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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos

4º Trimestre de 2011

Título: Neemias — Integridade e coragem em tempos de crise
Comentarista: Elinaldo Renovato

Lição 9: A organização do serviço religioso
Data: 27 de Novembro de 2011

TEXTO ÁUREO

“E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe” (Ne 12.43).

VERDADE PRÁTICA

Nosso serviço em prol do Reino de Deus somente terá validade se o dedicarmos ao Senhor em adoração e louvor.

HINOS SUGERIDOS

124, 115, 176.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Cl 3.15
Sendo agradecidos

Terça - Lc 17.15-19
Um homem agradecido

Quarta - 1 Pe 5.3
Servindo de exemplo ao rebanho

Quinta - Hb 13.15
Sacrifício de louvor a Deus

Sexta - Et 9.22
Tristeza transformada em alegria

Sábado - Is 30.29
Festa santa dos fiéis

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 12.27-31,43.

27 - E, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas.

28 - E se ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias de Netofa,

29 - como também da casa de Gilgal e dos campos de Gibeá e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém.

30 - E purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, e as portas, e o muro.

31 - Então, fiz subir os príncipes de Judá sobre o muro e ordenei dois grandes coros e procissões, sendo um à mão direita sobre o muro da banda da Porta do Monturo.

43 - E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.

INTERAÇÃO

Caro professor, os descendentes da tribo de Levi eram os responsáveis pela adoração a Deus e, por este motivo, suas vidas deveriam ser ilibadas. Hoje não pode ser diferente: homens e mulheres que servem na Casa do Senhor devem manter suas vidas ilibadas, suas ações devem ser dirigidas pela Palavra de Deus. Tomemos, pois, o exemplo de Neemias e Esdras, homens que serviam e cultuavam a Deus reverentemente. O Culto ao Senhor precisa ser organizado e santo, não se pode fazer dele um espetáculo, cujos líderes ou dirigentes se portem como “animadores de auditório”.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

    Conscientizar-se de que os obreiros da Casa do Senhor devem ser santos e irrepreensíveis.
    Saber que o culto divino deve ser conduzido com reverência.
    Compreender que Deus não mais aceita sacrifícios de animais.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, sugerimos que você utilize o quadro abaixo para ajudar os alunos a conhecer e compreender as funções dos obreiros da Casa do Senhor no Antigo Testamento. Ressalte que todo aquele que deseja servir na Casa de Deus precisa ter uma vida santa e obedecer as Sagradas Escrituras.

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave
Organização: Ordenação das partes de um todo; arrumação.

Na lição de hoje, veremos que Neemias não somente restaurou os muros e as portas de Jerusalém, como restabeleceu o ministério levítico. Assim, puderam os sacerdotes reiniciar suas atividades na festa de dedicação dos muros. A celebração foi marcada pela alegria, louvor e cânticos em ações de graças ao Senhor (Ne 12.24,27). Em sua infinita misericórdia, Deus transformou em regozijo o lamento de seu povo.

I. OS SACERDOTES QUE VIERAM PARA JERUSALÉM COM ZOROBABEL

1. Os que vieram com Zorobabel. O capítulo 12 do livro de Neemias tem início com uma relação dos sacerdotes que vieram a Jerusalém juntamente com Zorobabel. Como se sabe, foi esse abnegado servo de Deus quem liderou o primeiro grupo de exilados judeus que, autorizados por Ciro, o Grande, deixou a Babilônia rumo à Cidade Santa. Zorobabel incentivou a reconstrução do Templo e restabeleceu a adoração a Deus. Sem tais ações, a restauração de Jerusalém seria impossível. Observe: só foram admitidos como ministros do altar os que puderam comprovar a sua ascendência levítica. Isso nos ensina que o ministério cristão deve ser exercido por aqueles que realmente foram chamados por Deus.

2. O ministério sacerdotal. Descendentes de Levi, tinham os sacerdotes como missão representar o povo diante de Deus. Deveriam eles, portanto, ser santos e irrepreensíveis diante de Deus e dos homens (Lv 21.16-21). Todo sacerdote era levita, mas nem todo levita era sacerdote. Várias eram as suas funções: tornar possível a mediação entre o povo e Deus, fazer a expiação pelos pecados da nação, ensinar a Lei de Deus, queimar incenso e cuidar do castiçal e da mesa dos pães da proposição (Lv 10.11; Ez 44.23). Como está o nosso serviço cristão? Temos zelado por nossa chamada?

3. O ministério dos levitas. Somente os levitas estavam autorizados por Deus a trabalhar no Tabernáculo. Eles tinham como função primordial ensinar a Palavra de Deus e como se deve adorá-lo (Dt 33.10). Exímios músicos que eram, eles requeriam que o seu ministério fosse plenamente restaurado, a fim de participarem do culto de dedicação dos muros de Jerusalém. Consciente dessa urgência, Neemias restabeleceu-os de imediato em suas várias funções. Senhor, ajuda-nos a ser mais zelosos para com as coisas que nos confiaste.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Eram os descendentes de Levi os responsáveis pelos cultos de adoração a Deus. Somente os levitas estavam autorizados pelo Senhor a servir no Tabernáculo.

II. A DEDICAÇÃO DOS MUROS

1. A participação dos levitas. “E, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas” (Ne 12.27). Era imprescindível a presença dos levitas na realização dos sacrifícios e na condução do culto ao Senhor. Afinal, eles eram os responsáveis pela adoração divina. O que aprendemos nesse ponto? Os obreiros têm hoje uma grande responsabilidade diante de Deus: levar o povo a adorá-lo na beleza de sua santidade.

2. A participação dos cantores. “E se ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias de Netofa, como também da casa de Gilgal e dos campos de Gibeá e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém” (Ne 12.28,29). Na dedicação dos muros de Jerusalém, fazia-se obrigatória a apresentação de cânticos de adoração e louvor a Deus.

Por isso, Neemias reuniu os 148 cantores que descendiam de Asafe (Ne 7.44) e mais 245 que procediam de outras famílias levíticas (Ne 7.67), para que bendissessem ao Senhor. Que importância damos à verdadeira música sacra no culto divino? Que as nossas orquestras e corais sejam assíduos na adoração a Deus.

3. A purificação dos sacerdotes e do povo. “E purificaram-se os sacerdotes e os levitas” (Ne 12.30). Como os filhos de Levi estavam à frente das solenidades da dedicação dos muros de Jerusalém, requeria-se fossem eles um exemplo de pureza e santidade. Caso contrário, como poderiam eles purificar o povo? Mas, como agiam fielmente, os levitas purificaram os demais judeus para que ninguém ficasse de fora daquela ocasião tão especial (Ne 12.30b).

Que ninguém se esqueça da ordenação divina: “Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa convém a santidade, SENHOR, para todo o sempre” (Sl 93.5 — ARA). De que valem as circunstâncias e pompas do culto se os adoradores acham-se distantes de Deus e comprometidos com o mundo? Não agia assim o Israel do Antigo Testamento? Ouçamos o que diz o Senhor por intermédio de Isaías: “[...] Este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13 — ARA).

É urgente, pois, que adoremos a Deus não apenas com os lábios, mas principalmente com o coração. É também chegado o momento de se ensinar aos crentes o valor e a atualidade da doutrina da santificação; sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). É da vontade de Deus, pois, que todos os seus adoradores sejam santos (1 Ts 4.3).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os levitas foram responsáveis pela solenidade da dedicação dos muros de Jerusalém.

III. CELEBRANDO A DEUS PELA VITÓRIA

1. A festa de dedicação. Neemias organizou cuidadosamente o cerimonial da festa de dedicação dos muros de Jerusalém que, tendo em vista as provações a que os judeus haviam sido submetidos, revestia-se de especial importância e significado. Era preciso, pois, que o acontecimento fosse marcado por uma sincera e profunda devoção ao Senhor.

Neemias, então, determinou que fossem organizados dois grandes cortejos, dos quais participariam os levitas, os cantores e os príncipes de Judá (Ne 12.27-43). Um cortejo foi liderado por Esdras; o outro, por Neemias. Os grupos, embora caminhassem em direções opostas, encontrar-se-iam no Santo Templo. Ali, finalmente, foi realizado o grande culto em ação de graças a Deus. Como estamos adorando a Deus? Damos-lhe a devida honra?

2. Uma liturgia santa. Neemias teve o cuidado de elaborar uma liturgia ordeira e santa, pois a Palavra de Deus ensina-nos que o culto deve ser conduzido reverentemente. O salmista adverte-nos: “Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra” (Sl 96.9). Você tem cultuado a Deus da forma que Ele requer e merece? Não podemos nos achegar à presença do Senhor de qualquer maneira. Ele é santo e exige santidade do seu povo. Não podemos transformar o culto divino num espetáculo deprimente.

3. Os sacrifícios (v.43). Naquele dia, foram oferecidos muitos sacrifícios a Deus. Os israelitas reconheceram os benefícios do Senhor e demonstraram o desejo de adorá-lo em santidade e pureza. Na Nova Aliança, não precisamos mais oferecer sacrifícios de animais ao Senhor. Todavia, devemos apresentar-nos a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável que é o nosso culto racional (Rm 12.1). Dediquemos-lhe, pois, incondicionalmente nossa vida por tudo que Ele é e tem feito por nós.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O povo de Israel adorou e bendisse o nome do Senhor na festa de dedicação dos muros.

CONCLUSÃO

Ensina-nos a vida de Neemias que devemos ser gratos a Deus por todas as bênçãos que dEle temos recebido. Assim como fez Neemias, cultuemos ao Senhor reverentemente. O culto e a adoração a Deus não podem ser feitos de qualquer maneira. Que o nosso culto, por conseguinte, seja dirigido com decência e ordem (1 Co 14.40).

VOCABULÁRIO

Abnegado: Despreendido; devotado.
Cortejo: Procissão, acompanhamento.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

COELHO, N. D. Manual do Líder de Louvor. 1.ed., RJ: CPAD, 2008.
MAIA, M. K. O Caminho do Adorador. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.

EXERCÍCIOS

1. Quem liderou o primeiro grupo de exilados judeus que voltou para Jerusalém?
R. Zorobabel foi quem liderou o primeiro grupo de exilados que voltou para Jerusalém.

2. Quem estava autorizado por Deus para trabalhar no Tabernáculo?
R. Somente os levitas estavam autorizados por Deus para trabalhar no Tabernáculo.

3. Onde era indispensável a presença dos levitas? Por quê?
R. A presença dos levitas era indispensável na realização dos sacrifícios e na condução do Culto ao Senhor.

4. O que a Palavra de Deus ensina sobre o culto?
R. A Palavra de Deus ensina que o culto a Deus deve ser conduzido reverentemente.

5. O que o culto divino representa na sua vida?
R. Resposta Pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Devocional

“Adorar a Deus significa Reservar tanto o sentido como a própria verbalização do verbo adorar somente ao Pai Celestial. Entender que nenhum dicionarista do mundo em tempo algum poderia expressar em palavras o quanto o Senhor deve ser estimado, venerado e amado, e que adorar é a maior expressão de nossa língua, onde podemos encerrar sentimentos de amor vivo, puro e incondicional por um ser. Deus está acima de todos os seres que conhecemos. Portanto, utilizemos esse verbo exclusivamente para o Senhor. Adorar supera amar. Amamos por decisão quem conhecemos, quem um dia vai nos deixar, quem um dia deixaremos. Todavia, adorar só cabe, através da fé, a quem nunca vimos, a quem nunca vai nos deixar, a quem nunca pretendemos deixar. Somente com Deus isso é possível, porque Deus:

   •    Promete estar conosco todos os dias (Mt 28.20);
   •    É o Criador de tudo (Ap 14.7; Sl 19.1);
   •    É soberano (Sl 95.1-13);
   •    É Santo (Sl 29.2);
   •    É provedor da nossa salvação (Gn 22.8);
   •    É Pai amoroso (Jo 3.16);
   •    É Justo Juiz (Jz 11.27; Sl 75.7);
   •    É Fiel (1 Co 1.9; 10.13);
   •    É Digno (Ap 4.11)”.

(COELHO, N. D. Manual do Líder de Louvor. 1.ed., RJ: CPAD, 2008, pp.134-5).





terça-feira, 15 de novembro de 2011

Lição 8: O compromisso com a Palavra de Deus

Título: Neemias — Integridade e coragem em tempos de crise
Comentarista: Elinaldo Renovato

Lição 8: O compromisso com a Palavra de Deus
Data: 20 de Novembro de 2011

TEXTO ÁUREO

“Firmemente aderiram [...] de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos” (Ne 10.29).

VERDADE PRÁTICA

O compromisso com a Bíblia é o requisito imprescindível para a Igreja de Cristo seguir vitoriosa.

HINOS SUGERIDOS
77, 126, 75.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Co 9.7
Contribuindo com alegria

Terça - Gn 2.18-25
A formação da primeira família

Quarta - Sl 122.1
Alegria em ir à Casa do Senhor

Quinta - Gn 9.8-17
Juramento de Deus

Sexta - 2 Co 6.14
Jugo desigual: um perigo para o crente

Sábado - Mt 23.23
Não desprezais o juízo, a misericórdia e a fé

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 10.28-33.

28 - E o resto do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os netineus e todos os que se tinham separado dos povos das terras para a Lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os sábios e os que tinham capacidade para entender

29 - firmemente aderiram a seus irmãos, os mais nobres de entre eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos;

30 - e que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos;

31 - e de que, trazendo os povos da terra no dia de sábado algumas fazendas e qualquer grão para venderem, nada tomaríamos deles no sábado, nem no dia santificado; e livre deixaríamos o ano sétimo e toda e qualquer cobrança.

32 - Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo, para o ministério da Casa do nosso Deus;

33 - para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, e para as festas solenes, e para as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, para reconciliar a Israel, e para toda a obra da Casa do nosso Deus.

INTERAÇÃO

Ao aceitarmos a Cristo como o nosso Senhor e Salvador, comprometemo-nos diretamente em seguir seus ensinamentos, pois não há possibilidade alguma de dizermos que somos seus seguidores sem vivê-los. Israel descobriu, após muito sofrimento, que se tivesse guardado a Lei, o povo não terminaria no cativeiro, as cidades não teriam sido devastadas e os muros não necessitariam de reconstrução. Quando pautamos nossa vida nas Sagradas Escrituras, naturalmente passamos a ter comunhão com o Senhor e a sua boa mão permanece sobre nós.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

* Compreender que a Bíblia é o guia para que tenhamos uma vida vitoriosa e abundante.
* Conscientizar-se de que o crente não pode se casar com idólatras.
* Estabelecer um dia da semana para adorar ao Senhor.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, converse com seus alunos explicando que o avivamento experimentado pelo povo de Deus, fez com que os israelitas assumissem um compromisso de obedecer ao Senhor e à sua Palavra. Enfatize o fato de que eles assumiram esse compromisso publicamente. Todos afirmaram que tomariam as seguintes atitudes:

1. Servir a Deus e sua Palavra com inteireza de coração (Ne 10.29);
2. Como povo santo, manter-se separado do mundo (Ne 10.30,31);
3. Sustentariam a obra do Senhor com seus dízimos e ofertas voluntárias (Ne 10.32-39).

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Compromisso: Obrigação assumida por uma ou diversas partes; comprometimento.

Neste domingo, estudaremos as marcas indeléveis que o avivamento de Jerusalém deixou na vida cotidiana dos israelitas. Sob a liderança de Neemias, o povo, seguindo o exemplo de seus líderes, assumiu o compromisso de observar integralmente a Lei de Deus.

É urgente romper com o estilo de vida deste presente século e assumir, com temor e tremor, o que nos prescreve o Livro dos livros.

I. OBEDECENDO A PALAVRA DE DEUS

1. Um concerto com Deus. Após a restauração dos muros de Jerusalém, os judeus experimentaram um genuíno e profundo avivamento, levando-os a firmar o solene compromisso de obedecer rigorosamente a Palavra de Deus: “E, com tudo isso, fizemos um firme concerto e o escrevemos” (Ne 9.38).

2. Os líderes como exemplo (Ne 10.28-29). Nesse concerto, os líderes judaicos portaram-se exemplarmente e foram admirados pelo povo. Quando o obreiro age com fidelidade e amor, todos o seguem com alegria e obedecem, com júbilo, o que Deus nos ordena em sua Palavra. Liderança é, acima de tudo, caráter e exemplo (1 Pe 5.1-3).

Sem tais quesitos, os resultados são deploráveis.

3. A instrução das Escrituras. O progresso da família, da igreja ou da nação depende fundamentalmente da observância da Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada é o guia seguro e infalível que nos conduz a uma vida vitoriosa e abundante. Tem você observado fielmente as Sagradas Escrituras?

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Como fruto da leitura e entendimento da Lei os judeus experimentaram um verdadeiro avivamento e firmaram um compromisso de obedecer a Palavra de Deus.

II. UM POVO SEPARADO

1. A união reprovada por Deus. Ao tirar Israel do Egito, ordenou-lhe Deus, de modo claro e veemente, que não se misturasse com outros povos: “Guarda-te que não faças concerto com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se após os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam após os seus deuses” (Êx 34.12,16). Esse preceito é repetido em outros textos sagrados (Dt 7.3; Ed 9.12,14). Os israelitas, porém, distanciando-se de Deus, fizeram justamente o contrário: uniram-se às mulheres pagãs. E o resultado não poderia ser mais desastroso. Mas agora, avivados pela Palavra de Deus, comprometeram-se a não mais se misturar com os idólatras através do casamento (Ne 10.30).

2. A dolorosa separação. Antes de Neemias, Esdras já havia conclamado o povo a não se misturar com os gentios: “Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos, e suas filhas não tomareis para vossos filhos” (Ed 9.12,14). Apesar desta ordenação, os judeus mesclaram-se com os pagãos através de casamentos ilícitos. Tais uniões tiveram de ser desfeitas. Foi uma medida traumática, mas necessária (Ne 10.28).

3. O jugo desigual. Não são poucos os que, atualmente, namoram e até se casam com pessoas alheias à verdadeira fé cristã, contrariando, assim, a admoestação bíblica: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas” (2 Co 6.14). Jovem, cuidado. É melhor obedecer agora do que sofrer mais tarde. Espere no Senhor. Obedeça aos seus pais. Consulte o seu pastor.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O povo é conclamado a desfazer as uniões com os pagãos, pois Deus não aprova casamentos entre crentes e descrentes.

III. O CUIDADO COM O TEMPLO DO SENHOR

1. O Templo. Os israelitas amavam o Santo Templo, pois era o lugar em que adoravam ao Senhor. Por causa disso, comprometeram-se a ofertar, voluntária e regularmente, os “dízimos da terra” para a manutenção do culto divino (Ne 10.32-38). Para os israelitas, servir a Deus naquele santuário era um ato de indizível ventura. Infelizmente, muitos já não sentem alegria de estar na casa de Deus. A Bíblia, porém, exorta-nos a que não deixemos “a nossa congregação, como é costume de alguns” (Hb 10.25). Você se lembra do que disse o salmista enquanto se encaminhava ao santuário divino: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor” (Sl 122.1).

2. O dia de adoração. No Antigo Testamento, os judeus santificavam o sábado como o dia de adoração ao Senhor. Uns vendilhões e mercadores, porém, desprezando a lei divina, expunham suas mercadorias, nos portais de Jerusalém, exatamente nesse dia. Assim, desviavam os judeus de sua devoção a Deus. A fim de manter a pureza do culto divino, Neemias viu-se obrigado a tomar sérias medidas, proibindo qualquer comércio no dia de culto (Ne 10.31).

Temos nós reservado, pelo menos um dia na semana, para cultuarmos ao Senhor? Sejamos mais assíduos à Escola Dominical, aos cultos de doutrina e aos demais trabalhos da igreja. Que jamais desprezemos o culto divino.

3. A manutenção da Casa do Senhor. “Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo, para o ministério da Casa do nosso Deus; para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, e para as festas solenes, e para as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, para reconciliar a Israel, e para toda a obra da Casa do nosso Deus” (Ne 10.32-34).

Em virtude do concerto estabelecido entre Deus e o seu povo, os judeus, sob a liderança de Neemias, restauraram a contribuição para a manutenção da Casa do Senhor no valor de “um terço de um siclo” – quatro gramas de prata. As ofertas eram trazidas com alegria aos oficiantes do culto. Os crentes verdadeiramente avivados tudo fazem com júbilo, porque desejam agradara Deus em todas as coisas. Como estamos adorando a Deus?

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Após o concerto, os israelitas comprometeram-se a ofertar para a Casa do Senhor e manter a pureza do culto divino.

CONCLUSÃO

Quando o povo de Deus, avivado por sua Palavra, compromete-se com os supremos negócios de seu Reino, a igreja desdobra-se em adoração e serviços, para que o Evangelho chegue aos confins da terra. Os crentes, então, passam a contribuir e a testemunhar com amor e intenso júbilo, porque sabem que “Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7). Sem avivamento não pode haver verdadeira adoração. Aviva, ó Senhor, a tua obra.


VOCABULÁRIO

Jugo: Opressão; sujeição.
Oficiante: Celebrante.
Ventura: Boa Sorte; felicidade.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

PACKER, J. I. Neemias — Paixão Pela Fidelidade. RJ: CPAD, 2010.

EXERCÍCIOS

1. Após a restauração dos muros de Jerusalém, o que os judeus experimentaram?
R. Após a restauração dos muros de Jerusalém, os judeus experimentaram um genuíno e profundo avivamento.

2. Segundo a lição, o que é liderança?
R. Segundo a lição, liderança é caráter e exemplo.

3. Após retirar Israel do Egito, qual a ordenança de Deus para o povo?
R. Após retirar Israel do Egito, Deus ordenou que não se misturassem com os outros povos.

4. Por que os israelitas se comprometeram a ofertar voluntariamente para a manutenção do Templo?
R. Os israelitas se comprometeram a ofertar voluntariamente para a manutenção do Templo, porque eles o amavam e era o lugar de adoração ao Senhor.

5. O que acontece quando o povo de Deus se compromete com os negócios do reino divino?
R. A igreja desdobra-se em adoração e serviços, para que o evangelho chegue até os confins da terra.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

“Além do avivamento iniciado na Porta das Águas, o gesto mais significativo da resposta à graça e à visitação de Deus ainda estava por vir. No vigésimo quarto dia daquele mês, três semanas e meia depois, foi estabelecido um dia nacional de arrependimento e renovação do compromisso. [Os judeus] comprometeram-se a cinco atitudes específicas: primeiro, proibir casamentos mistos tanto para homens como mulheres; segundo, preservar a santidade do sábado; terceiro, proteger os pobres, deixando a terra descansar no sétimo ano (quando, de acordo com Êx 23.11, os pobres poderiam servir-se de qualquer coisa que nela crescesse), e perdoando toda dívida no sétimo ano, de acordo com Deuteronômio 15.1-11; quarto, apresentar no Templo todo o primogênito, tanto dos humanos quanto dos animais, o que significaria pagar um preço pelo primeiro e entregar o segundo (veja Nm 18.14-19); e quinto, fornecer dinheiro (taxa do Templo), lenha e o dízimo para a manutenção do serviço do Templo, ‘assim não desampararíamos a Casa do nosso Deus’ (Ne 10.39; veja vv.30-39). Além da intrínseca importância desses compromissos para uma vida nacional piedosa, eles tinham um claro significado de penhor, garantindo que toda a Lei seria fielmente guardada, e demonstrando a resolução de pôr Deus acima de todas as coisas. Constituíam-se eles numa comovente expressão de fé, esperança e amor” (PACKER, J. I. Neemias — Paixão Pela Fidelidade. RJ: CPAD, 2010, pp.180-81).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico

“O Templo

A principal palavra hebraica para ‘templo’ é hekal, ‘palácio, edifício grande’ (cf. 1 Rs 21.1; Sl 45.8,15; Is 39.7). É uma palavra estrangeira incorporada do acádio ekallu, por sua vez importada do sumério E-GAL, ‘casa grande’. Além de suas referências ao Templo em Jerusalém, a palavra é usada para o santuário de Siló (1 Sm 1.9; 3.3), para a morada de Deus nos céus (2 Sm 22.7; Sl 11.4; 18.6; Is 6.1), e para templos pagãos (Jl 3.5). O termo heb. bayith, ‘casa’, é também frequentemente usado para templo, tanto para o templo de uma divindade pagã (Jz 9.46; 2 Rs 10.21 etc.) como para o Templo de Deus em Jerusalém (1 Rs 6.2-10; 2 Cr 35.20; etc.).

Em contraste com um ‘lugar alto’ (q.v.) ao ar livre, um templo era considerado principalmente a ‘casa’ ou local de morada de uma divindade, e apenas secundariamente um local de adoração. Assim sendo, o santuário mais interno, onde a imagem do deus (ou a arca da aliança do Senhor) era colocada, era geralmente uma pequena sala separada do povo.

Em grego, há 2 termos que significam ‘templo’. O mais genérico é hieron, o local do sacerdote, que se aplicava a todo o complexo do Templo com todos os seus átrios e prédios auxiliares. O mais específico é naos, ‘santuário, templo’, o próprio prédio principal do Templo. O uso bíblico desses termos é principalmente em referência ao santuário nacional dos judeus em Jerusalém, localizado no monte Moriá.

[...] O Segundo Templo

Esse segundo prédio não poderia ser comparado, em esplendor, com o de Salomão, mas ocupava o mesmo local e foi construído, de forma geral, utilizando a mesma planta. Deduz-se de Zacarias 6.9ss. que esse trabalho foi apoiado de forma generosa por aqueles que haviam permanecido na Babilônia.

Esse Templo, às vezes chamado de Templo de Zorobabel de acordo com o Talmude, carecia de cinco itens que havia no Templo de Salomão. Estes eram a arca da aliança, o fogo sagrado para consumir a oferta queimada inicial e os sacrifícios, a glória Shekinah, o Espírito Santo, e o Urim e Tumim. De acordo com Josefo, não havia nada no Santo dos Santos, onde a arca da aliança havia estado. Uma pedra foi colocada ali para uso do sumo sacerdote, mas não havia nenhum móvel. Nessa pedra o sangue da expiação era aspergido no Dia da Expiação, ao invés de no propiciatório da arca, como no Templo anterior” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. RJ: CPAD, 2009, pp.1893,1898).


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domingo, 6 de novembro de 2011

Arrependimento, a base para o concerto

Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos

4º Trimestre de 2011

Título: Neemias — Integridade e coragem em tempos de crise
Comentarista: Elinaldo Renovato

Lição 7: Arrependimento, a base para o concerto
Data: 13 de Novembro de 2011

TEXTO ÁUREO

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).

VERDADE PRÁTICA

Quando o povo de Deus arrepende-se de seus pecados, além de receber o perdão divino, começa a viver uma fase de copiosas bênçãos.

HINOS SUGERIDOS

15, 171, 175.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 3.19
Arrependimento e conversão

Terça - Lc 3.8
Frutos de arrependimento

Quarta - Lc 15.7
Alegria pelo arrependimento

Quinta - 2 Co 7.9
Contristados para o arrependimento

Sexta - Hb 12.7
Arrependimento tardio

Sábado - At 17.30
Arrependimento para todos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 9.1-3,16,33-36.

1 - E, no dia vinte e quatro deste mês, se ajuntaram os filhos de Israel com jejum e com pano de saco e traziam terra sobre si.

2 - E a geração de Israel se apartou de todos os estranhos, e puseram-se em pé e fizeram confissão dos seus pecados e das iniquidades de seus pais.

3 - E, levantando-se no seu posto, leram no livro da Lei do Senhor, seu Deus, uma quarta parte do dia; e, na outra quarta parte, fizeram confissão; e adoraram o Senhor, seu Deus.

16 - Porém eles, nossos pais, se houveram soberbamente, e endureceram a sua cerviz, e não deram ouvidos aos teus mandamentos.

33 - Porém tu és justo em tudo quanto tem vindo sobre nós; porque tu fielmente te houveste, e nós impiamente nos houvemos.

34 - E os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos sacerdotes e os nossos pais não guardaram a tua lei e não deram ouvidos aos teus mandamentos e aos teus testemunhos, que testificaste contra eles.

35 - Porque eles nem no seu reino, nem na muita abundância de bens que lhes deste, nem na terra espaçosa e gorda que puseste diante deles te serviram, nem se converteram de suas más obras.

36 - Eis que hoje somos servos; e até na terra que deste a nossos pais, para comerem o seu fruto e o seu bem, eis que somos servos nela.

INTERAÇÃO

Israel confessou o seu pecado diante de Deus e se arrependeu. O Senhor em sua infinita misericórdia os perdoou e lhes restaurou a sorte. A natureza humana é tendenciosa ao pecado, pois nascemos dele, mas se “confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.9). A fim de sermos restaurados, devemos seguir o exemplo de Israel naquele tempo: arrepender-se, confessar e abandonar a prática do pecado.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

    * Saber que o arrependimento é condição para um genuíno mover de Deus.
    * Conscientizar se que Deus se faz presente em todos os momentos.
    * Confiar na grandeza da misericórdia divina.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para a aula de hoje sugerimos que você reproduza o quadro abaixo e entregue aos alunos. O objetivo é que os eles reconheçam que Deus sempre quis e quer perdoar os nossos pecados. Assevere que o Senhor é misericordioso para conosco. Ele nos espera, pronto para ouvir a nossa confissão e nos perdoar.



COMENTÁRIO
Introdução

Palavra Chave

Arrependimento: Compunção, contrição.

Na lição de hoje, refletiremos sobre o avivamento que o povo israelita experimentou após a reconstrução de Jerusalém. Esse avivamento não se limitou aos cânticos e às celebrações. Mas gerou contrição, confissão de pecados e arrependimento. O Senhor deseja usar a Igreja, a fim de promover um grande despertamento espiritual sobre a nossa nação. Todavia, isso somente acontecerá quando o povo que se chama pelo nome do Senhor, “se humilhar e orar e se converter dos seus maus caminhos” (2 Cr 7.14).

I. OS RESULTADOS DE UM GENUÍNO AVIVAMENTO

1. Arrependimento e confissão de pecados (Ne 9.1). Em Neemias capítulo oito, os judeus, quebrantados com o ensino da Lei de Deus, renovaram o seu o pacto com o Senhor. Eles jejuaram, vestiram-se de “pano de saco”, confessaram seus pecados e arrependeram-se de suas iniquidades. Esse avivamento não foi superficial; seus resultados duradouros são confirmados nas Escrituras (Leia os capítulos 10 a 12 de Neemias).

2. Sinais do verdadeiro arrependimento. Ao se lamentarem, os israelitas não expressaram um mero remorso. A partir de atitudes e gestos, demonstraram um sincero arrependimento, pois vestiram-se de “pano de saco e traziam terra sobre si”. Tais gestos evidenciavam, no Antigo Testamento, profunda humilhação diante de Deus. O uso da terra sobre a cabeça, por exemplo, denotava tristeza pelos pecados cometidos (Jó 2.12; 1 Sm 4.12; Lm 2.10). Hoje, tais gestos não são mais necessários. Todavia, o Senhor continua a requerer, de seus filhos, sincero e profundo arrependimento.

3. Apartaram-se dos povos idólatras (Ne 9.2a). O relacionamento com povos estranhos levara Israel à idolatria, contrariando frontalmente a Lei de Deus (Dt 18.9-12). Por isso, o sacerdote Esdras determinou aos israelitas que despedissem suas mulheres estrangeiras (Ed 10). Vivendo um grande e autêntico avivamento, o povo apartou-se dos costumes pagãos e passou a andar segundo a vontade de Deus. Este é o fruto do despertamento espiritual que vem do Senhor.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Ao viver um autêntico avivamento, o povo de Israel passou a andar segundo a vontade de Deus.

II. A LEI DO SENHOR E REMINISCÊNCIA

1. Valorizando a Lei do Senhor. “E, levantando-se no seu posto, leram no livro da Lei do Senhor, seu Deus, uma quarta parte do dia” (Ne 9.3a). Mais uma vez a Lei do Senhor é exposta. Sua leitura e explicação tomaram a “quarta parte do dia”. Foram exatamente seis horas de ensino da Palavra de Deus. E todos a ouviram atentamente. Ninguém deixou o seu lugar. Tem você se alimentado regularmente da Palavra de Deus?

2. A confissão dos pecados. Igual tempo foi dedicado à confissão de pecados: “Na outra quarta parte [do dia], fizeram confissão; e adoraram o Senhor, seu Deus” (Ne 9.3b). É importante observar que a leitura da Palavra gerou contrição, resultando em confissão de pecados. Assim, o avivamento espiritual não demorou a chegar.

3. Relembrando a história do seu povo. Os judeus passaram a recordar os fatos que marcaram a história da nação (Ne 9.7-9). Desde Abraão, passando pelo êxodo e a peregrinação no deserto, o relato culmina com a posse da Terra Prometida, onde foram eles abençoados em todos os seus empreendimentos. Os levitas enfatizaram, ainda, os atos que envolveram a intervenção direta de Deus na vida de seus antepassados (Ne 9.10). Os seus pecados também são trazidos à tona. Por isso, era necessário e urgente o arrependimento nacional.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A lei de Deus foi lida e explicada ao povo que confessou seus pecados e relembrou a história da nação.

III. A GRANDE MISERICÓRDIA DE DEUS

1. “Deus clemente e misericordioso” (Ne 9.31). Apesar dos muitos pecados cometidos pelos judeus, Deus não os desamparou (Ne 9.31). O Senhor é longânimo e misericordioso (Lm 3.22). E apesar de Israel permanecer na incredulidade, o Senhor continua, ainda hoje, a zelar por ele e a abençoá-lo, levando sempre em conta os termos da promessa que estabeleceu com Abraão.

2. A súplica de Israel. Já arrependidos de seus pecados e prestes a firmar o concerto com o Senhor, os judeus, sob a liderança de Neemias, suplicaram pela misericórdia divina (Ne 9.32). O povo clamou ao Senhor para que Ele não o abandonasse (Ne 9.34,35). E reconheceu com temor e tremor que, mesmo diante da tragédia, Deus se fazia presente (Ne 9.33).

3. Um firme concerto. “E, com tudo isso, fizemos um firme concerto e o escrevemos; e selaram-no os nossos príncipes, os nossos levitas e os nossos sacerdotes” (Ne 9.38). Quando o povo se arrepende e compromete-se definitivamente com Deus, o Senhor restaura-lhe a sorte (2 Cr 7.14-16). Ante a iminência do arrebatamento, faz-se necessário que nos concertemos com Deus. Além disso, vivemos dias difíceis e trabalhosos. Nossas igrejas veem-se ameaçadas por ensinos heréticos e muitos crentes já se deixaram tomar pela frialdade espiritual. E o mercantilismo que ameaça a pureza do Evangelho?

Não podemos ficar indiferentes! Humilhemo-nos, confessemos nossos pecados e clamemos pelo favor divino (Dn 9.9). Somente assim, o Senhor nos mandará um poderoso e genuíno avivamento.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Israel suplicou ao Senhor que o perdoasse e firmou um concerto com Ele.

CONCLUSÃO

Roguemos ao Senhor que nos avive no poder do Espírito Santo. E que os resultados desse avivamento possam ser claramente observados em vidas santas, transformadas e dedicadas ao serviço do Reino de Deus. Não foi exatamente isso que se deu no tempo de Esdras e Neemias? Somente um avivamento nos levará a cumprir integral e poderosamente as demandas da Grande Comissão que nos confiou o Senhor (Mt 28.19,20).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

LUCADO, M. Nas Garras da Graça. 1.ed., RJ: CPAD, 1999.

EXERCÍCIOS

1. Qual a primeira grande consequência do avivamento?
R. A primeira grande consequência foi o arrependimento e confissão de pecados.

2. O que os judeus usaram, para demonstrar tristeza?
R. Para demonstrar tristeza os judeus vestiram-se de pano de saco e traziam terra sobre suas cabeças.

3. O que a leitura da Palavra gerou para o povo de Israel?
R. A leitura da Palavra gerou um profundo arrependimento, o povo apartou-se dos costumes pagãos e passou a andar segundo a vontade de Deus.

4. Que fizeram os judeus após o arrependimento de pecados?
R. Após o arrependimento dos pecados os judeus passaram a recordar os fatos que marcaram a história da nação.

5. O que acontece quando o povo se arrepende e se compromete definitivamente com o Senhor?
R. Quando o povo se arrepende e se compromete com o Senhor Ele restaura-lhes a sorte.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Devocional

“A Pena foi paga

Pense deste modo. O pecado aprisionou você. O pecado trancou você atrás das grades da culpa, da vergonha, da decepção e do medo. O pecado não fez nada, mas acorrentou você ao muro da miséria. Então Jesus veio e pagou sua fiança. Cumpriu a sua pena; satisfez a penalidade e colocou-o em liberdade. Cristo morre, e quando você lançou sua sorte com Ele, seu velho eu também morreu.

O único modo de se ver livre da prisão do pecado é cumprindo a sua penalidade. Neste caso, a pena é a morte. Alguém tem de morrer; você ou o substituto celeste. Você não pode deixar a prisão a menos que haja uma morte. Porém, esta ocorreu no Calvário. E quando Jesus morreu, você morreu para a reivindicação do pecado em sua vida. Você está livre.

Cristo tomou o seu lugar. Você não precisa permanecer na cela. Já ouviu um prisioneiro liberto dizer que quer continuar preso? Nem eu. Quando as portas se abrem, os prisioneiros se vão. É inconcebível o pensamento de alguém preferindo a jaula à liberdade. Uma vez paga a penalidade, por que viver em cativeiro? Você está solto da penitenciária do pecado. Por que, ó céus, você haveria de querer pôr os pés nessa prisão outra vez?

Paulo recorda-nos: ‘O nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado, porque aquele que está morto, está justificado do pecado’ (Rm 6.6,7)” (LUCADO, M. Nas Garras da Graça. 1.ed., RJ: CPAD.1999, pp.112-13).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico

“O Arrependimento e a Fé

O arrependimento e a fé são os dois elementos essenciais da conversão. Envolvem uma ‘virada contra’ (o arrependimento) e uma ‘virada para’ (a fé). As palavras primárias, no Antigo Testamento, para expressar a ideia de arrependimento são shuv (‘virar para trás’, ‘voltar’) e nicham (‘arrepender-se’, ‘consolar’). Shuv ocorre mais de cem vezes no sentido teológico, seja quanto ao desviar-se de Deus (1 Sm 15.11 ; Jr 3.19), seja no sentido de voltar para Deus (Jr 3.7; Os 6.1). A pessoa também pode desviar-se do bem (Ez 18.24,26) ou desviar-se do mal (Is 59.20; Ez 3.19), isto é, arrepender-se. O verbo nicham tem um aspecto emocional que não fica evidente em shuv, mas ambas as palavras transmitem a ideia do arrependimento.

O Novo Testamento emprega epistrephō no sentido de ‘voltar-se’ para Deus (At 15.19; 2 Co 3.16) e metanoeō / metanoia para a ideia de ‘arrependimento’ (At 2.38; 17.30; 20.21; Rm 2.4). Utiliza-se de metanoeō para expressar o significado de shuv, que indica uma ênfase à mente e à vontade. Mas também é certo que metanoia, no Novo Testamento, é mais que uma mudança intelectual. Ressalta o fato de uma reviravolta da pessoa inteira, que passa a operar uma mudança fundamental de atitudes básicas.

Embora o arrependimento por si só não possa nos salvar, é impossível ler o Novo Testamento sem tomar consciência da ênfase deste sobre aquele. Deus ‘anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam’ (At 17.30). A mensagem inicial de João Batista (Mt 3.2), de Jesus (Mt 4.17) e dos apóstolos (At 2.38) era ‘Arrependei-vos! Todos devem arrepender-se, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus’ (Rm 3.23)” (HORTON, S. M. et all. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006, p.368).

Lições Bíblicas, 4º trimestre 2011 - Neemias — Integridade e coragem em tempos de crise

Versão Resumida - >> Aqui <<


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