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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A plenitude do Reino de Deus

“Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará” (Is 11.1).

Na consumação de todas as coisas, Deus estabelecerá plenamente o seu Reino e o entregará como herança aos que tiverem recebido a Jesus Cristo como o seu Salvador.

Nesta última lição, estudaremos a esperança, a realidade e a manifestação final do Reino de Deus. O seu pleno estabelecimento é a esperança que move a Igreja de Cristo. Em sua propagação universal, muitos santos deram sua vida, mas não tiveram o privilégio de vê-lo estabelecido em sua plenitude. No entanto, aguardam eles a bendita esperança de um dia não somente contemplá-lo, mas também de nele entrar.

Durante o estudo deste trimestre apresentamos o propósito de Deus para com a Igreja. Agora, portanto, com o olhar voltado para o porvir, vivamos como autênticos representantes do Reino de Deus na terra.

A PLENITUDE DO REINO: UMA BENDITA ESPERANÇA

O Deus da esperança. No Éden, Adão e Eva cumpriam a função de mordomos da criação. Eles cuidavam e lavravam a terra mediante uma intensa comunhão com Deus (Gn 3.1-7). Comunhão essa que, infelizmente, foi interrompida em consequência do pecado. Todavia, as Escrituras revelam-nos um Deus disposto a remover o pecado através de seu Filho (Jo 3.16). O meigo Nazareno é a resposta do Pai para o mundo (1 Tm 2.4). O Deus Eterno “habitou entre nós” e pelo seu sangue vertido na cruz, trouxe-nos a esperança de um novo e extraordinário futuro (Jo 1.14; 1 Tm 1.16; Mt 25.34).

Em Cristo, temos esperança. A graça de Deus manifestou-se ao mundo e trouxe-nos salvação mediante Jesus Cristo, a “principal pedra da esquina” (Ef 2.20). A graça divina encoraja-nos a renunciar toda impiedade do “presente século” e a viver uma vida justa, sóbria e piedosa no Senhor (Tt 2.11,12). Em nossa peregrinação, Deus nos convoca a cultivar a “bem-aventurada esperança” na manifestação gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo (Tt 2.13). Um dia o veremos na sua vinda. E o seu Reino será glorioso e definitivamente estabelecido sobre a terra, onde “todo joelho se dobrará [...] e toda língua confessará a Deus” (Rm 14.11).

A esperança do Reino para a Igreja. O mundo perece na imoralidade, corrupção e violência. As pessoas andam segundo os seus próprios desejos e não mais se preocupam com os valores morais e éticos. Não obstante, há um povo que pode — e deve — fazer uma significativa diferença: a Igreja do Senhor. Esta deve expressar os valores do Reino de Deus neste mundo e, numa perspectiva escatológica, viver antecipadamente a realidade do Reino (Mt 5.20).

O REINO DE DEUS: UMA SUBLIME REALIDADE

Nas Escrituras. O Reino de Deus é o assunto central do Antigo Testamento. Em Abraão, o Senhor separou um povo para si, objetivando cumprir o propósito soberano de fazer-se conhecido entre as nações (Dt 4.32,34). No período veterotestamentário, a nação de Israel é a testemunha do reinado divino. Em o Novo Testamento, das muitas parábolas que Jesus ensinou, grande parte delas refere-se diretamente ao Reino de Deus (Mt 13; Mc 4; Lc 8; 13). Este é anunciado como uma realidade invisível, mas presente na terra (Lc 17.20,21; Rm 14.17). As Escrituras ensinam que o reino divino, embora não consumado, está presente no mundo através do poder do Espírito Santo na Igreja (Mt 13.18-23).

No presente. Jesus Cristo efetiva o estabelecimento do Reino de Deus no mundo, pois através dEle, Deus fez-se “carne” e habitou entre nós (Jo 1.14). A sua Igreja, como parte desse mesmo Reino, não proclama a si própria nem é um fim em si mesma, mas apresenta o Senhor do Reino ao mundo todo. Dessa forma, propõe uma transformação radical do ser humano, que gera abundante vida através do Espírito Santo. Eis porque proclamamos ousadamente o Evangelho do Reino até aos confins da terra.

No futuro. O Reino de Deus será espiritual e universalmente pleno. O Antigo Testamento revela essa verdade em muitas profecias. A partir de Jerusalém, o Messias reinará sobre toda a terra (Sl 72; 89.20-29; 110; Is 11.1-9; 65.17-66.24; Zc 14.9-11). Esse é o tempo escatológico de que falou o profeta Daniel (Dn 7.13,14,18,27). Nesse período, será restabelecida a perfeita comunhão da humanidade com Deus. E o Senhor Jesus reinará eternamente com justiça (1 Co 15.24-28; Ap 11.15; 2 Pe 3.10-13).

A CONSUMAÇÃO FINAL DO REINO DE DEUS

1. Aguarda a sua efetivação. O Reino de Deus ainda não foi estabelecido “com poder e grande glória” (Mt 24.30). Isto somente terá início na segunda vinda de Jesus (Mt 25.31-34). No entanto, entre o primeiro e o segundo adventos de Cristo, o Reino de Deus já terá chegado até aos confins da terra através do Evangelho. Ele expande-se por meio dos que recebem a Jesus como Salvador. Este é o tempo da Igreja de Cristo como a agência proclamadora do Reino de Deus neste mundo (Jo 13.35).

2. No Milênio. Os profetas vaticinaram que o reino messiânico é de justiça, paz e santidade (Sl 89.36,37; Is 11.1-9; Dn 7.13,14). Pelo fato de este ter a duração de mil anos, nós o denominamos de “milênio” (Ap 20.4-6). Neste tempo, a Igreja reinará juntamente com Cristo sobre as nações (2 Tm 2.12; Ap 2.26,27; 20.4). Após o período milenial, o reino eterno de Deus será plenamente estabelecido na nova terra e no novo céu (Ap 21.1-4; 22.3-5), cujo centro será a Cidade Santa — a Nova Jerusalém (Ap 21.9-11). Nela, os redimidos da Antiga e da Nova Alianças (Ap 21.12,14) habitarão em glória e felicidade eternas. A bênção maior é que todos “verão o seu rosto” (Ap 22.4), então Deus será “tudo em todos” (1 Co 15.28) por toda a eternidade. Esta é a verdadeira vida eterna e, nós, a Igreja de Deus, teremos o privilégio de sermos participantes desta mui rica promessa.

3. Serão novas todas as coisas. A consumação final do Reino de Deus é o estado de eternidade, ou perfeito estado eterno. A Bíblia revela o poder transformador de Deus para este período: “E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21.5a). A palavra “fazer” nesta porção bíblica, segundo o teólogo pentecostal Stanley Horton, é usada para descrever um ato criativo de Deus. Segundo Horton, “o que se fala aqui é de uma nova, uma recente criação”. Portanto, a consumação final do Reino de Deus implica uma total renovação de toda a criação, que outrora gemia e tinha dores de parto, aguardando a manifestação gloriosa deste governo (Rm 8.19-21). É tempo de vivermos com mais intensidade a esperança da plenitude do Reino Eterno de Deus!

O Reino de Deus em sua plenitude significa também a derrota total do Diabo e de todas as hostes espirituais da maldade (Mt 25.41). No entanto, a glória final dos justos (Mt 13.43) e a nossa perfeita comunhão com Deus (Lc 13.28,29) estão garantidas. Somos os filhos do Reino, pois fomos salvos em Cristo e nEle perseveraremos até ao fim (Mt 13.38). Portanto, convocamos todos os crentes em Jesus a levarem a sério sua missão e a cumprirem, de fato, o compromisso de serem verdadeiros agentes transformadores da sociedade por intermédio do Evangelho. Reajamos, pois, contra todas as obras opostas aos valores do Reino de Deus. Glorifiquemos ao Senhor pelo o que somos, dizemos e fazemos. Amém!

“Em Jesus Cristo, vemos o testemunho mais fundamental do Reino de Deus. Este estava personificado em Jesus, conforme vemos no seu ministério e milagres. Sua vida, morte e ressurreição garantem-nos que, quando Ele vier de novo, esmagará a soberba que tem destruído a harmonia entre as nações bem como entre as pessoas. Em Jesus, vemos o poder de Deus que um dia neutralizará o governo humano e encherá o mundo com um reino de Justiça. O reino, ou governo de Deus, através da vida e ministério de Jesus revelou poder para destruir o domínio sufocante que o pecado tem sobre a humanidade. Essa é a base da missão global da Igreja na era presente.

A proclamação feita por Jesus das boas-novas do Reino deve ser entendida em termos da aliança com Abraão, cujas condições declaravam o propósito de Deus: abençoar a todos os povos da terra (Gn 12.3). Jesus não deixou dúvidas quanto ao Reino de Deus já ter entrado na História, embora sua derradeira consumação ainda esteja no futuro (Mt 24.14). Porque esse reino já está manifestado à destra do trono do Pai, onde Jesus está agora exaltado, e intercede por nós (At 2.33,34; Ef 1.20-22; Hb 7.25; 1 Jo 2.1) e de onde ‘tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis’ (At 2.33), a Igreja pode avançar com confiança” (HORTON, S. M. Teologia Sistemática. 1.ed., RJ: CPAD.1996, pp.582,583).

Clique aqui para ler a lição na íntegra

Clique aqui para ler a lição Resumida



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