Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2 Tm 2.15)
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domingo, 2 de maio de 2010
O Poder da Intercessão
Introdução
I. O que é Intercessão
II. Jeremias intercede por Judá
III. Por que devemos interceder
Conclusão
A compreensão do conceito bíblico e a importância da Intercessão fundamentada na comunhão, são requisitos necessários para revigorar a nossa vida de oração e contemplar a intervenção de Deus nos acontecimentos das atividades humanas. O subsídio de hoje visa tratar exatamente sobres esses dois temas: o conceito bíblico de intercessão e a comunhão como base da intercessão.
Conceito Bíblico de Intercessão
O dicionário bíblico Wycliffe define o significado de intercessão no A.T.:[1]
“A palavra heb. para interceder (paga‘) originalmente significava ‘incidir sobre’, e desse modo veio a significar ‘atacar alguém com pedidos’. Quando tal ataque era feito em favor de outros, esta atitude era chamada de intercessão”.
Robert Brandt e Zenas Bicket concordam com essa definição:[2]
“O vocábulo hebraico paga‘ significa ‘encontrar-se’, ‘pôr pressão sobre’ e, finalmente ‘pleitear’.
No Novo Testamento a palavra grega entygchano significa “apelar”, “pleitear”, “pedir”, “fazer intercessão”, “orar”. Os textos abaixo denotam as formas verbais e substantivas que o termo aparece:
Rm 8.27,34: “E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos”; “Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está a direita de Deus, e também intercede por nós”.
1Tm 2.1: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens,”.
Note, professor, que todas as definições descritas acima enfatizam um contexto de ações espontâneas, voluntárias, permanentes e altruístas, conforme, as seguintes ilustrações:
· Gn 18-23 – A súplica sincera de Abraão por Sodoma e Gomorra;
· Êx 32.31,32 – A oração sincera e um espírito disposto de Moisés depois da idolatria praticada pelo o povo de Israel;
· 1Rs 18.36,37 – A oração intercessória de Elias no Monte Carmelo;
· Rm 8.34; Hb 7.25 – Cristo é retratado como um sacerdote que se aproxima sempre de Deus para interceder pelo o seu povo. Nesse caso o seu ministério tem dois aspectos, o de advogado que está pronto para exercer a nossa defesa (1Jo 2.1,2) e a sua obra preventiva de nos livrar do mal (Jo 17.15). Essa obra de livramento também é ilustrada no diálogo com Pedro, no qual o Senhor lhe diz: “Mas eu roguei por ti , para que a tua fé não desfaleça” (Lc 22.32);
· Rm 8.26 – A intercessão do Espírito Santo em favor do crente com gemidos inexpremíveis é sentida no momento em que o crente sente sua esperança desfalecer dentro de si, então, um gemido elevado, santo, e mais intenso do que qualquer voz, sai do seu coração renovado, é pronunciado dentro dele, vindo de Deus e indo para Deus a fim de aliviar o coração abatido;
· 1Tm 2.1-4 – A obra de intercessão dos crentes é em favor de todos os homens, com o propósito que todos possam chegar a verdade da salvação em Cristo. Nesse sentido todos os crentes são verdadeiros sacerdotes de Deus [sacerdócio real] (1Pe 2.9).
A comunhão como base da Intercessão
A intercessão na vida do povo de Deus está numa relação de confiança e na prática do amor mútuo na comunhão exercida no seio da igreja. O “orar uns pelos outros” só é possível na comunhão. Observe que o versículo 16 do capítulo 5 de Tiago antecipa o “orar uns pelos outros” por “confessai vossas culpas uns aos outros”. Nesse aspecto só é possível viver essa realidade de confissão quando há uma profunda vivência na Comunhão da comunidade. A vida em comunidade resultará na preocupação espontânea, voluntária e inocente mediante a intercessão pelas vidas de cada irmão e irmã que convivem em comunhão.
Sem comunhão não há intercessão verdadeira. A intercessão desprovida do Amor, do profundo sentimento altruísta e da comunhão sincera, torna-se um meio de conservar o status quo desprovido de qualquer sensibilidade e compromisso cristão com o próximo.
Prezado professor, neste domingo incentive, anime e ajude os seus alunos a cultivarem uma “vida em comunhão”, enfatizando que na vivência da comunhão a intercessão é um serviço essencial no meio do povo de Deus. No final da aula faça um momento de intercessão. Baseados no amor orem uns pelos outros. Ore pelo bairro, pela família, pelo o Estado, pelo país, pelas autoridades, pela liderança eclesiástica, pelos missionários, pela igreja perseguida e ore pelas igrejas espalhadas pela face da terra.
As causas de orações são grandes, porém, incentive os alunos a serem verdadeiros intercessores, enfatizando que mediante esse exercício, Deus pode intervir em qualquer aspecto da atividade humana. Boa Aula!
Reflexão: “Porque desde antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera” (Is 64.4).
Referência Bibliográfica
Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD.
BRANDT,Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD.
[1] Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, p. 978
[2] BRANDT,Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, p. 29.
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