias

O segundo período da vida de Jacó diz respeito a fase em que ele morou com Labão, em Padã-Arã, uma planície nos ar­redores de Arã (Turquia). O fato de ele haver usurpado a bênção de seu irmão fez com que Esaú nutrisse ódio por ele. Rebeca, a mãe dos dois, decidiu orientar Jacó a fugir de casa e a dirigir-se para a terra de seus paren­tes, em Harã (Gn 27.42-45).

2.      Na casa de seu sogro

Jacó foi muito amável quando se encontrou com os pastores de seu futuro sogro. Ele amou Ra­quel desde o primeiro instante. Labão, pai de Raquel, recebeu-o amigavelmente em sua casa e, durante um mês, Jacó foi trata­do como um ilustre visitante. Em seguida, Labão lhe propôs um salário como recompensa pelo seu trabalho (Gn 29.1-15).

2.1    As filhas de Labão

Jacó trabalhou sete anos para que Raquel lhe fosse dada a ele como esposa. Contudo, depois de todo esse tempo de trabalho, Labão enganou Jacó entregan­do-lhe sua filha mais velha. Leia, como esposa. Porém, tal era o amor de Jacó por Raquel que ele decidiu trabalhar mais sete anos por ela (Gn 29.18-30).

2.2    A perseverança de Jacó no trabalho

Jacó nos deixou o exemplo da importância da perseve­rança no trabalho que realiza­mos. A Igreja não pode ser um lugar de ociosos. A Palavra de Deus recomenda exaustivamen­te que as pessoas sejam traba­lhadoras diligentes, a fim de se­rem abençoadas e ajudadas por Deus (2 Ts 3.10-12; Pv 6.6).

A Bíblia menciona que Deus abençoou Jacó poderosamente enquanto ele esteve na terra de seu sogro. Ele permaneceu nela até o tempo de retornar à Terra da Promessa.

No caminha de volta, ao passar pelo vau de Jaboque, Jacó se encontrou com um Anjo. Foi uma noite marcante para aquele que, ao romper da alva, teve seu nome definitivamente mudado para Israel (Gn 32.24-30).

3.      A paternidade milagrosa

O Senhor havia fechado a madre de Raquel, abrindo-a no seu devido tempo (Gn 30.22). Ela deu a Jacó dois dos seus 12 filhos: José (o preferido de seu pai) e Benjamim.

JACÓ E SEUS NOVOS ENCONTROS COM DEUS

O relacionamento de Jacó com Labão parece ter se dete­riorado aos poucos, passando a ser profundamente inviável. De­pois de alguns anos, o patriarca desejou partir.

A Bíblia confere muita im­portância ao significado do nome de uma pessoa. Nos re­gistros bíblicos. Deus mudou o nome de alguns de seus ser­vos. Uma vez que o Senhor mu­dou o nome de Jacó para Israel, os judeus não se chamam jacobitas, mas israelitas.

FIM DA VIDA DE ISRAEL

Jacó retornou a Betel por ordem de Deus (Gn 35). A mu­dança de seu nome foi confir­mada e, um pouco mais tarde, já em sua velhice, ele viajou para o Egito (Gn 46.6).

Deus permitiu a Jacó viver o suficiente para contemplar seu filho José no exercício da alta li­derança administrativa do Egito. Ele presenciou aquilo que José havia sonhado antes de ser ven­dido como escravo por seus ir­mãos, pois Deus é absolutamen­te fiel (Dt 7.9).

CONCLUINDO

No Antigo Testamento, Deus se apresentava como Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. No simbolismo mais específico, Abraão é uma figura do Pai, pois esteve pronto para sacrificar seu próprio filho. Isaque é uma figura de Jesus, por haver sido chama­do de filho da promessa. A vida de Jacó aponta para o Espírito Santo, aquele que trabalha com paciência e determinação na vida do homem, até que este experi­mente a genuína transformação espiritual.

Jacó nasceu como suplantador, mas morreu como Isra­el, príncipe com Deus. Pode­mos resumir sua vida em uma simples frase: nasceu lutando, viveu suplantando e morreu adorando.

Bendito seja, pois, para sem­pre, o Deus de Jacó.

Bibliografia G. Gomes


Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: JACÓ – Editora Betel - 1º Trimestre 2012 – Lição 02, EBD. - Areia Branca



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